terça-feira, 5 de novembro de 2013

Aula 06 – FRUTOS DA MATURIDADE ESPIRITUAL


REVISTA: EDUCAÇÃO CRISTÃ CONTINUADA

 
Texto Básico: João 14:12,13,15,26

 
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...” (João 15:16).

INTRODUÇÃO


 “... eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (João 15:16). Fruto aqui pode significar as virtudes da vida cristã, como amor, alegria, paz, benignidade, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança“(Gl 5:22). Ou pode significar ganhar almas para o Senhor Jesus Cristo. Há uma ligação intima entre os dois. É somente quando manifestamos o primeiro tipo de fruto que podemos dar o segundo. A expressão “e o vosso furto permaneça” faz-nos entender que fruto aqui significa a salvação de almas. O Senhor escolheu os discípulos para ir e dar “fruto permanente”. Ele não estava interessado em profissões de fé nele mesmo, mas em casos genuínos de salvação.

A maior evidência de maturidade espiritual em uma pessoa é o caráter de Cristo em sua vida (ver Gl 5:22). A Bíblia diz que foi na cidade de Antioquia que os crentes foram chamados de cristãos pela primeira vez (At 11:26). Até aquele momento e por muitos anos mais, eles foram chamados simplesmente de “o povo do Caminho” (At 19:23). Todos aqueles que são maduros espiritualmente começarão a parecer-se com Jesus e agir como Ele. Também passarão a mostrar mais e mais do caráter e das obras dele em sua vida.

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES


1. A pessoa é identificada pelo seu fruto (Mt 7:16). Pelos frutos é possível saber se o homem mudou de vida, se é, agora, um novo homem, ou se apenas mudou de religião, e continua sendo o velho homem, envolto com as obras da carne. “Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?” (Mt 7:16), segundo afirmou Jesus. “... toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons”(Mt 7:17-18).

2. Os propósitos da frutificação espiritual

a) Evidenciar o discipulado. O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”(João 15:8). Dar “muito fruto” é uma condição imposta por Jesus para aquele que quiser ser seu discípulo. Se o Senhor Jesus exigiu como condição o dar muito fruto para poder ser seu discípulo é porque ele sabia que o homem podia cumprir esta condição. É claro que o homem natural não pode ser seu discípulo, porque não pode, por sis só, cumprir suas condições.

Para ser discípulo de Jesus, o homem natural precisa, primeiro, aceitá-lo como seu Salvador, precisa nascer de novo, precisa tornar-se um homem espiritual. Todavia, mesmo o homem nascido de novo, não poderia, por si só, fazer a vontade de Deus e cumprir a sua Palavra. Sabendo disto, Deus Pai, por intermédio de Jesus, enviou para estar com o homem o Espírito Santo, sobre o qual o Senhor Jesus declarou: “Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade...”(João 16:13). Paulo complementou dizendo: “E da mesma maneira também o Espírito Santo ajuda as nossas fraquezas...”(Rm 8:26).

Podemos afirmar, com absoluta convicção, que, se não nos deixarmos guiar e se não formos ajudados pelo Espírito Santo, não daremos fruto, nem muito, nem pouco! Quem não dá fruto não pode dizer que é discípulo de Jesus.

b) Abençoar outras pessoas. Na medida em que praticamos boas obras, na medida em que passamos a demonstrar o caráter cristão, estaremos, também, trazendo o bem às pessoas que nos cercam. O crente é sal da terra e luz do mundo e, portanto, iluminará os ambientes que frequenta, como também conservará a pureza ou curará os males do lugar onde está.

A Bíblia diz que o crente é a nascente de um rio de água viva (João 7:38) e, como nos ensina a geografia, o rio é um elemento primordial para que se constitua um núcleo humano de habitação, para que se construa uma sociedade, uma comunidade. O crente, portanto, é um elemento que traz a vida para as pessoas, que permite com que as pessoas possam ser despertadas para a realidade da necessidade da comunhão com Deus e com o próximo, mas isto tudo somente pode ocorrer se houver a produção do fruto do Espírito, sem o que este rio não nascerá, sem o que este rio não será água corrente, mas apenas uma cisterna rota, de água parada, mal cheirosa e produtora de doenças (Jr 2:13).

c) Glorificar a Deus(João 15:8). Por fim, como diz o próprio Jesus, vemos que a presença de crentes frutíferos leva os ímpios a glorificarem a Deus (Mt 5:16). A Igreja em perfeita consonância com o Espírito Santo, faz com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus. O trabalho do Espírito Santo é o de glorificar a Jesus (João 16:14), assim como o trabalho de Cristo na Terra foi o de glorificar o Pai (João 17:4). Nós, como corpo de Cristo, temos de prosseguir neste trabalho de glorificação do Pai e isto só será possível através das nossas boas obras, dos frutos.

I. SER COMO JESUS


Como Deus, Jesus é o mesmo (Hb 13:8). Como homem, é o último Adão, ou seja, um homem criado como o primeiro Adão, mas que, ao contrário deste, perseverou até o fim e venceu o mundo. Seu exemplo, portanto, pode ser seguido e é um exemplo que não comporta variação nem mudança. Por isso, se alguém quiser manifestar frutos característicos da maturidade espiritual deve ser feito usando o Senhor Jesus como paradigma - “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12:1,2).

O homem que aceita Cristo como Senhor e Salvador, alcança a vida, liga-se à videira verdadeira e passa a ser uma nova criatura. Como nova criatura, pode, então, iniciar a sua caminhada para produzir o fruto do Espírito, pois existe uma meta, um objetivo inafastável: a medida da estatura de varão perfeito, a estatura de Cristo (Ef 4:13).

Assim, Jesus é o alvo a ser buscado. Tendo sido gerado pelo Espírito Santo, Jesus foi criado, ao contrário de nós, sem a natureza pecaminosa e, ao contrário do primeiro Adão, nunca perdeu esta condição. Por isso, em Jesus temos uma perfeição que nós não possuímos. Nós, embora tenhamos sido criados perfeitos - “Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções”(Ec.7:29) -, ao atingirmos a consciência, inevitavelmente, por causa da natureza pecaminosa que em nós habita, pecamos – “Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”(Rm 7:14,20).

Temos, então, de nascer de novo, mediante a fé em Cristo(João 3:3,5). Assim, somos novamente gerados – “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós” (1Pe.1:3) - e, numa luta constante contra a natureza pecaminosa (Rm.8:1-17), da qual nos desprenderemos apenas quando deixarmos esta vida física (1Co.15:50), temos de caminhar em direção à perfeição, pois, se já santificados, temos de nos aperfeiçoar (Ef 4:12). Este aperfeiçoamento dar-se-á por intermédio da frutificação, que tem de ser cada vez mais intensa e de melhor qualidade (João 15:2,16). Por isso, não há outro exemplo a ser seguido, outro exemplo a ser imitado (1Co 11:1; Ef 5:1).

Se é verdade que devemos observar os demais homens e até imitá-los, como as personagens bíblicas e os nossos irmãos, entre os quais os pastores – “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”(Hb.13:7) -, o certo é que os homens só nos servem de parâmetro enquanto forem ramos ligados à videira verdadeira.

Paulo exorta os crentes a imitá-lo enquanto era imitador de Cristo e os pastores devem ser imitados enquanto homens de fé em Deus. Jesus é o modelo imutável e único; é a videira verdadeira. Como a Verdade é única, em nenhum outro poderemos nos espelhar.

Precisamos tomar a decisão de deixar a natureza divina se expressar em nós – “e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3:19).  Toda a plenitude da Divindade reside no Senhor Jesus (Cl 2:9). Quanto mais ele habita no nosso coração pela fé, mais tomados ficamos de toda a plenitude de Deus. Não é possível ficarmos absolutamente cheios de toda a plenitude de Deus. Porém, é esse o alvo que temos diante de nós.

Devemos também demonstrar alguns traços de caráter que são sinais de uma vida semelhante à Cristo, como: amor, humildade, obediência, mansidão, etc – “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”(Ef 4:1-3).

II. MINISTÉRIO FRUTÍFERO


1. De Cristo (At 10.38) – “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.  Lucas enfatiza a utilidade do trabalho de Jesus, ao dizer que Ele andou por toda parte fazendo o bem. Esse Jesus, ao qual Deus ungiu [...] com o Espírito Santo, havia dedicado sua vida ao serviço abnegado, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Jesus é o padrão para um ministério frutífero.

2. Do Crente (João 14:12) – Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”. Uma evidência da maturidade cristã é o ministério de Jesus realizado pelo crente, através do Espírito Santo. Em João 14:12, o  Senhor Jesus predisse que os que creram nele realizariam milagres como ele fez, e ainda maiores obras. Em Atos, lemos sobre os apóstolos realizando milagres de cura física, semelhantes aos do Salvador. Mas também lemos sobre milagres maiores, como a conversão de três mil almas no dia de Pentecostes. Sem dúvida, quando o Senhor usou a expressão “maiores obras” se referiu à proclamação mundial do Evangelho, à salvação de tantas almas e à formação da Igreja. É maior salvar almas que curar corpos. Quando o Senhor voltou ao Céu, Ele foi glorificado e o Espírito Santo foi enviado à Terra. Foi por meio do poder do Espírito que os apóstolos realizaram esses milagres.

3. Para a glória de Deus (João 4:34; 17:4).  A vida de Jesus aqui na Terra foi dedicada a cumprir os propósitos de Deus. Ele afirmou: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (João 4:34). Nutriente físico é de nenhum valor quando comparado a gloriosa missão de ganhar almas. Os discípulos estavam interessados em comida, pois foram à cidade comprar e voltaram com a comida. O Senhor estava interessado em almas. Ele se importava em salvar homens e mulheres do pecado e dar-lhes água da vida eterna. Ele também conseguiu o que almejava. Em que estamos interessados?

Por causa da visão terrena, os discípulos não conseguiram entender o significado das palavras do Senhor em João 4:34. Eles não apreciaram o fato de que a alegria e o deleite do sucesso espiritual podem, por um tempo, elevar o homem acima de comida e bebida material. Por isso concluíram que alguém deveria ter trazido comida para o Senhor Jesus (João 4:33).

Em sua oração intercessora, Jesus proferiu a todos com muita firmeza que Sua obra, Sua vida e Suas palavras eram de Seu Pai. Ele orou assim: “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer” (João 17:4). Quando o Senhor proferiu essas palavras, falava como se já estivesse morrido, sepultado e ressuscitado. Ele tinha glorificado o Pai por sua vida impecável, por seus milagres, por seu sofrimento e morte, e por sua ressurreição. Ele tinha consumado a obra que o Pai lhe confiara para fazer. Isso nos traz uma lição: revelamos maturidade espiritual quando buscamos glorificar a Deus em tudo o que fazemos ou falamos. É o seu desejo.

III. TRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL

O fruto do Espírito Santo é consequência de uma transformação, que é a salvação do homem que aceita a Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador. O fruto do Espírito Santo não é o resultado de uma reforma, de uma deformação, nem de uma formação, mas é produto de uma transformação, de um novo nascimento, nascimento da água e do Espírito.

1. Força na fraqueza.  E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2Co 12:9).

Em algumas ocasiões pensamos que não conseguiremos alcançar a maturidade espiritual por sermos fracos. Porém, quando uma pessoa se sente forte e segura em suas capacidades, a tendência é achar que não precisa de ninguém. O crente que reconhece suas limitações terá mais facilidade em perceber sua necessidade de buscar a ajuda de Deus.

Encontramos um bom exemplo na vida do apóstolo Paulo, pois, embora fosse uma pessoa que amava ao Senhor, possuía também muitas e persistentes fraquezas. Uma delas era o “espinho na carne”, que ele mesmo orou para que Deus o retirasse.

O apóstolo Paulo descreve o espinho na carne como um mensageiro de Satanás, para esbofeteá-lo. Em certo sentido, é representado como uma tentativa de Satanás de atrapalhar o serviço de Paulo ao Senhor. Mas Deus é maior do que Satanás e usou o espinho para levar a obra do Senhor adiante ao manter Paulo em uma posição de humildade. Quando temos consciência de nossa fraqueza e inutilidade é que nos tornamos mais dependentes do poder de Deus. E é quando nos entregamos a ele em total dependência que seu poder se manifesta em nós e somos verdadeiramente fortes.

Paulo suplicou três vezes para que Deus afastasse dele o espinho na carne(2Co 12:8). O sofrimento levou Paulo à oração. O sofrimento nos mantém de joelhos diante de Deus para nos colocar de pé diante dos homens. Paulo sabe que Deus está no controle, não Satanás. A oração do apóstolo foi respondida, mas não da maneira pela qual ele desejava. Deus disse a Paulo, em outras palavras: “Não removerei o espinho, mas farei algo melhor: darei graça para você suportá-lo. Lembre-se, Paulo apesar de não ter atendido ao seu pedido, estou concedendo aquilo de que você mais precisa. Seu desejo é pregar com meu poder e força, não é? Então, convém que você permaneça em uma posição de fraqueza”. Essa foi a resposta de Deus à oração feita três vezes por Paulo e continua sendo sua resposta ao seu povo sofredor espalhado pelo mundo.

A companhia do Filho de Deus e a garantia de força e graça capacitante são melhores do que a remoção das tribulações e sofrimentos. Observe que Deus diz: “A minha graça de basta”. Deus não deu a Paulo o que ele pediu; deu-lhe algo melhor, melhor que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. O nosso Deus é o Deus de toda a graça (1Pe 5:10).

Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós, e não por nós. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque, por meio desse incômodo, Deus protegeu Paulo daquilo que ele mais temia: ser desqualificado espiritualmente (1Co 9:27). Ele sabia que o orgulho destrói. Viu-o como algo que Deus fez a seu favor, e não contra ele. O apóstolo se contenta com a resposta do Senhor e declara: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”. Em vez de murmurar e se queixar do espinho na carne, ele se gloriaria nas fraquezas. Dobraria os joelhos e agradeceria ao Senhor por elas. Suportaria de bom grado, desde que o poder de Cristo repousasse sobre ele.

O sofrimento do tempo presente não é para se comparar com as glórias porvir a serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória (2Co 4:14-16). Aqueles que têm a visão do céu são os que triunfam diante do sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras inefáveis do paraíso são os que não se intimidam com o rugido do leão.

O sofrimento é por breve tempo; o consolo é eterno. A dor vai passar; o céu jamais! A caminhada pode ser difícil; o caminho pode ser estreito; os inimigos podem ser muitos; o espinho na carne pode doer; mas a graça de Cristo nos basta. Só mais um pouco, e nós estaremos para sempre com o Senhor. Então o espinho será tirado, as lágrimas serão enxugadas, e não haverá mais pranto, nem luto, nem dor.

2. Dúvidas e culpa (1Tm 4:13-15). À medida que o cristão vai adquirindo maturidade espiritual, vai percebendo que outros desafios vão surgindo. Podem até surgir dúvidas quanto à capacidade para desempenhar algum trabalho para o Senhor. Mas, quando Deus nos chama, Ele promete que vai nos ajudar, pois foi Ele quem formou cada parte do nosso ser.

Paulo encoraja Timóteo com as seguintes palavras: “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos”. Aqui, Paulo encoraja Timóteo a se entregar completa e seriamente ao trabalho de Deus. Ele deve ser totalmente dedicado em seu esforço. Dessa forma, o seu progresso será manifesto a todos. Paulo não quer que Timóteo, no serviço cristão, se acomode em uma posição confortável. Ao contrário, ele o quer sempre progredindo nas coisas do Senhor.

3. Através do Espirito Santo (At 8:6-8) – “E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade”.

O livro de Atos fala a respeito da transformação que os discípulos de Cristo tiveram, pois, após a crucificação de Jesus, eles se espalharam e ficaram desanimados. Porém, quando o Espirito Santo desceu sobre eles, como o Senhor havia prometido (At 1:8), houve uma grande mudança de vida e atitude. Eles passaram a trabalhar e a testemunhar de Jesus com grande poder.

A dispersão dos cristãos não calou seu testemunho. Antes, por toda parte aonde iam, pregavam as boas-novas da salvação. Filipe, o “diácono” do capítulo 6, foi para o norte, para a cidade de Samaria. Além de anunciar Cristo, realizou muitos sinais. Os espíritos imundos foram expulsos, e muitos paralíticos e coxos foram curados. O povo recebeu o evangelho, e, como era de esperar, houve grande alegria.

A mesmo oportunidade que os discípulos tiveram nós temos hoje por meio do poder do Espirito Santo. É Ele quem pode fazer com que sejamos capazes de nos firmar em nossos pés, capacitando-nos a realizar a obra que o Senhor tem para nós, e nos impulsiona em direção ao nosso objetivo de sermos semelhantes a Cristo.

CONCLUSÃO

“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano;
plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes
”(Sl 92:12-14). Só pode progredir e dar fruto aquele que alcança a maturidade espiritual. A árvore só produz fruto depois que alcança crescimento e condições para tal. Todos fomos chamados para dar frutos para Deus. Na vida de muitos cristãos este processo é lento, gradual e doloroso. Isto vai depender da resposta de cada um à Palavra de Deus. Outros recebem a Palavra e permitem prontamente o tratamento de Deus. Que o Senhor Deus nos conceda a graça do crescimento e da maturidade cristã, pois só assim a natureza de Cristo será formada em nós e poderemos dar muitos frutos para a glória do Pai.

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista.

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento – William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.

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