domingo, 5 de janeiro de 2014

Aula 02 – UM LIBERTADOR PARA ISRAEL

1º Trimestre/2014

Texto Básico: Êxodo 3:1-17; 5:1-5; 6:1,2

“E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Ex 3:14).

INTRODUÇÃO

Moisés figura junto a Abraão e Davi como um dos três maiores personagens do Antigo Testamento. Libertador, dirigente, mediador, legislador, profeta, foi sobretudo um grande homem de Deus. Nesta Aula, veremos a sua vocação e sua preparação graduada, dia a dia, por Deus a fim de que se tornasse o líder do seu povo e o conduzisse rumo à Terra Prometida. Deus vocaciona e chama líderes para sua obra, porém aqueles que forem chamados precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você tem um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a sua parte e deixe que o Senhor faça a dEle. Moisés é preparado para se tornar o libertador (Êx 3:1-22).
I. MOISÉS – SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3:1-17)
1. Deus chama o seu escolhido -  “E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito (Êx 3:9,10).
Quando Deus quer realizar os seus desígnios Ele escolhe qualquer pessoa. Ele é o Criador e administrador de todo o Universo, de todas as criaturas. Ele levantou Ciro (Is 45:1-5); Nabucodonosor (Dn 4:1-3); escolheu Moisés para libertar os descendentes de Abraão no Egito. Não adianta resistir, Deus não aceita um “não” por parte da pessoa que Ele designou para cumprir o seu propósito. Moisés resisti o quanto pode ao chamado de Deus, mas acaba se rendendo. Ele torna-se uma referência ao seu povo Israel e à humanidade. A ele é atribuída a autoria do Pentateuco, que é o compêndio devocional basilar do povo judeu.
Moisés foi chamado por Deus quando estava vivendo em Midiã, com o seu sogro Jetro. Ele chegara a Midiã aos 40 anos, fugido do Egito, e agora, aos 80 anos, quando cuidava das ovelhas do sogro, tem um encontro com Deus. Observe que Moisés era já idoso quando foi escolhido. Aos 80 anos de idade muitas pessoas só pensam em se aposentar e aproveitar os poucos anos que lhe restam sem se aborrecer. Mas aqui reside um princípio divino: Deus não depende de nossa faixa etária para nos convocar a ser úteis para Ele. Com certeza havia pessoas mais jovens e mais dispostas a fazer o que Moisés faria, mas Deus escolheu Moisés para aquela missão. Deus não apenas o escolheu para realizar tão grande obra, mas também o convocou. Como Deus fez tudo de forma perfeita, Ele mesmo se encarregou de falar com Moisés de modo sobrenatural e convincente. Esse é o nosso Deus.
Amado irmão, se Deus te escolheu e te chamou para realizar sua Obra não adianta resistir, é você quem Ele quer. Como Moisés, precisamos aprender que Deus pode fazer grandes coisas sem utilizar ninguém, mas em diversas situações Ele se utiliza de pessoas como eu e você, limitadas, para cumprir seus propósitos.
2. O preparo de Moisés (Êx 3:10-15). Deus se utiliza de diversos recursos para treinar aqueles a quem escolheu. Com Moisés não foi diferente. Ele passou por pelo menos três estágios em sua vida, onde fora colocado por Deus para exercer seu ministério futuro como libertador, legislador e líder de um povo que deixaria uma vida de escravidão para entrar em uma terra própria e se tornar uma nação.
- Em primeiro lugar, Moisés foi criado em um lar piedoso, pelo menos durante os primeiros cinco ou sete anos de sua vida. Neste ambiente, aprendeu a ter não somente fé em Deus, mas também simpatia e amor por seu povo oprimido. Joquebede, mãe de Moisés, inculcou-lhe de tal maneira, em sua infância, as origens e tradições de seu povo, que todos os atrativos do palácio pagão jamais puderam apagar aquelas primeiras impressões. Que mãe impressionante!
- Em segundo lugar, foi educado no palácio do Egito. O Senhor preservou Moisés logo no seu nascimento, colocando-o sob a proteção da filha de faraó, o qual ordenou a morte de todos os meninos hebreus recém-nascidos (Êx 1:16). Pela providência divina, Moisés ficou sob os cuidados de sua própria mãe (Êx 2:7-9), até ser recebido pela casa de faraó (Êx 2:10). Ali recebeu a melhor educação que o maior e mais culto império daquele tempo oferecia. A permanência no palácio não somente contribuiu para fazê-lo “poderoso em suas palavras e obras” (At 7:22), mas também o livrou do espírito covarde e servil de um escravo.
A filha do faraó que o adotou como filho era possivelmente Hatchepsute que, segundo Eugene H. Merrill, era esposa do faraó Tutmose II (1512-1504). Hatchepsute não tinha filhos e desejava ardentemente ter um. Se, de fato, Moisés foi seu filho de criação, há probabilidade de haver ele sido uma forte ameaça ao jovem Tutmose III (sucessor de Tutmose II) - que era filho de uma concubina e tinha se casado com sua meia-irmã, filha de Hatchepsute e Tutmose II - visto que Hatchepsute não tinha filhos naturais. Isso significa que Moisés era um candidato a ser Faraó, tendo apenas como obstáculo sua origem semítica. Parece-nos que houve uma real animosidade entre Moisés e o Faraó Tutmose III. Isto fica claro em virtude de Moisés, após matar um egípcio, ter sido forçado a fugir para salvar a vida. O fato de ter o próprio Faraó considerado a questão - que, em outra situação, seria pouco relevante - sugere que este Faraó especificamente tinha interesses pessoais em se livrar de Moisés.
Moisés teve uma educação primorosa no palácio de Faraó. O texto bíblico de Atos 7:22 declara que ele foi "instruído em toda a ciência dos egípcios". O conhecimento adquirido por Moisés muito o ajudou como líder do seu povo, profeta, escritor e legislador.
Assim como Deus tinha um propósito definido ao chamar Moisés, Ele também tem um propósito definido na vida de qualquer servo dEle. Porém, muitos não querem assumir um compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja assumir um compromisso com o Todo-Poderoso?
- Em terceiro lugar, Moisés adquiriu experiência no deserto. O chamado de Moisés ocorreu em Midiã, durante os anos em que esteve exilado. De acordo com Êxodo 2:11,12, aos 40 anos Moisés resolveu deixar o palácio e visitar seu povo. Irado com a violência de um feitor de escravos do Egito, matou-o e, por isso, teve que fugir, com medo da reação do faraó, provavelmente Tutmose III, o qual ordenaria sua execução (Êx 2:15; At 7:29). Em Midiã, Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto através do qual guiaria Israel em sua peregrinação de quarenta anos. Além disso, teve comunhão com Deus e chegou a conhecê-lo pessoalmente. Ali aprendeu a confiar nele e não em sua própria força.
Portanto, o preparo de Moisés durou muitos anos, cerca de 80 anos, e mesmo que ele não o soubesse, Deus o estava preparando como instrumento para uma grande missão.
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3:8-10). Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao seu propósito: "Para que tires o meu povo do Egito" (Êx 3:10). Deus desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias da terra fossem abençoadas. O Senhor precisava de um único homem, Moisés, para redimir seu povo da escravidão. Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um único homem, porém este deveria ser perfeito. Então o Todo-Poderoso enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo. Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre nós para nos libertar da escravidão do pecado (João 3:16). Glórias sejam dadas a Deus pelo seu grande amor e misericórdia para conosco!

II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO

1. O receio de Moisés e suas desculpas.Então, Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?” (Êx 3:11). Aquele Moisés impulsivo e vigoroso, que queria resolver os problemas à sua maneira e de imediato, já não existia mais. Após 40 anos na escola do deserto, ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
“Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?”. Aos seus próprios olhos, Moisés não tinha capacidade de enfrentar Faraó. É provável que ele estivesse pensando em seu passado, no crime que havia cometido, no prejuízo que teria se retornasse ao Egito e alguém se lembrasse do que ele fizera. Mesmo se essa possibilidade fosse remota, o certo é que Moisés não estava disposto a obedecer à voz de Deus, e deixou claro que não era qualificado para falar com Faraó.
Moisés apresentou as seguintes desculpas: (a) “Não sou capaz” (Êx 3:11); (b) “Não tenho autoridade” (Êx 3:13); (c) “ Não crerão em mim” (Êx 4:1); (d) “Não sei falar em público” (Êx 4:10); (e) “ Sinceramente, não quero ir, envia outro” (Êx 4:13).  Em Sua grande paciência, Deus proveu assistência para ele, com o envio de Arão (Êx 4:14), o qual fez o papel de porta-voz de seu irmão (Êx 7:1). Desta vez, ele não teria mais alternativas a não ser obedecer (Êx 4:13-17).
Quantos, ao serem chamados pelo Senhor para alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de desculpas? Precisamos nos conscientizar de que Deus é o nosso Criador e Senhor. Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. As escusas de Moisés, assim como as nossas, não vão impressionar o Senhor. Confie naquele que está chamando você e não queira perder tempo com desculpas. Permita que Ele use seus dons e talentos para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado.
2. Deus concede poderes a Moisés. Deus não apenas convocou Moisés para aquela empreitada, mas deu-lhe poderes específicos para que o representasse. Por cinco vezes, conforme descrito acima, Moisés rejeita o chamado de Deus com alguns argumentos. Mas, o Senhor, por cinco vezes, apresenta argumentos para Moisés ir. Vejamos:
- “Eu serei contigo” (Êx 3:12). O Senhor estava mostrando que Moisés não estava sozinho nesta missão. Jesus diz o mesmo a nós em Mateus 28:20.
- “Eu Sou O Que Sou” (Êx 3:14). O Senhor revelou seu nome sagrado a Moisés, a fim de que o povo reconhecesse sua autoridade e sua pregação de libertação. Deuses deveriam ter nomes e os do Egito tinham suas nomenclaturas, e o nome das divindades geralmente espelhava alguma característica relacionada a um poder ou a um hábito dentro da teologia daquele povo. O Deus de Abraão, de Isaque e Jacó deveria ter um nome também. A expressão “o Deus de vossos pais” é muito impessoal. Se Deus tem um nome, porque Moisés não poderia sabê-lo? A resposta divina foi: “Diga aos filhos de Israel que o EU SOU está mandando você para libertá-los. Lembre-os de que Sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Deus deveria ser identificado como o Deus dos antepassados dos israelitas.
- “Eu te darei poder” (Êx 4:2-9). O Senhor capacitou Moisés a fazer sinais maravilhosos para que o povo cresse em sua pregação. Moisés poderia transformar seu cajado em uma serpente, poderia fazer sua mão ficar leprosa e depois voltar ao normal, e transformar água em sangue.
- “ Eu serei a tua boca e te ensinarei o que falar” (Êx 4:11,12). Deus capacita Moisés a falar as palavras corretas, assim, como hoje, o Espírito Santo nos ensina o que devemos pregar (João 14:26).
- “Enviarei alguém para te ajudar” (Êx 4:13-17). Deus enviou Arão com Moisés para falar por ele, visto que Moisés não estava crendo na Palavra do Senhor. Deus se irou e mandou Moisés ir cumprir sua missão.
3. O retorno de Moisés. Após a contestação de suas desculpas, Moisés aceitou o chamado de Deus e deu início a sua missão, retornando ao Egito. A morte do Faraó (Êx 2:23-25) provavelmente Tutmose III, por volta de 1450 a.C., possibilitava a Moisés retornar ao Egito, pois as autoridades egípcias encerravam todas as acusações pendentes, mesmo em casos de crime capital (Êx 4:19).
Submisso ao plano de Deus, primeiro foi obter permissão de Jetro para ir embora e retornar ao Egito (Êx 4:18). Não lhe apresentou todas as razões para a mudança, mas o motivo que deu foi suficiente para obter aprovação. Jetro disse: “Vai em paz”. Deu liberdade a Moisés e, assim, não pôs impedimento ao plano de Deus. Moisés começou a viagem com sua mulher e dois filhos (Êx 4:20; cf. 18:3,4), embora pareça que depois do episódio da circuncisão (Êx 4:24-26), ele os tenha mandado de volta a Jetro (Êx 18:2) e prosseguido sozinho com Arão (Êx 4:29).
Deus instruíra o rito da circuncisão para todos os filhos de Israel. Parece que Moisés se circuncidou e executou o rito em seu primeiro filho. Mas, a reação de Zípora (Êx 4:25,26) indica forte desaprovação do ato e insinua que Moisés havia concordado em não circuncidar o segundo filho a fim de agradar a esposa. Mas Deus exigia obediência, e forçou Zípora a aceitar o que parece ter sido extrema aflição para o marido (Êx 4:24). A obediência trouxe cura para Moisés (Êx 4:26), mas o incidente ocasionou a volta de Zípora para a casa de seu pai (Êx 18:2).
Deus não faz acepção de pessoas, e os grandes servos de Deus devem obedecer-lhe tanto como os demais. Alguém disse: “Se Moisés tivesse se apresentado perante o povo israelita sem haver circuncidado seu filho, sem haver cumprido o Antigo Concerto, teria anulado sua influencia junto deles”.
Quando Moisés retornava ao Egito, Arão uniu-se a ele no caminho; juntos, trouxeram aos anciãos a promessa de livramento e lhes demonstraram os sinais. Acendeu-se a fé entre os hebreus, e em pouco tempo outras pessoas de Israel receberam as noticias (possivelmente em reuniões secretas) e se inclinaram perante Deus em louvor e adoração (cf. Êx 4:27-31).
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5:1-5).
1. Moisés diante de Faraó. Com intrepidez, Moisés e Arão se apresentaram na sala de audiência de Faraó, provavelmente Amenotepe II, e lhe comunicaram a exigência do Senhor: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto”(Êx 5:1). Esta exigência aparece várias vezes (Êx 7:16; 8:1,20,21; 9:1,13; 10:3,4), embora Deus tenha avisado Moisés e Arão sobre o que esperar do faraó: um coração endurecido (Êx 7:13).
Faraó respondeu com arrogância: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei?” (Êx 5:2). Os faraós eram vistos como filhos de “Rá”, o deus solar do Egito, de maneira que Faraó se considerava um deus. Não tardou em comunicar a Moisés e a Arão que nem eles nem Deus lhe inspiravam respeito algum. Escarneceu deles dizendo que a única razão pela qual desejavam celebrar a festa era estar demasiado ociosos e tornou mais pesado o trabalho dos hebreus, negando-lhes a palha necessária para produzir tijolos (Êx 5:7). A palha era misturada com barro para deixar mais forte os tijolos secos ao sol. Embora houvesse o trabalho extra de juntar a palha, o número dos tijolos fabricados devia permanecer o mesmo (Êx 5:8). Esse tirano estava determinado a minar a vontade do povo. Nem se dava conta de que não podia ir contra Deus. Ele poderia ser cruel com o povo de Deus, mas as palavras que ouvira não eram palavras de mentira (Êx 5:9).
Com frequência, quando Deus começa a emancipar o homem do pecado, o efeito imediato é o aumento de dificuldades. Assim, os primeiros feitos de Moisés só pioraram a situação, pois Satanás não se dá por vencido sem lutar tenazmente.
2. A queixa dos israelitas (Êx 5:20-22). Os exatores do povo e seus oficiais executaram as ordens de Faraó (Êx 5:10,11). Os escravos se espalharam por toda a terra do Egito a colher restolho (Êx 5:12). Leo G. Cox disse que “restolho era a parte inferior do talo das gramíneas”. Segundo ele, os exatores (Ex 5:13), com medo de perderem o emprego, pressionavam duramente os oficias hebreus. Quando a cota de tijolos não foi atingida, açoitavam os oficiais dos filhos de Israel (Êx 5:14).
Os esforços de Moisés e Arão tiveram efeito oposto ao esperado. O povo de Israel sentiu-se prejudicado pela intervenção de Moisés junto a Faraó. Esta deve ter sido uma prova dura para Moisés. Ele estava no Egito obedecendo à voz de Deus, falando com Faraó para que o povo fosse liberto, e como consequência o rei ordena que os hebreus trabalhem mais. Era nitidamente claro que a situação piorara. Não havia sinal externo de que Deus começara uma libertação. Moisés estava confuso, então, faz um apelo desesperado a Deus: “Por que me enviaste?” (Êx 5:22). Quando a fé está em crescimento sempre há retrocessos. Deus frequentemente nos humilha antes de mostrar seu braço forte. Deus cuida de cada movimento dos seus filhos sofredores.
Bem disse Alexandre Coelho: “Não é incomum que lideres se vejam na mesma situação de Moisés: obedecem a Deus, mas não veem de imediato um fruto positivo de sua obediência. O que devemos saber é que obedecer a Deus não é uma garantia de que as coisas que se seguirão não serão alvo de investida de Satanás. Além disso, os lideres devem entender que nem sempre o povo vai entender determinadas atitudes, mas que se estamos agindo de forma correta e dentro da vontade de Deus, Ele vai se responsabilizar por nos honrar no devido tempo”.
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6:1,2). A promessa de Deus para com Israel não foi esquecida por Ele. A demora na libertação não significava renúncia da promessa. Deus estava trabalhando em seus propósitos. Depois do encontro com Faraó e das reclamações dos hebreus, Deus diz a Moisés: “Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque, por mão poderosa, os deixará ir; sim, por mão poderosa, os lançará de sua terra. Falou mais Deus a Moisés e disse: Eu sou o SENHOR”. O valor da promessa estava no fato de Deus endossá-la: “Eu sou o Senhor” (Ex 6:2). Para este grande livramento, o próprio Deus revelou o pleno significado de Yahweh, “o Senhor”. Esta narrativa trata de uma renovação das promessas a Moisés com maior destaque a um povo desanimado.
Deus ordenou que Moisés renovasse a confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam libertos da servidão egípcia, que Deus os resgataria com ação especial e vigorosa e com juízos grandes (Ex 6:6) sobre os opressores. Israel seria o povo especial de Deus e lhe daria a terra da promessa por herança (Ex 6:7,8). Estas palavras tranquilizadoras foram apoiadas pela declaração: “Eu, o SENHOR” (6:8).
A razão de Deus libertar Israel era por causa da Sua Aliança (Ex 6:4,5). Esta Aliança foi feita com Abraão, antes mesmo dos israelitas nascerem. Não foi baseada na bondade deles, mas no amor de Deus (Dt 7:6-8). Que maravilhoso quadro da Aliança da graça, feita com a Igreja de Cristo (Ef 1:4).
Lembre-se: as promessas de Deus são inexoráveis. Às vezes parecem demorar, mas no devido tempo, Deus cumpre suas promessas e honra a fé daqueles que confiam nEle.

CONCLUSÃO

Ainda hoje, Deus continua levantando homens como Moisés e Arão com esta nobre função de ser canal para o Seu agir no mundo, a fim de resgatar povos e nações das trevas e opressão do pecado.
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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão – nº 57 – CPAD.
Eugene H. Merrill – História de Israel no Antigo Testamento. CPAD.
Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.
Leo G. Cox -  O Livro de Êxodo - Comentário  Bíblico Beacon. CPAD.
Victor P. Hamilton - Manual do Pentateuco. CPAD.
Alexandre Coelho – Uma jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.

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