segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Aula 08 – OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS


4º Trimestre/2014

 
Texto Base: Daniel 7:3-8,13,14

 

“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7:27).

 

INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos o capítulo 7, onde é narrada a visão que Deus deu a Daniel sobre o fim dos Impérios mundiais e o surgimento do Reino eterno do Messias. Até o capítulo 6, vimos a parte histórica do livro; agora, nos capítulos 7 a 12, veremos a parte profética.

O capítulo 7 está dividido em duas grandes partes: os versículos 1 a 14 retratam o sonho de Daniel; os versículos 15 a 28, a interpretação do sonho.

Percebe-se que há um paralelo entre o capítulo 2 e o capítulo 7. Estudiosos dizem que o capítulo 2 apresenta um panorama na perspectiva do homem, enquanto o capítulo 7 apresenta uma perspectiva divina do mesmo tema. O capítulo 2 trata da história dos impérios em seu aspecto externo: seu esplendor; o capítulo 7 trata do aspecto espiritual interno: são como feras selvagens.

Daniel 7 trata do desenrolar da história humana até o fim do mundo. Se olharmos apenas para os reinos deste mundo somos o povo menos favorecido da terra, mas se olharmos para o trono de Deus somos o povo mais feliz da terra. Os impérios do mundo surgem, prosperam e desaparecem, mas o Reino de Cristo permanece para sempre. (1)

I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7:1-8)


1. A visão (Dn 7:3-15). A visão de Daniel ocorreu no “primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia” (Dn 7:1), ou seja, quatorze anos antes da queda do reino Babilônico. A visão de Daniel revela a ordem das coisas futuras - da época em que o profeta se encontrava, mais de cinco séculos antes do nascimento de Cristo, até os nossos tempos e até o fim da Era gentílica. Da sua perspectiva, rodeado por uma escuridão silenciosa da noite (Dn 7:2), emergiu uma figura violenta e furiosa – tempestuosos ventos do céu, animais rugindo (Dn 7:3) subindo das águas, espalhando-se pela terra, um após o outro. Aqui, Daniel vê a história dos reinos mundiais em terrível convulsão. Todavia, ele olha e vê Deus assentado no trono (Dn 7:9-11). Devemos estar conscientes de que um Dia toda natureza gentílica será extirpada e o reino de Cristo estabelecido para sempre. Os grandes reinos crescem, fortalecem-se, deterioram-se e caem, mas só o Reino de Deus permanece para sempre, conforme Daniel capítulos 2 e 7.

2. Interpretação.Cheguei-me a um dos que estavam perto e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isso. E ele me disse e fez-me saber a interpretação das coisas” (Dn 7:16).

a) “O leão com asas de águia” (Dn 7:4).
O leão (rei dos animais) e a águia (rainha das aves) são símbolos da grandeza da Babilônia. Duas coisas aqui devem ser observadas no texto:

Primeiro, as asas foram arrancadas. Aqui, fala de Nabucodonosor sendo expulso do trono para viver com os animais (ver Dn 4:32).

Segundo, o texto diz que o animal foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. Isto se refere o retorno de Nabucodonosor de sua lucidez e da sua conversão (ver Dn 4:32b,36,37).

 
 
 
 
  b) “O urso” (Dn 7:5).

Aqui, o urso é símbolo do império medo-persa, um império formado pela coligação de dois povos: os medos e os persas. Esse império foi descrito em Daniel 2:32,39.

As “três costelas” que o urso trazia na sua boca, na simbologia profética, significam as três primeiras potências conquistadas pelo Império Medo-persa. São elas: (a) Babilônia; (b) A Lídia, na Ásia Menor; (c) O Egito. Esses três reinos (costelas) fizeram uma coligação pensando suplantar as ameaças do inimigo, mas não tiveram nenhum êxito nisso, pois a conquista por Dario e Ciro dessas nações já estava vaticinada cerca de 80 anos antes, como está descrito pelo profeta do Senhor: "O Senhor despertou o espírito dos reis da Média; porque o seu intento contra Babilônia é para a destruir” (Jr 51:11,29).

c) O leopardo com quatro asas (Dn 7:6).

Esse animal simboliza o império grego-macedônio. Em 334, Alexandre Magno empreendeu sua surpreendente conquista, que em um período de 10 anos o levou a ser soberano de um vasto império.

Alexandre foi educado por Aristóteles. Difundiu a cultura grega entre os povos vencidos. O idioma grego tornou-se conhecido em todo o mundo antigo e veio a ser a língua em que o Novo Testamento foi escrito. Ele fundou a cidade de Alexandria, conhecida mundialmente por sua famosa biblioteca e pelo farol na ilha de Faros, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

Observe três destaques importantes no texto de Daniel 7:6.

Primeiro, "e tinha quatro asas de ave nas suas costas". Daniel notifica que nas costas do animal havia quatro asas. Elas representam, sem dúvida, os "quatro generais" de Alexandre que, após sua morte, fundaram quatro realezas. São eles: (a) Ptolomeu; (b) Selêuco; (c) Lisímaco; (d) Cassandro. Em tudo que Alexandre fazia esses generais estavam sempre em evidência. Cada um deles começou por implantar-se na região que lhe fora designada, e não ficaram somente nisso, pois a ambição de glória e de poder, levou-os a lutarem entre si, para novas conquistas.

Segundo, “tinha também este animal quatro cabeças". A cabeça, que é de um animal quadrúpede, está diante de si. Na simbologia profética, isso significa os quatro reinos que estavam por vir. Após a morte de Alexandre, seus quatro generais fundaram quatro reinos dentro da divisão do Império: (a) Egito (Ptolomeu); (b) Síria (Selêuco); (c) Macedónia (Lisímaco); (d) Ásia Menor (Cassandro).

Terceiro, “e foi-lhe dado domínio”. Diz o versículo 6 que o domínio lhe foi dado. Foi Deus quem levantou Alexandre Magno. Deus dirige a história. É Deus quem dá o poder aos poderosos da terra. E é Ele mesmo quem o tira de suas mãos.

d) Uma aparência indescritível (Dn 7:7,8).

Com relação ao quarto animal, Daniel ver um animal espantoso, terrível e sobremodo forte. O que caracteriza esse quarto animal era sua força e poder, ou seja, sua capacidade de destruir. Tinha grandes dentes de ferro; devorava e fazia em pedaços; pisava aos pés o que sobejava. Todas essas características sugerem força e insensibilidade com suas vítimas (Dn 7:23). Esse animal simbolizava o império romano.

e) A ênfase no quarto animal (Dn 7:23-27). O quarto animal torna-se o tópico especial da interpretação do anjo em Daniel 7:15-28. O caráter distintivo dessa fera é o terror que provoca no observador; ele era “terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho”.

Em 241 a.C, os romanos derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Sicília. Em 218 a.C, as legiões romanas fizeram sua entrada na Espanha. Em 202 a.C, os romanos conquistaram Cartago. Em 146 a.C, eles tomaram a cidade de Corinto. Em 63 a.C, Pompeu ocupou a Palestina. Em 30 a.C, Marco Antônio incorporou o Egito ao território romano. De modo que antes do nascimento de Cristo os romanos tinham praticamente o controle do mundo conhecido.

O império romano experimentou dois séculos de glória e esplendor. Em 476 d.C, os bárbaros puseram fim ao império romano no Ocidente, e, em 1453 d.C, os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, e o império romano no Oriente se desintegrou.

Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”. (2)

f) Os dez chifres e o pequeno chifre.

- “e tinha dez chifres (Dn 7:7)”. Esse animal espantoso tinha dez chifres como tinha dez dedos os pés da estátua do capitulo 2. Esses dez chifres na cabeça da fera simbolizam dez reis que “se levantarão” no tempo do fim. Eles não existiram nos dias do Império Romano. Observe bem a frase: “se levantarão”. João, em sua visão na Ilha de Patmos, descreve a mesma coisa em Ap 13:1. O fato de estarem em alinhamento como em alinhamento estavam os dez dedos da estátua do capitulo 2, quer dizer que esses reis escatológicos governarão ao mesmo tempo (Ap 17:12).

- “subiu outro chifre pequeno” (Dn 7:8). Saindo da mesma cabeça e desalojando três das pontas primeiras subiu outra ponta pequena, que é mais devastador do que qualquer um dos seus predecessores. Será um ser humano, dotado de inteligência e sagacidade extraordinárias. Esse chifre torna-se o assunto principal do restante do capítulo 7.

Esse orgulhoso e poderoso ser humano será o Anticristo, que no tempo apropriado aparecerá no cenário mundial. Ele é o homem do pecado (2Ts 2:3,8), a besta que abate três dos dez reis (Dn 7:24). Ele guerreará contra os santos de Deus, vencê-los-á (Dn 7:21,22,25; Ap 13:7) e falará palavras contra Deus (Dn 7:25).

O pequeno chifre é pequeno só no começo (Dn 7:8), mas crescerá progressivamente até distinguir-se como mais robusto que os outros chifres (Dn 7:20). Ou seja, o governo do Anticristo será a expressão mais forte de poder na terra até ser erradicado por Cristo. Ele será o último dominador do mundo. Ele será o último líder mundial. Quando, porém, vier o “Ancião de dias” (Dn 7:9), os santos possuirão o reino (Dn 7:22,27; cf. Ap 11:15-18; 20:4-6). O Anticristo será destruído (Dn 7:11,26) e lançado no Lago de fogo ardente (Ap 19:20), que é o Inferno propriamente dito.

II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA

1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino ((Dn 7:9-14). “Ancião de dias” é outra maneira de reconhecer que Deus é o Eterno, é aquele que Abraão reconhecia como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18:25). Deus é retratado julgando todos os povos e todos os reinos no fim dos tempos. Quando a fúria do quarto animal alcançou seu clímax, Daniel viu tronos sendo estabelecidos, e o “Ancião de dias” toma seu assento de julgamento. Coberto por uma luz inefável, cercado por milhares de milhares que o serviam, o Juiz iniciou o juízo [...] e abriram-se os livros. Esse quadro é claramente refletido em Apocalipse 20:4.

2. O “Filho do Homem” (Dn 7:13,14). "... um como o Filho do homem". Na continuação da visão, Daniel também viu um como “Filho do homem” (Dn 7:13), que vem nas nuvens do Céu e recebe um domínio eterno (Dn 7:14). Todos os povos, nações e línguas tornam-se sujeitos a Ele. A relação dessa visão com a visão de Dn 2:44 é evidente. Ali a pedra que foi cortada da montanha substituiu os reinos (cf. Mt 24:30 e Ap 1:7).

“Filho do homem” é um título que frequentemente é aplicado à pessoa de Cristo (Mt 16:13). Cerca de 80 vezes esta expressão ocorre nos Evangelhos, e 22 destas somente em Apocalipse. Em Ezequiel, a expressão "filho do homem" é empregada por Deus 93 vezes, quando fala com o profeta. Em Ap 14:14, há um quadro sobre o "Filho do homem". Jesus é o "Filho do homem", porque, de um modo especial, Ele é o representante da humanidade perante a pessoa do Pai. Ele é declarado "Filho de Davi segundo a carne" (Rm 1:3). Ele se tornou o "Filho do homem" para que nós, humanos, nos tornássemos filhos de Deus (Jo 1:12). (3)

"... foi-lhe dado o domínio" (Dn 7:14). O domínio e reino do presente texto, para que todos os povos, nações e línguas o servissem, é o estabelecimento do Reino de Deus sobre a terra, que começará com o reino milenar de Cristo (Ap 20:1-6).

3. A Grande Tribulação (Dn 7:24,25).Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis" (Dn 7:24). “E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos, e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade dum tempo"(Dn 7:25).

Estes versículos e outros correlatos mostram a ascendência, desenvolvimento e consumação do Império Romano. Mas, a profecia diz que daquele mesmo reino, no futuro, "se levantarão dez reis". Isso significa que durante o período sombrio da Grande Tribulação se levantarão dez reis dentro dos limites do antigo Império Romano. São as dez pontas que João contemplou na cabeça da Besta que subiu do mar (Ap 13:1). Em Ap 17:12, o anjo celestial faz a interpretação para João daqueles chifres, dizendo: "... os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis, por uma hora, juntamente com a besta". Esses dez monarcas escatológicos serão dez agentes de Satanás, que, auxiliados por ele, ajudarão o Anticristo em sua política sombria pela conquista do mundo (c/c Ap 17:13).

- “... depois deles, se levantará outro(rei)...” (Dn 7:24). Aqui, refere-se ao “chifre pequeno” (Dn 7:8), que aparecerá depois dos dez chifres (dez reinos ou nações), isto é, no fim desta presente era, na área do antigo império romano. O pequeno chifre, aqui, difere do pequeno chifre de Dn 8:9, que provém do império grego e representa Antíoco Epifânio, uma figura do Anticristo. O pequeno chifre do presente texto provém da besta romana e subjuga três reinos pela força; os demais reinos parecem delegar seus poderes a ele. Ele profere blasfêmia contra o Altíssimo, isto é, o Ancião de dias (cf. 2Ts 2:4). Ele destruirá os santos, mediante perseguições, enquanto tentará mudar os “tempos” (datas para adoração religiosa especial) e as leis de Deus. Continuará a perseguir os santos durante um período de três anos e meio até ser destruído (cf. Dn 9:27; 12:11; 13:5). Como se vê o “pequeno chifre” se identifica perfeitamente com a primeira besta do livro de Apocalipse (Ap 13), que é comumente chamado o Anticristo. (5)

- "tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25). Esse texto aponta, literalmente, o período de tempo em que ocorrerá um grande sofrimento no mundo, especialmente, contra Israel. Será o período quando "o chifre pequeno", e na linguagem do Novo Testamento o "Anticristo", firmará o concerto com Israel por "uma semana" (Dn 9:27). Esse período ganha uma linguagem metafórica quando fala de "um tempo, e tempos, e metade de um tempo"(Dn 7:25). Esse período equivale a "três anos e meio", ou a "42 meses", ou "a 1260 dias" (Dn 12:7; 9:27; Ap 7:14). É interessante notar que a primeira metade dos sete anos - três anos e meio - será de artifícios políticos do Anticristo, simulando um tipo de paz nas relações de Israel com as nações. Nesses primeiros três anos e meio o Anticristo fará acordos com Israel os quais não cumprirá. Nesse primeiro período ele exercerá poder e influência política e econômica sobre Israel. Depois, quebrará o pacto feito e não cumprirá o acordo com Israel e fará pressões e incitará as nações para guerrear contra Israel para destruí-lo.

A Grande Tribulação não será para a Igreja de Cristo. A igreja será arrebatada ao Céu antes da Grande Tribulação, e os mortos em Cristo serão ressuscitados gloriosamente (1Co 15:51,52; 1Ts 4:13-18). Portanto, o Messias virá para Israel e para o mundo, e a igreja não estará na Terra. O Messias virá para cumprir o sonho desejado e profetizado para intervir no "poder dos gentios" sob o comando do Anticristo e assumirá o Reino sobre a Terra. (4)

III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM

1. A visão (Dn 7:13,14). "e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem".

Daniel chega ao clímax das visões e revelações. No versículo 13 está escrito literalmente que o Filho do homem "vinha nas nuvens do céu". Esta profecia é repetida em Atos 1:9-11, onde os anjos anunciaram que o Jesus que subiu gloriosamente ao céu haveria de vir. Posteriormente, na revelação que Jesus deu ao seu amado apóstolo João, a mensagem é repetida: "eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram" (Ap 1:7).

Daniel, em sua visão, viu esse personagem que vinha nas nuvens do céu e se identificava como "o filho do homem", o qual se dirigiu ao Ancião de dias. Não há dúvida que se tratava de Jesus Cristo. Este "Filho do homem" recebeu a concessão de poder e domínio sobre todas as nações para que o servissem, porque o seu domínio seria um domínio eterno que não passaria e seu reino não seria destruído.

Há quem pergunte como é possível determinar que o arrebatamento da Igreja e a segunda vinda de Cristo são dois acontecimentos separados. Podemos responder apontando para as formas como são distinguidos nas Escrituras Sagradas:

ARREBATAMENTO
SEGUNDA VINDA
1. Cristo vem nos ares (1Ts 4:17).
1. Cristo vem à Terra (Zc 14:4).
2. Vem para buscar seus santos (1Ts 4:16,17).
2. Vem com seus santos (1Ts 3:13; Jd 14).
3. O arrebatamento é um mistério, ou seja, uma verdade desconhecida no tempo do Antigo Testamento (1Co 15:51).
3. A segunda vinda de Cristo não é um mistério; constitui o tema de várias profecias do Antigo Testamento (Sl 72; Is 11; Zc 14).
4. Em nenhum momento, as Escrituras dizem que a vinda de Cristo para buscar seus santos é precedida de portentos celestiais.
4. Sua vinda com seus santos será anunciada por vários sinais nos céus (Mt 24:29-30).
5. O arrebatamento é identificado com o Dia de Cristo (1Co 1:8; 2Co 1:14; Fp 1:6,10).
5. A segunda vinda é identificada com o Dia do Senhor (2Ts 2:1-12).
6. O arrebatamento é apresentado como um tempo de benção (1Ts 4:18).
6. A ênfase da segunda vinda é sobre o julgamento (2Ts 2:8-12).
7. O arrebatamento ocorre num piscar de olhos (1Co 15:52), uma clara indicação de que o mundo não testemunhará sua ocorrência.
7. O mundo inteiro verá a segunda vinda (Mt 24:27; Ap 1:7).
8. O arrebatamento parece envolver principalmente a Igreja (João 14:1-4; 1Co 15:51-58; 1Ts 4:13-18).
8. A segunda vinda envolve principalmente Israel, mas também as nações gentias (Mt 24:1-25:46).
9. Cristo vem como a brilhante Estrela da Manhã (Ap 22:16).
9. Ele vem como sol da justiça (Ml 4:2).
10. O arrebatamento não é mencionado nos evangelhos sinópticos, mas João faz diversos alusões a ele.
10. A segunda vinda está presente nos evangelhos sinópticos, mas quase não é mencionado nada em João.
11. Os que forem levados serão abençoados (1Ts 4:13-18). Os que forem deixados serão julgados (1Ts 5:1-3).
11. Os que forem levados serão julgados. Os que forem deixados serão abençoados (Mt 24:37-41).
12. As Escrituras não fornecem um sistema de datação para acontecimento que precederão o arrebatamento.
12. As Escrituras fornecem um sistema de datação complexo para segunda vinda, como 1.260 dias, 42 meses, 3 anos e meio (cf. Dn 7:25; 12:7,11,12; Ap 11:2; 12:14; 13:5).
13. O título “Filho do homem” não é usado em nenhuma passagem que trata do arrebatamento.
13. A segunda vinda é descrita como a vinda do Filho do homem (Mt 16:28; 24:27,30,39; 26:24; Mc 13:26; Lc 21:27).

2. “Os santos do Altíssimo” (Dn 7:18). Na visão milenista e pré-tribulacíonísta, "os santos do Altíssimo" são, indubitavelmente, o povo judeu (Dn 7.21; 9.24; Ap 13.7; 17.6). Israel, durante o milênio, será cabeça das nações. Todos os santos participarão do reino e Jesus estará assentado sobre o trono de Davi e reinará para sempre. Jesus Cristo, "o filho do Homem", reinará literalmente na terra por mil anos.

O milênio não é mera alegoria; será real e literal, quando Jesus Cristo tomar posse do governo do mundo e desfazer o poder da trindade satânica constituída pelo Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.

3. A destruição do Anticristo (Dn 7:26,27). A vitória de Cristo e Seu exército na batalha do Armagedom porá fim ao sistema mundial gentílico que tem governado o mundo desde o início da história humana depois da expulsão do Éden. O sistema político estabelecido pelo Anticristo ruirá por completo e outro deverá ser estabelecido. Ocorre, então, o que foi profetizado por Daniel, ou seja, a pedra cortada sem mão que feriu a estátua do sonho do rei Nabucodonosor (Dn 2:34), pedra que encheu toda a terra (Dn 2:35). Esta pedra é Cristo, que passará a ser, de direito, o Governante de toda a Terra.

No Apocalipse, assim está narrado o fim do Anticristo: "E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre"(Ap 19.20). Portanto, o Anticristo e o Falso profeta, na Batalha do Armagedom, serão aniquilados pela espada que sai da boca de Cristo (isto é, por sua Palavra), e serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, que é o inferno propriamente dito (Ap 19:20). É o fim deles.

CONCLUSÃO

Daniel ficou perplexo ao ver essa invasão do mal na história e a devastação que ele opera. Não deveríamos nós também nos alarmar? Não deveríamos ter a mesma sensação de Daniel? Estamos vivendo os últimos dias da Igreja, e não precisa ser teólogo para compreender isso. A terra passa por grandes aflições, e não é nem o início das terríveis catástrofes que virão.

Muitos hoje estão mais preocupados com “o aqui e o agora” do que com o porvir, ludibriados por pregadores materialistas, e esquecem de que Jesus está às portas. Infelizmente estamos vivendo à síndrome da igreja de Laodicéia: materialmente rica, mas terrivelmente pobre no aspecto espiritual. A mornidão nuvea a igreja e empata a visão do sobrenatural de Deus. Muitos, hoje, correm o perigo de serem deixados para trás no dia da Vinda do Senhor Jesus. Precisamos de forma devocional nos dedicar mais à oração e à vigilância. Daniel conclui a visão do capítulo 7 com um gesto de humildade: “Mas guardei estas coisas no meu coração” (Dn 7:28). E nós, o que estamos guardando no coração?

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Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 60 – CPAD.

Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.

(1) Rev. Hernandes Dias Lopes – Daniel, um homem amado do Céu. HAGNOS.

(2) Ibidem.

(3) Severino Pedro da Silva – Daniel (a visão para estes últimos dais). CPAD,

(4) Integridade Moral e Espiritual – Elienai Cabral. CPAD.

(5) Bíblia de Estudo Pentecostal– pg.1258.

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