quarta-feira, 25 de março de 2015

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 2º TRIMESTRE DE 2015



 

No 2º Trimestre de 2015 estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: Jesus, o Homem Perfeito - O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.  As lições serão comentadas pelo pastor José Gonçalves, e estão distribuídas sob os seguintes títulos:



Lição 01: O Evangelho Segundo Lucas.

Lição 02: O Nascimento de Jesus.

Lição 03: A Infância de Jesus.

Lição 04: A Tentação de Jesus.

Lição 05: Jesus Escolhe seus Discípulos.

Lição 06: Mulheres que Ajudaram Jesus.

Lição 07: Poder sobre as Doenças e Morte.

Lição 08: O Poder de Jesus sobre a Natureza e os Demônios.

Lição 09: As Limitações dos Discípulos.

Lição 10: Jesus e o Dinheiro.

Lição 11: A Última Ceia.

Lição 12: A Morte de Jesus.

Lição 13: A Ressureição de Jesus.

***

JESUS, O HOMEM PERFEITO

O Senhor Jesus foi o único Homem Perfeito que este mundo alguma vez já viu. Ele foi totalmente e sempre perfeito, aos olhos de Deus e diante dos homens – perfeito nos pensamentos, perfeito nas palavras e perfeito nas ações. No “Homem Jesus Cristo” estavam perfeitamente combinadas a majestade que intimidava e a docilidade que trazia perfeita tranquilidade na Sua presença. Os escribas e os fariseus experimentaram as Suas repreensões severas, enquanto que a pobre samaritana e “a mulher que era pecadora” sentiram-se inexplicável e irresistivelmente atraídas a Ele.

Jesus foi um homem semelhante a nós, mas sem pecado – “nele não há pecado” (1João 3:5). Exteriormente, Ele não se distinguia dos demais homens, nos quais habita o pecado (Rm 8:3), contudo, nEle não existiu pecado. Não podia pecar nem cometeu pecado algum. Por isso, Ele é o Homem Perfeito, e permanece eternamente Homem Perfeito – “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1Tm 2:5).

Neste trimestre letivo estudaremos a vida e obra de Jesus Cristo - o Homem Perfeito –, à luz do Evangelho segundo escreveu Lucas. O relato feito por Lucas é tido pelos teólogos como o mais completo dentre os outros evangelhos. Aqueles que conhecem o seu conteúdo certamente concordam com essa afirmação. A maneira específica como registrou os acontecimentos, que tiveram como ápice a ressurreição e a ascensão de Jesus, é própria e singular do Lucas, o médico amado.

No Evangelho segundo escreveu Lucas, Jesus aparece como o “Filho de Deus” (Lc 1:35) e “Filho do Homem” (Lc 5:24). Segundo o pr. José Gonçalves, “são expressões messiânicas que revelam a deidade de Jesus. A primeira expressão mostra Jesus como verdadeiro Deus, enquanto a segunda expressão mostra-o como verdadeiro homem. Ele é o Filho do Homem, o Homem Perfeito. Ao usar o título “Filho do Homem” para si mesmo, Jesus evita ser confundido com o Messias político esperado pelos judeus. Como Homem Perfeito, Jesus era obediente a seus pais. Todavia, estava consciente de Sua natureza divina (Lc 2:4-52). É como Homem Perfeito que Jesus enfrenta, e derrota, Satanás na tentação do deserto (Lc 4:1-13)”.

O Evangelho de Jesus Cristo é registrado de quatro maneiras diferentes. Mateus descreve Jesus como Rei, salientando a Sua majestade. Marcos descreve Jesus como Servo do Senhor, dando ênfase ao seu sofrimento e, ao mesmo tempo, ao seu poder. João descreve Jesus como Deus, chamando nossa atenção para a deidade de Jesus. E Lucas, que é o alvo do nosso estudo neste trimestre letivo, apresenta-nos Jesus como o Filho do Homem, enfatizando a sua humanidade.

Nota-se o contraste que há entre as ênfases de João e Lucas. Enquanto João trata da divindade daquele que é homem, Lucas nos apresenta, de modo claro, a humanidade daquele que é Deus. Quando destacamos o verso-chave de Lucas – “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10) -, temos reforçada essa ênfase. Jesus é apresentado como Filho do Homem, destacando-se a sua humanidade, a sua identificação conosco.

Mas é bom reconhecermos também que Lucas não deixa de demonstrar a glória da divindade e da majestade de Jesus Cristo (Lc 1:32-35).

Ao lermos e estudarmos a narrativa de Lucas sobre a vida e o ministério de Jesus Cristo, ficamos impressionados pelo interesse humano do seu autor. Somos confrontados com os aspectos da vida humana de Jesus Cristo, apresentados a eventos comoventes, cheios de alegria, de tristeza, de cânticos, de exultação, de lágrimas, de louvor e de muita oração.

Somente Lucas descreve o nascimento e a infância de Jesus Cristo, dando destaque também ao nascimento do seu precursor, João, o batizador. Lucas é o único que registra os cânticos especiais que têm sido alvo de tantas obras da música cristã: a Beatitude, de Isabel (Lc 1:42); a Magnificat, de Maria (Lc 1:46-55); o Benedictus, de Zacarias (Lc 1:68-79); o Gloria in excelsis, dos anjos (Lc 2:14); e o Nunc-dimittis, de Simeão (Lc 2:29-32). E, além disso, ele destaca as mulheres, as crianças, os doentes, os samaritanos, enfim todos os rejeitados pela alta sociedade daqueles dias.

Mas o Evangelho, segundo escreveu Lucas, se destaca também por ser considerado "o evangelho do lar". Ele nos mostra, de modo simples, a vida de Jesus quando ainda pequeno, junto com os pais Maria e José; a cena na casa de Simeão; a hospitalidade de Marta e Maria; a mulher varrendo a casa para achar a moeda perdida; a parábola do amigo inoportuno que bate na casa do amigo à meia noite; a parábola onde o pai celebra, em casa, a volta do filho perdulário ao lar; e o local preparado para a celebração da Páscoa quando foi instituída a Ceia do Senhor.

Conhecer e estudar o Evangelho de Jesus Cristo, segundo escreveu Lucas, deve nos fazer mais sensíveis em relação a vinda, a vida, o ministério, a morte e a glorificação de Jesus Cristo, pois Ele é também considerado o "evangelho da graça", o evangelho que mostra a vontade de Deus em abençoar os homens.

Oro a Deus, que neste trimestre letivo, capacitados pelo Espírito Santo, possamos conhecer mais a respeito do Filho de Deus, que se fez homem e habitou entre nós. Oro a Deus que possamos colocar em prática os princípios que aprenderemos desse precioso Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que assim seja!

Ev. Luciano de Paula Lourenço

 

 

Um comentário: