sábado, 26 de setembro de 2015

LIÇÕES BÍBLICAS DO 4º TRIMESTRE/2015


 


 



 
 
Durante o 4º Trimestre de 2015, estudaremos, através das Lições Bíblicas da CPAD, sobre o tema: “O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o Livro de Gênesis”. As lições serão comentadas pelo Pr. Claudionor de Andrade e estão distribuídas sob os seguintes títulos:

1. Gênesis, o Livro da Criação Divina.

2. A Criação dos Céus e da Terra.

3. E Deus os Criou Homem e Mulher.

4. A Queda da Raça Humana.

5. Caim Era do Maligno.

6. O Impiedoso Mundo de Lameque.

7. A Família que Sobreviveu ao Dilúvio.

8. O Início do Governo Humano.

9. Bênção e Maldição na Família de Noé.

10. A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade.

11. Melquisedeque Abençoa Abraão.

12. Isaque, o Sorriso de uma Promessa.

13. José, a Realidade de um Sonho.

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GÊNESIS – O COMEÇO DE TODAS AS COISAS


Quero trazer, como base em estudos e pesquisas, alguns argumentos introdutórios acerca do primeiro livro da Bíblia Sagrada, o livro de Gênesis, objeto de estudo neste 4º Trimestre de 2015. Tudo neste Livro é relevante, didático, profundo, belo e devocional. Até as suas genealogias trazem-nos preciosas lições. Da criação do Universo à morte de José, percorremos um caminho que, apenar das agruras e provas, conduz-nos logo a Criador. Em cada página, encontramos um Deus que, não se limitando a criar, deleita-se em revelar-se à criatura. O livro de Gênesis, portanto, por várias razões, é um dos mais fascinantes de toda a Escritura. Sua localização no cânon, sua relação com o restante da Palavra de Deus e a natureza surpreendente e variada do seu conteúdo o tornam um dos livros mais notáveis das Sagradas Escrituras. É um Livro que precisa ser lido, conhecido e vivido.

1. Gênesis - seu significado. O título Gênesis, vem do grego, e significa “origem”. É, portanto, o Livro das Origens ou do começo. Foi dado pelos tradutores da Septuaginta, entre o século III a.C e o século I a.C, em Alexandria. Os judeus o chamam de bereshîth - “no princípio”, que contém o único relato verdadeiro da criação feito pela única pessoa que estava lá: o Criador. Em Gênesis 1:1, ou seja, no primeiro versículo da Bíblia, Deus é apresentado como Criador dos céus e da terra.

2. Gênesis fala sobre a origem de tudo - menos de Deus. O Espírito Santo, por meio de seu servo Moisés, relata a origem de tudo o que há de mais importante: o homem e a mulher, o matrimônio, o pecado, os sacrifícios, as cidades, o comércio, a agricultura, a música, a adoração, as línguas, as raças e as nações do mundo. Tudo isso nos primeiros onze capítulos. Em seguida, os capítulos 12 a 50 narram o surgimento de Israel, nação criada por Deus com o objetivo de se tornar um microcosmo espiritual a representar todos os povos do planeta. A vida dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e os doze filhos deste (em especial o cativante e piedoso José) inspirou milhões de pessoas, desde crianças até estudiosos e pesquisadores do Antigo Testamento. Como se vê, Gênesis fala sobre a origem de tudo, menos de Deus.

A Bíblia, em nenhum de seus 31.175 versículos, procura provar a origem ou a existência de Deus. Para o Livro de Gênesis, bem como para toda a Bíblia, Deus existe e só há uma maneira de comprovar sua existência: pela fé - “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe...” (Hb 11:6). Para a Bíblia, não crer em Deus é loucura - “Disse o néscio no seu coração: não há Deus...”(Salmos 14:1). Se o homem crer, Deus existe. Se o homem não crer, Deus continua existindo da mesma maneira.

Gênesis não poderia falar da origem de Deus, porque ele é eterno - “... de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90:2). Eterno significa não ter começo e nem fim. Somente Deus, na pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é eterno. Ninguém mais. Todos os demais seres, materiais ou espirituais, incluindo Satanás, foram criados, ou seja, tiveram uma origem, por isto não são eternos. Assim, o Livro de Gênesis não começa apresentando provas da existência de Deus, mas começa apresentando Deus como Criador dos céus e da terra.

3. Contexto e tema. Aqueles que rejeitam a existência de um Deus pessoal tendem a classificar Gênesis como uma coleção de mitos pagãos adaptados da mitologia mesopotâmica e “purificados” de seus elementos politeístas, com a intenção de solidificar o monoteísmo hebreu. Outros, menos céticos, consideram Gênesis como uma coleção de sagas ou lendas com algum valor histórico. Na verdade, Gênesis é história e, como toda história, possui natureza interpretativa. Gênesis apresenta uma história teológica, isto é, narra os fatos sob a perspectiva do plano divino. Como se diz: “a história do mundo é a história de Deus”.

Embora seja o primeiro livro da “lei” (Tora no hebraico, com o significado de “instrução”), Gênesis apresenta pouco material jurídico. Gênesis é chamado de “lei” pelo fato de servir de fundamento para os textos de Êxodo a Deuteronômio e para a entrega da lei a Moisés. Na verdade, Gênesis representa não apenas o fundamento da história bíblica, mas também da história da humanidade.

Os temas de bênção e maldição estão meticulosamente entrelaçados no texto de Gênesis e em toda a Escritura. A obediência produz bênção, mas a desobediência gera maldição.

As maldiçoes mais conhecidas são: as punições após a queda, o dilúvio universal e a confusão das línguas em Babel.

As Bênçãos mais famosas são: a promessa do Redentor, a salvação de um remanescente durante o dilúvio e a escolha de Israel como nação, formada especialmente para servir de canal da graça de Deus.

Se Gênesis narra a história como de fato aconteceu, então de que maneira Moisés teve acesso às genealogias, aos acontecimentos e à correta interpretação desses acontecimentos?

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que a arqueologia tem apoiado (não “aprovado”, mas confirmado, esclarecido) o relato de Gênesis em muitas áreas, principalmente com relação aos patriarcas e seus costumes.

Alguns liberais do século XIX, como Hartmann, afirmaram que Moisés não poderia ter sido o autor do Pentateuco, uma vez que a escrita ainda não havia sido inventada. Hoje sabemos que Moisés poderia ter utilizado qualquer um dos vários sistemas de escrita da Antiguidade, pois era versado em todo o conhecimento do Egito.

Sem dúvida, Moisés utilizou relatos deixados por José, além de tabuinhas, pergaminhos e traduções orais da Mesopotâmia trazidos por Abraão e seus descendentes. Esse material continha as genealogias que compõem as seções principais de Gênesis conhecidas como “os descendentes de Adão”, etc.

O Espírito Santo o inspirou a separar o material adequado e deixar de lado o restante. Em última análise, porém, todas essas fontes ainda não eram suficientes. Portanto, Deus provavelmente acrescentou detalhes aos diálogos e aos outros fatos por meio de revelação direta.

No final das contas, tudo se resume em fé: ou Deus é capaz de produzir esse material por meio de seu servo, ou não. Fiéis de todas as gerações, desde os primórdios até hoje, têm atestado que Deus é verdadeiro.

A arqueologia pode nos ajudar a reconstruir a cultura dos patriarcas e assim proporcionar mais vivacidade aos relatos bíblicos. Todavia, somente o Espírito Santo é capaz de iluminar a verdade de Gênesis em nosso coração e vida cotidiana. (1)

4. Gênesis - sua esfera de ação, no tempo. A abrangência do Livro de Gênesis, no tempo, não pode ser quantificada em números. Gênesis informa que os céus e a terra foram criados no princípio. Não se diz que foi a milhões, bilhões, ou trilhões de anos - diz, no princípio. Tentar identificar quando foi esse “princípio” é uma tarefa inglória. Não se pode entender aquilo que o Espírito de Deus não revelou.

5. Gênesis - sua esfera de ação depois que o tempo começou a ser contado. Pelos cálculos da ciência a história do homem sobre a terra retrocedeu até o ano 4.004 a. C., que seria o tempo de Adão. Assim, de acordo com a história que é conhecida, o Livro de Gênesis - de Adão à morte de José - abrange um período de cerca de 2.369 anos, que pode ser assim dividido:

a) de Adão, ano 4004 a. C., até o Dilúvio, ano 2348 a. C., foram 1.656 anos;

b) do Dilúvio até a chamada de Abraão, ano 1921 a. C., foram 427 anos;

c) de Abraão até a morte de José (Gn 50:26) - ano 1.635 a. C. -, foram 286 anos.

Lembrando que os números são mais ou menos aleatórios. Servem, apenas, como ponto de referência.

6. O Conteúdo do Livro de Gênesis. Para efeito de estudo, o Livro de Gênesis pode ser dividido de muitas maneiras. Vamos dividi-lo, aqui, em duas partes:

1ª Parte - Sinopse, ou síntese, da Criação:

a) A criação primitiva (Gn 1:1).

b) O estado caótico (Gn 1:2).

c) A obra dos seis dias (Gn 1:3-31).

d) O sétimo dia (Gn 2:1-3).

Esta primeira parte não pode ser delimitada no tempo. Ela teve início “no princípio”.

2ª parte - a história de 2.369 anos em torno de nove personagens (Gn 2:4-50:26).

Entendendo melhor...

1ª Parte - Sinopse, ou síntese, da Criação. “No princípio, criou Deus...”. Como dissemos, não há como identificar quando ocorreu esse “princípio”. Não vamos tentar entender o que o Espírito de Deus não revelou. Pelo que está revelado, sabemos que Deus é o Criador - “... criou Deus...”. Deus não fez - Deus criou. Fazer significa construir ou elaborar alguma coisa utilizando-se algo preexistente, ou seja, matéria prima. O fazer é do homem - o criar é de Deus.

Deus é o Criador - criar significa trazer à existência o que antes não existia, ou seja, do nada. A matéria não é eterna, como quer a ciência. A matéria teve uma origem - foi criada por Deus.

Deus é o Criador e não transferiu a propriedade da obra que ele criou - “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”(Salmo 24:1).

- A obra criada - “no princípio” - era perfeita. A perfeição é um dos atributos de Deus. As coisas que ele cria ou faz, levam a marca de sua perfeição. A terra criada, referida pelo Espírito de Deus, era perfeita e bela e sua criação foi aplaudida pelos anjos, os quais foram criados antes da criação do mundo material, conforme Deus revelou a Jó: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?... Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó 38: 4,7).

- A obra da Criação foi executada pela Trindade. No hebraico, referindo-se à obra de Criação a expressão usada é “Elohim”, que é o plural de “Elôah”. “Elôah” significa Deus.

2ª Parte - a história de 2.369 anos em torno de nove personagens (Gn 2:4 -50:26). Os nove personagens são: Adão, Caim, Abel, Sete, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e José. Tendo uma ideia dos acontecimentos havidos em torno destes homens, então temos uma visão global do Livro de Gênesis.

a) Adão (Gn 2:4 - 3:24). Relata o homem como foi criado, sua relação de dependência de Deus e a relação familiar. Num segundo momento o homem é enfocado sob a tentação, terminando com a queda e a consequente expulsão do jardim do Éden.

b) Caim (Gn 4). A Bíblia não é o Livro da história do homem. A Bíblia é o Livro da história da redenção. Assim, o Espírito de Deus só registrou os nomes daquelas pessoas que participam da história da redenção. Caim é uma dessas pessoas. Ele representa a humanidade caída, pecadora e fugitiva da presença de Deus - “E saiu Caim de diante da face do Senhor...”(Gn 4:16).

c) Abel/Sete (Gn 4:1 e 5:1-8). Os dois podem ser agrupados como sendo apenas um, visto que representam Jesus, em dois momentos. Abel - aquele que foi morto pelo seu irmão, porque as suas obras eram boas e as de seu irmão eram más (1Pedro 3:12) -, representa Jesus, Homem, morto pelos seus irmãos, os judeus. Sete - aquele que nasceu logo após a morte de Abel -, representa Jesus, ressuscitado. Abel morreu e desceu à sepultura. Sete, nasceu, ou subiu a ocupar o lugar deixado pelo seu irmão.

d) Noé (Gn 6:1-11:9). O Dilúvio pode ter ocorrido por volta do ano 2.348 a. C., ou seja, 1.656 anos depois de Adão. Noé representa o ponto de ligação entre a geração antediluviana e a pós-diluviana. Seus descendentes repovoaram a terra.

e) Abraão (Gn 11:10-25:10). Para se ter uma ideia da importância que Abraão representa na Bíblia, basta verificar que o Espírito de Deus reservou 14 capítulos para relatar a sua história, num período de tempo compreendido entre a sua chamada e a sua morte, ou seja, num espaço de 100 anos, apenas. Dentro deste período, o Espírito de Deus, usou onze capítulos da Bíblia para relatar vinte e cinco anos de sua vida - de sua chamada ao nascimento de Isaque, ou seja, dos 75 aos 100 anos. Enquanto isto, o Espírito de Deus, para contar a história de 2.100 anos - de Adão a Abraão - usou, apenas, onze capítulos da Bíblia. Abraão é, sem dúvida, um dos principais personagens da história da redenção.

f) Isaque (Gn 21 a 28). Isaque, o filho da promessa, é uma figura muito viva de Jesus, o Filho do Pai. No capítulo 24, vemos Isaque, como figura de Jesus, recebendo sua noiva, Rebeca, uma figura da Igreja. Foi ele quem levou Rebeca, símbolo da Igreja, para ocupar o lugar de Sara, símbolo de Israel, na tenda que estava vazia (Gn 24:67). Após cumprir sua missão de trazer ao mundo Isaque, o filho da promessa, Sara morreu, deixando vazia a sua tenda, a qual foi ocupada por Rebeca, da mesma forma que a Igreja ocupou o lugar da nação de Israel, no Plano de Deus.

g) Jacó (Gn 25:26-37:1). Jacó, através de seus doze filhos, deu origem à nação de Israel, formada por doze tribos.

h) José (Gn 37:2-50:26). José é, talvez, a/ou uma das mais perfeitas figuras de Jesus, no Antigo Testamento. Vejamos alguns pontos desta simbologia: amado do pai e odiado pelos irmãos; testemunhava contra os erros dos irmãos; conspiração dos irmãos contra ele; vendido por dinheiro; entre dois réus um se salva e o outro é condenado; obtendo uma esposa gentia durante sua rejeição pelos irmãos; perdoando os irmãos; seus sofrimentos e sua exaltação; salvador do mundo, etc.

7. Duas figuras de Jesus no Livro de Gênesis. Tipologicamente o Senhor Jesus pode ser encontrado inúmeras vezes em Gênesis. Vejamos duas:

a) o cordeiro sacrificado para cobrir a nudez do homem - “E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu” (Gn 3:21).

b) o cordeiro que foi morto em lugar de Isaque - “... e foi Abraão, e tomou o carneiro, e oferecendo-o em holocausto, em lugar de seu filho” (Gn 22:13).

8. Uma mensagem de Gênesis para o crente de hoje. Em Gênesis, Deus é o Criador de todas as coisas. Segundo Lavoisier, o pai da química moderna, “na natureza nada se perde e nada se cria... tudo se transforma”. Assim, de acordo com a ciência, tudo o que se fez, até hoje, usou-se a matéria-prima que foi criada por Deus. Deus é o dono de tudo, incluindo o nosso corpo, por direito de criação. Desta forma, o “nosso” corpo é propriedade de Deus e deve ser usado de acordo com a Sua vontade - “... e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Tes 5:23).

Talvez você já tenha ouvido alguém afirmar a seguinte inverdade: “o corpo é meu; faço dele o que eu quero”. Esta é uma afirmação que só pode ser feita por alguém que não conhece a Palavra de Deus. Deus é o Criador de todas as coisas, razão porque todas as coisas lhe pertencem – “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam”(Sal 24:1). Portanto, ninguém é dono de nada; tudo pertence a Deus, incluindo nossa vida e nosso corpo. Nós somos apenas mordomos dos bens de Deus. O mordomo tem que administrar de acordo com a vontade de seu Senhor, caso contrário, dará conta do mau uso que fizer dos bens que lhe foram confiados. Assim, aquele que afirmar ser dono de seu corpo está usurpando os direitos de Deus, pois o corpo é propriedade de Deus por direito de criação. Foi ele quem criou o corpo, do pó da terra. Assim, aquele que fizer do corpo o que quiser fazer, certamente responderá diante de Deus pelo uso errado que tiver feito.

Portanto, há razão suficiente para dedicarmo-nos ao estudo do livro de Gênesis. Nele, somos convidados a compreender como começou a história do povo de Deus que culminou na revelação de Jesus Cristo, a fim de que hoje fôssemos alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Que Deus nos abençoe e que o Seu Santo Espírito nos ilumine neste último trimestre de 2015.

Ev. Luciano de Paula Lourenço

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(1) William Macdonald – Comentário Popular do Antigo Testamento. CPAD.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

AS LUAS DE SANGUE SÃO SINAIS?




Por: Christopher J. Katulka

As luas de sangue são uma coisa bonita de se ver. Essas anomalias astronômicas se tornaram um importante tópico tanto para astrônomos de fundo de quintal quanto para cristãos que as consideram sinais proféticos.

As luas de sangue são sinais? Ou são simplesmente obras das mãos de Deus?

Uma lua de sangue é um eclipse lunar total, quando a Terra fica entre a Lua e o Sol. Como a Terra bloqueia a luz do Sol, a única coloração que emerge através da atmosfera terrestre é vermelha, lançando uma cor vermelho-sangue sobre a Lua.

Alguns cristãos associam as tétrades (em número de quatro) de luas de sangue com eventos significativos na história judaica e afirmam que algo abalador acontecerá a Israel durante a atual tétrade, que vai de abril de 2014 até setembro de 2015.

A Lua de Sangue Solitária

A profecia bíblica certamente fala de uma lua de sangue. O profeta Joel teve uma visão sobre ela quando profetizou sobre “o grande e terrível Dia do Senhor”:

Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor” (Jl 2.30-31).

Mais tarde, Lucas citou Joel em Atos 2.20, e o apóstolo João usou a mesma profecia em Apocalipse: “O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue” (Ap 6.12).

Cada vez que a lua de sangue é mencionada, é em conjunção com outros eventos cósmicos que ocorrem simultaneamente. Portanto, se uma lua de sangue ocorreu, também deveremos esperar um sol escurecido e somente uma lua de sangue, não tétrades. Além do mais, cada escritor [bíblico] apontava para o mesmo acontecimento futuro.

Depois do Fato

Defensores das profecias das luas de sangue afirmam que as tétrades apareceram durante importantes acontecimentos na história de Israel: a expulsão dos judeus da Espanha em 1492, a independência de Israel em 1948, e em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.

Todavia, a primeira lua de sangue ocorreu em abril de 1949, depois que Israel já havia obtido sua independência, em maio de 1948. Semelhantemente, uma tétrade apareceu em 1493, um ano depois que o povo judeu foi expulso da Espanha. Se as luas de sangue fossem sinais, elas deveriam ter acontecido antes desses eventos. Mark Hitchcook, estudioso das profecias e da Bíblia, escreveu:

Considere, por exemplo, que você esteja dirigindo por uma autoestrada e vê um sinal de saída depois que você tiver passado por ele. Aquele sinal não será de grande serventia. [Da mesma forma], a tétrade da lua de sangue de 1493-1494 não pode ser um sinal daquilo que aconteceu em 1492. Isto simplesmente não se encaixa na definição de sinal. [1]

A Lua de Sangue Bíblica

Atribuir valor profético a essas luas de sangue é algo que atrai a nossa atenção, mas os eventos a que se referem são aleatórios.

Alguns envolveram um problema sério, mas terminaram em alegria, como é o caso da independência de Israel e da Guerra dos Seis Dias, enquanto que outros terminaram somente em pesar, como é o caso da expulsão dos judeus da Espanha.

Além disso, houve importantes eventos históricos envolvendo os judeus, tais como a destruição dos dois Templos e o Holocausto, que não foram acompanhados pelas luas de sangue.

Por que não?

Porque existe apenas uma “lua de sangue” bíblica, e ela brilhará em lugar de um Sol escurecido e de estrelas apagadas, quando o Senhor julgar este mundo. Até então, cada lua de sangue é um exemplo da majestosa obra das mãos de Deus. (Christopher J. Katulka — Israel My Glory — Chamada.com.br)

Christopher J. Katulka é apresentador do programa de rádio The Friends of Israel Today, diretor de Origins e professor de Bíblia de The Friends of Israel nos EUA.

Nota:

1   [1] Mark Hitchcock, Blood Moons Rising [O Surgimento das Luas de Sangue] (Carol Stream, IL: Tyndale, 2014), 132

 

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Aula 13 – A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DA SALVAÇÃO


3º Trimestre_2015

 
Texto Base: Tito 2:11-14; 3:4-6

 
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2:11)

 
INTRODUÇÃO

Esta é a última Aula do 3º Trimestre de 2015. Estudaremos nesta ocasião a respeito da graça da Salvação, a mais extraordinária manifestação do amor divino para com a humanidade. A graça de Deus traduz a bondade do Senhor e o seu desejo de favorecer o homem, de ser misericordioso com o ser humano, ainda que o homem não mereça esta benevolência divina, vez que pecou e se rebelou contra o seu Criador. Entretanto, apesar do pecado, Deus mostrou seu amor em relação ao homem, por intermédio da sua graça. Sem que o homem mereça coisa alguma, Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse retornar a conviver com Ele. Ele enviou seu Filho para que morresse em nosso lugar e satisfizesse a justiça divina. Portanto, a todos quantos crerem na obra do Filho, Deus permite que venha novamente a ter comunhão com Ele, ainda que imerecidamente. É este favor imerecido que consiste na Graça de Deus.

I. A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS

1. Definição de graça. Graça – “hessed”, no hebraico; “charis”, no grego; “gratia”, no latim -, tem o sentido de ser um favor imerecido concedido por Deus à humanidade. Imerecido, porque o homem perdeu todo e qualquer direito, ou privilégio junto ao seu Criador, por causa do pecado.

2. A Graça comum. Deus não é apenas o Criador da Terra, do homem, e de tudo que nela há, mas, pela sua Graça Comum, ou Universal, ele é também o Sustentador de todas as coisas, incluindo a existência do homem, conforme afirmou Paulo, em Atenas: “Porque n’Èle vivemos, e nos movemos, e existimos...”(Atos 17:28).

Sem a Graça comum, ou Universal, que é um favor imerecido que ele quis e continua concedendo ao homem, não haveria vida sobre a terra. Deus, através de sua Graça Comum, abençoa todos os homens, crentes e incrédulos. Foi o que o Senhor Jesus deixou claro, quando afirmou: “... porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”(Mt 5:45).

Assim, quer o homem saiba disto, ou não; quer reconheça ou não a misericórdia de Deus; quer seja grato ou não, na verdade a sua vida está nas mãos de Deus e é sustentado pela sua Graça.

É Deus quem controla o dia e a noite, que administra as estações do ano, que mantém a regularidade dos movimentos de rotação e translação da terra, que mantém o equilíbrio da cadeia alimentícia, que regula o sistema de defesa do corpo humano, entre tantos outros benefícios concedidos pela sua Graça Comum, ou Universal. Por isto, nós que conhecemos a Palavra de Deus, dizemos que “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim”(Lm 3:22).

3. A graça salvadora. Sem qualquer mérito humano, mas unicamente pela sua graça, Deus quis prover um meio de salvar o ser humano. E proveu. E a graça salvadora de Deus não tem limites, é inesgotável, é abundante. Por isto ela envolve todo o mundo, é suficiente para predispor toda a humanidade a tornar-se merecedora da Redenção Divina, oferecendo-lhe a oportunidade de escapar da justa e inevitável condenação – “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”(Rm 6:23.) E porque é o “Deus de toda a graça”, conforme está escrito em 1Pedro 5:10, ele “...quer que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade”(1Tm 2:4). Nesse sentido, e para que isto pudesse acontecer foi que “... a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”(Tito 2:11).

4. Graça justificadora e regeneradora. A graça de Deus é a fonte da justificação do homem (cf Rm 3:24; Ef 2:8). Ela substitui o pecado na vida do homem, que é justificado pela fé em Cristo Jesus. Quando somos justificados, somos atingidos pela graça divina (Rm 5:18), graça que sobrepuja a nossa velha natureza, de tal sorte que o apóstolo diz que “onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5:20). Também na vida do justificado, a graça reina pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor (Rm 5:21).

A graça, portanto, passa a ser o critério do nosso relacionamento com Deus. Somos, a todo momento, atingidos pelo favor imerecido do Senhor. É por este motivo que o tempo em que vivemos é denominado de “dispensação da graça” (cf. Ef 3:2), ou seja, o período em que o relacionamento de Deus para com os homens é regido pela “graça”, pelo favor divino em relação ao homem que não leva em consideração os méritos humanos.

A justificação é recebida pela fé quando o ser humano crê em Jesus, aceitando-o como seu único e suficiente Salvador, ou seja, no momento em que ocorre a conversão, quando se torna uma “nova criatura” (2Co 5:17). Desta feita, a pessoa torna-se partícipe da família de Deus, como bem diz o apóstolo Paulo: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Ef 2:19).

5. Graça santificadora. A santificação é parte integrante da vida cristã, e o cristão que não deseja a santificação está perdendo o temor a Deus. Como Deus deseja também nos auxiliar no processo de santificação, Ele nos dá o seu Santo Espírito para habitar em nós e nos orientar nesta separação do mundo, ou seja, separação do pecado (não dos pecadores). A graça de Deus só pode ser eficaz, na vida do convertido, se ele se dispuser a negar-se a si mesmo, para ter uma vida de santidade.

A santificação é um processo espiritual, que tem início na conversão, e deve prosseguir por toda a vida do crente, até a morte, ou o seu encontro com Cristo, em sua vinda. É o estado vivencial daquele que é santo, que vive em santidade. A falta de santificação anula os efeitos da regeneração e da justificação. Diz a Bíblia: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).

A vida cristã somente pode progredir e se desenvolver se houver separação do pecado, o que deve ser perseguido até o dia do arrebatamento da Igreja. A salvação é um contínuo processo que, iniciando-se na regeneração, fruto do arrependimento e da conversão, prossegue, após a justificação, mediante a santificação, até o seu instante final, que é a glorificação.

II. A CONDUTA DO SALVO EM JESUS

A carta de Paulo a Tito ressalta de maneira esplêndida a profunda conexão que existe entre teologia e vida, doutrina e dever. No capítulo 1, Paulo tratou do dever do cristão em relação à igreja. No capítulo 2, do dever do cristão em relação à família; e, no capítulo 3, ele trata do dever do cristão em relação ao mundo. Até o capítulo 2, Paulo havia se ocupado com a ordem interna das igrejas de Creta e com os deveres dos seus membros uns com os outros. Agora, no capítulo 3, faz um breve comentário sobre seu relacionamento com o poder civil e o ambiente pagão em geral. A vida cristã trata do nosso correto relacionamento com as autoridades, com o próximo e com Deus.

1. Sujeição às autoridades (Tt 3:1).Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades sejam obedientes estejam prontos para toda boa obra...”.

Paulo pede a Tito para lembrar aos cristãos das assembleias de Creta as responsabilidades em relação ao governo deles. O enfoque cristão ensina que todos os governos são ordenados por Deus (Rm 13:1). Um regime pode ser não-cristão ou até anticristão, mas qualquer governo é melhor do que nenhum governo. A ausência de governo leva à anarquia, e um povo não pode sobreviver por muito tempo sob a anarquia.

O cristão precisa se conscientizar de que ele tem dupla cidadania: é cidadão do Céu e também do mundo. Ele deve obediência a Deus e também às autoridades constituídas. Duas coisas são exigidas do cristão em relação às autoridades:

- Em primeiro lugar, submissão (Tt 3.1). Aqueles que governam são autoridades constituídas pelo próprio Deus e devem ser respeitados. O cristão deve ser um cidadão exemplar, estando pronto para toda boa obra. Ele não é um problema para a sociedade, mas um benfeitor. O cristão deve ser cooperativo nos assuntos que envolvem toda a comunidade, uma vez que a cidadania celestial (Fp 3:20) não o isenta de suas responsabilidades como cidadão da terra. O cristão deve cumprir as leis e instruções das autoridades civis e pagar seus impostos com fidelidade (Rm 13:6).

- Em segundo lugar, obediência (Tt 3:1). A obediência civil é responsabilidade do cristão. Ele não pode ser anarquista nem agitador social, uma vez que resistir à autoridade é insurgir-se contra o próprio Deus que permitiu que ele assumisse o cargo de autoridade. Entretanto, a obediência civil tem limites. O Estado não é dono da consciência dos homens. Se um governo determina que o cristão desobedeça a Deus, então ele deve se opor, sob o principio de Atos 5:20: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”. Sempre que o Estado se torna absolutista e opressor, invertendo e subvertendo a ordem, promovendo o mal e coibindo o bem, os cristãos têm o direito e até o dever de desobedecer. A autoridade é constituída por Deus para promover o bem e coibir o mal (Rm 13:4).

2. O relacionamento do cristão (Tt 3:2). “não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens”.

Paulo nos ensina que o cristão deve relacionar-se positivamente não apenas com as autoridades, mas também com seus pares, ou seja, com todos os membros da comunidade. Devemos ter relacionamentos corretos não apenas dentro da igreja, mas também com os não-crentes.

O apóstolo Paulo menciona quatro atitudes que um cristão deve cultivar no trato com seus concidadãos:

a) não difamar a ninguém, ou seja, não destruir a reputação das pessoas – “não difamem a ninguém...”. A difamação é um assassinato moral. É usar a espada da língua para ferir e destruir a reputação das pessoas. O cristão não deve caluniar ninguém. Aqueles que foram alvos da benignidade de Deus não podem ser instrumentos de maldade para ferir as pessoas. Uma das maneiras mais aviltantes de promover a si mesmo é falar mal dos outros.

b) não ser contencioso, ou seja, não destruir o relacionamento com as pessoas - "[...] nem sejam altercadores...". Altercar é criar confusão, provocar contendas, envolver-se em discussões que ferem as pessoas e destroem os relacionamentos. Devemos pavimentar o caminho do diálogo em vez de sermos geradores de conflitos. Aqueles que foram reconciliados com Deus devem buscar a reconciliação com as pessoas em vez de serem altercadores.

c) não cavar abismos, mas construir pontes de contato com as pessoas - "[...] mas cordatos...". O cristão precisa ser uma pessoa polida. Sua língua deve ser bênção e não maldição. Precisamos tratar uns aos outros com dignidade e respeito. Precisamos viver em paz uns com os outros.

d) ser cortês - "[...] dando provas de toda cortesia, para com todos os homens”'. Parece muito apropriado que a cortesia deva ser ensinada como uma das virtudes cristãs. Essencialmente, significa pensar de maneira amável acerca de outras pessoas, colocar os outros em primeiro lugar, dizer e fazer coisas graciosas. A cortesia serve aos outros antes de si mesmo, prontifica-se em ajudar e expressa pronta apreciação pela gentileza recebida. Jamais é mal-educada, vulgar ou rude.

“... mostrando toda mansidão para com todos os homens” (ARC). A mansidão não é um atributo natural. Não é virtude, é graça. Alguém disse que “mansidão é aquela atitude humilde que se expressa na submissão às ofensas, livre de malícia e de desejo de vingança”. Ser manso não é ser frouxo ou ficar impassível diante dos problemas. Ser manso não é ser tímido ou covarde. Não é manter a paz a qualquer custo. Uma pessoa mansa é aquela que entregou seus direitos a Deus.

3. A lavagem da renovação do Espírito Santo (Tt 3:3). “Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros”.

O pecado atingiu todas as nossas faculdades: razão, emoção e volição. Estávamos perdidos e condenados. Se Deus não tivesse colocado seu coração em nós estaríamos arruinados inexoravelmente.

Em Tito 3:3, Paulo faz um diagnóstico sombrio da nossa condição antes de sermos salvos:

a) Insensatez.Nós éramos insensatos”. Nossa mente estava corrompida pelo pecado. A estultícia e a insensatez eram as marcas registradas da nossa vida. Nossos conceitos estavam errados, nossos valores distorcidos e nossos desejos corrompidos.

b) Desobediência. “Nós éramos desobedientes”. Nosso coração, além de tolo e obtuso, era também rebelde e desobediente à autoridade divina e humana. Nossa inclinação era toda para o mal. Éramos transgressores da lei e rendidos a toda sorte de pecado. Estávamos depravados não só na mente, mas também na moral.

c) Extraviado. “Nós éramos extraviados”. Sem Deus, sem a salvação em Cristo, o homem é um extraviado, como ovelha errante (Mt 9:36); cada passo que dávamos era para nos afastar mais de Deus. Mas bem-aventurado é aquele que age como o "filho pródigo", o qual tomou a decisão sábia de retornar humilhado à casa do pai, onde foi recebido com amor e misericórdia (Lc 15:18-24).

d) Servindo avárias concupiscências e deleites”. Ou seja, nós éramos escravos de toda sorte de paixões e prazeres. Estávamos com a coleira do diabo no pescoço. Éramos vítimas de forças malignas que não podíamos controlar. Vivíamos presos com grossas cordas, sujeitos a toda sorte de desejos pervertidos e embriagados por todas as taças dos prazeres mais aviltantes. Sentíamos total anorexia pelos banquetes de Deus, mas profunda voracidade pelo cardápio do pecado.

e) Vivendo em Malícia e inveja.Nós vivíamos em malícia e inveja”. Nossa mente era cheia de maldade e sujeira. Vivíamos rendidos à inveja, cobiçando o que não nos pertencia. A malícia ou maldade é o que se faz quando se deseja o mal a alguém; a inveja é ressentir-se e desejar o bem que outros têm. Essas duas atitudes insensatas interrompem todo relacionamento humano.

f) Odiosos. “Nós éramos odiosos e vivíamos odiando-nos uns aos outros”. Nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros estava em crise. Éramos odiosos e, por isso, odiávamos. Fazíamos o que éramos. Quando o nosso relacionamento com Deus está rompido, não conseguimos conviver conosco nem com as outras pessoas. Longe de Deus somos uma verdadeira guerra civil ambulante.

III. AS BOAS OBRAS E O TRATO COM OS HEREGES.

1. A prática das boas obras (Tt 3:8). “Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens”.

Todos aqueles que creem em Deus procuram aplicar-se às boas obras. As boas obras não são a causa, mas a evidência da salvação. Não somos salvos pelas boas obras, mas para as boas obras. Não são as nossas boas obras que nos levam para o céu; nós é que as levamos para o céu (Ap 14:13).

2. Como tratar com os hereges (Tt 3:10,11).Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido e peca, estando já em si mesmo condenado”.

Um herege é simplesmente uma pessoa que decidiu que está certa e que todos os demais estão equivocados. Tito deveria evitar pessoas que gostavam de criar partidos dentro da igreja e semear a cizânia da heresia e da discórdia. Nada machuca mais a igreja do que aqueles que se apartam da verdade e vivem criando mal-estar, ferindo a comunhão, falando mal das pessoas e maculando sua honra.

O que perturbava as igrejas de Creta era a tendência de os falsos mestres formarem grupos dissidentes, dividindo assim o corpo de Cristo. O erro dessas pessoas estava ligado tanto à doutrina quanto à ética, tanto à teologia quanto à vida. Eram pessoas facciosas.  Deliberadamente persistiam em dividir a união da igreja. Paulo ensina que não devemos nos envolver com as discussões tolas dos falsos mestres. As pessoas que estão ocupadas fazendo a obra do Senhor não têm tempo para discussões inúteis. Infelizmente, muitos acabam discutindo e dando atenção demasiada aos ensinos que são contrários a Palavra de Deus. Muitos acabam tendo um fim trágico: a apostasia.

CONCLUSÃO

“A graça seja com vós todos. Amém!” (Tt 3:15). Paulo termina a Epístola pastoral de Tito rogando a graça de Deus sobre todos os crentes. A graça é a fonte da vida e melhor do que a vida. Por ela somos salvos, por ela vivemos e por ela entraremos nos páramos celestiais.

Deus abençoe a todos que nos acompanharam neste trimestre letivo. Se Deus permitir, estaremos juntos novamente no 4º Trimestre para mais uma empreitada. Estaremos estudando sobre o livro de gênesis, sob o tema: “O COMEÇO DE TODAS AS COISAS”. Orem efusivamente por nós, para que os muitos obstáculos, que surgem pertinazmente, sejam debelados pelo poder do Espírito Santo.

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Luciano de Paula Lourenço. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Revista Ensinador Cristão – nº 63. CPAD.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Tito e Filemom – doutrina e vida, um binômio inseparável. Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

1 Timóteo – o pastor, sua vida e sua obra. Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

2 Timóteo – O testamento de Paulo à Igreja. Rev. Hernandes Dias Lopes. Hagnos.

Comentário do Novo Testamento – 1 e 2 Timóteo e Tito. William Hendriksen.

As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elinaldo Renovato de Lima. CPAD.

As Doutrinas da Graça de Deus - Comentário Bíblico do Dr. Caramuru Afonso Francisco. Portal EBD.2006.