domingo, 28 de fevereiro de 2016

Aula 10 – O MILÊNIO – UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA


1º Trimestre/2016

Texto Base: Apocalipse 20:1-6

“[...]que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20:4).

 

INTRODUÇÃO

O Milênio refere-se ao período de mil anos em que Jesus Cristo reinará sobre toda a Terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Será o cumprimento das profecias preditas por intermédio dos profetas nas Escrituras do Antigo Testamento (Is 11:4-9; 60:1-22; 65:8-25; Zc 14:6-9; 16-21). Será o melhor período da história de toda a humanidade. Na Plenitude do Reino haverá uma renovação de toda a criação, que atualmente geme esperando por este ditoso Dia (Rm 8:19-21). Durante todo esse período, Satanás estará preso (Ap 20:2) e o mundo gozará de uma genuína Paz que nunca houve até então; haverá a perfeita justiça, “e o efeito da justiça será paz; e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre”(Is 32:17); “... a justiça e a paz se beijaram”(Sl 85:10). Nossa esperança é a efetivação do Reino de Jesus Cristo, que terá seu inicio na vinda de Cristo em glória, após a Grande Tribulação. O Senhor Jesus, na Oração Dominical, ensinou aos seus discípulos a orar assim: ”Venha o teu Reino”(Mt 6:10). A resposta desta oração será plenamente respondida quando o Senhor Jesus vier estabelecer o seu Reino Milenar, aqui na Terra, juntamente com os seus santos (a Igreja glorificada – Ap 5:10).

I. O REINO MILENIAL

Todos os textos que se referem ao reino de Cristo falam de que, já nos primeiros dias da Igreja, esse reino era esperado com ansiedade. Pois eles deveriam esperar a vinda e o reino de Cristo como um lavrador aguarda o precioso fruto da terra (Tg 5:7,8). Portanto, é bem patente nas Escrituras que o Milênio é prometido aos judeus e, depois, aos que viverem fisicamente naquela época, quando tudo será abundante(Zc 8:4-12; Ez 47:9-12; Jr 31,13; Is 65:21-23).

1. A restauração da Terra. O planeta Terra foi dado por Deus "aos filhos dos homens" (Sl 115:16). No princípio, "tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar" (Gn 2:15). Além de cuidar do planeta, o homem teria o domínio da Terra, com autoridade delegada pelo Criador sobre todos os reinos naturais (Gn 1:28). Era o plano original de Deus que o homem, feito à sua imagem e semelhança, o representasse, cuidando do planeta. Todavia, o homem fracassou em cuidar de si mesmo e da Terra. Com a entrada do pecado no mundo e a Queda do homem, toda a natureza foi perturbada e atingida pelos nefastos efeitos do rompimento da comunhão do homem com o Criador (Gn 3:17,18). Diz Paulo: "Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Rm 8:20-22). A Terra ou a criação aguarda a gloriosa redenção do homem e da própria natureza, quando Cristo assumir o Reino Milenial – “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8:23).

2. A Terra será governada por Jesus (Zc 14:9) - “E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o SENHOR, e um será o seu nome”.

A Terra será regida, não por monarquia, nem por democracia, nem por autocracia, mas sim por uma teocracia, isto é, o próprio Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo (Lc 1:32,33; Dn 7:13,14). Todas as formas de governo que já existiram e as que existem são falhas, umas mais, outras menos. Mostrando assim que elas não são perfeitas. Mas Cristo quando reinar será diferente, pois este será um período de completa glória divina no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9:6; Is 11:4; Dt 18:18,19; Is 33:21,22; At 3:22). O Espírito Santo de Deus revelou aos profetas Miquéias e Isaías os detalhes de como será este governo milenar de Jesus Cristo:

Miquéias 4:3

"E julgará entre muitos povos, e arbitrará entre nações poderosas e longínquas; e converterão as suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em podadeiras; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra."

Isaías 2:4

"E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear."

É muito importante ressaltar que esse será o único e verdadeiro governo de paz e justiça mundial, cujo Rei será Jesus Cristo. O que estamos vendo hoje são governantes mundiais prometendo falsas promessas de paz com o objetivo de se autopromoverem.

Os judeus serão a cabeça federativa desse governo. A sede do governo milenial será em Israel e Jerusalém será a capital do mundo. O domínio de Cristo será universal (Is 2:2-4; 4:2,3; Jl 3:17-20; Mq 4:2).

3. Jerusalém será a capital do mundo (Is 24:23) - “...quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte de Sião e em Jerusalém”. Estas palavras se coadunam com as do anjo que anunciou a Maria o nascimento de Jesus: “... O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó...”(Lc 1:32,33). Aqui, a casa de Jacó é a terra que Deus deu por herança eterna aos seus descendentes, o povo de Israel. E o trono de Davi é em Jerusalém, que foi a cidade onde Davi se fortaleceu e manteve o seu trono. Jesus Cristo é descendente de Jacó e de Davi(Mt 1:1,2). O anjo afirmou que o Filho de Deus reinará em Jerusalém, e seu reino não terá fim. De Jerusalém sairão diretrizes religiosas, leis civis e principalmente a Lei do Senhor. Para ela afluirão todas as nações: “E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do SENHOR no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações” (Is 2:2). “E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do SENHOR e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nós andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do SENHOR, de Jerusalém” (Mq 4:2).

II. O GOVERNO DE JESUS CRISTO

1. Jesus governará com os seus servos. Será uma Teocracia. Cristo reinará diretamente através de seus representantes. A profecia inicial disto está em Gn 49:10 - “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos”. Outras referências: Isaias 1:25,26; Daniel 7:27. Todos os reinos da Terra estarão sob o senhorio de Cristo. Cumprir-se-á em sua plenitude Filipenses 2:10,11: ”Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”. Será realmente uma Nova Era na Terra e verdadeiramente aqueles que amam a Jesus serão sacerdotes de Deus com Ele, confirmando ainda mais sua herança em Deus e co-herança em Cristo - " E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados" (Rm 8:17).

Os judeus serão a cabeça federativa do governo. Daniel obteve esta mesma revelação, por parte do Espírito Santo de Deus (Dn 7:22, 27): "Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do [Deus] Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão”.

2. A Igreja reinará com Cristo (1Co 6:2; Ap 5:10) – “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?...”;e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”.

Não sabemos os detalhes de que forma a Igreja participará do Reino de Cristo no Milênio, sabemos apenas aquilo que o Senhor nos revelou em sua Palavra, a saber: teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível; imortal (1Co 15:42-44; 53,54), e reinaremos com Cristo (Ap 5:10). Sabemos também que o Senhor Jesus, após a sua ressurreição, passou quarenta dias na Terra e apareceu aos seus discípulos e a vários irmãos (1Co 15:1-8); andou com seus discípulos (Lc 24:15); apareceu repentinamente dentre eles estando as portas fechadas (João 20:19,20); foi tocado (Mt 28:9; Lc 24:36-40) e; comeu com eles (Lc 24:41-43). Teremos igualmente um corpo glorioso (Rm 8:29,30; 1Co 15:49; 1João 3:2), sem limitações e superior a matéria (Lc 24:15,30,31,36-43; João 20:19,26,27; João 21:4-14; Fp 3:21).

Não podemos querer descobrir detalhes os quais Deus não nos revelou; para isso devemos saber apenas que existem realidades que a nossa mente jamais poderá imaginar por serem coisas sublimes e inexistentes nesta vida, as quais homem algum ou a nossa própria experiência pôde vivenciar ou ao menos ver(Dt 29:29).

3. A Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém é a cidade celestial que foi feita para ser o local onde Deus habitará juntamente com os homens que lhe foram fiéis e aceitaram a sua oferta de submissão e obediência à sua Palavra.  É o local que substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. Ela é explicitamente mencionada e revelada no capítulo 21 do livro do Apocalipse, mas, antes da visão do apóstolo João, já havia referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus já havia mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus servos nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14:1-3). O objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos habitar com Deus, e a Nova Jerusalém é este local. Ela é “... a cidade que tem fundamento, da qual a artífice e construtor é Deus”(Hb 11:10), na qual Abraão, pela fé, esperava morar (Hb 11:10). Ela é a cidade desejada por Paulo, quando disse: “Mas a nossa cidade está nos céus...”(Fp 3:20). Ela é “... o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus”(Ap 21:3).

A Nova Jerusalém foi vista por João descendo do Céu – “E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a Santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”(Ap 21:10). Isto, por certo, deverá acontecer no inicio do Milênio. Ao descer do Céu, ela não tocará a Terra, mas, como um Satélite, ficará entre o céu e a terra, sobre a Jerusalém terrestre, de onde poderá ser vista, quando, durante o Milênio, as nações e os reis da Terra subirem à Jerusalém para adorar a Deus, conforme declara Zacarias 14:16: “E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos...”.

Da Jerusalém terrestre, acreditamos que levantarão seus olhos e verão, de longe, a Formosa Jerusalém Celestial, pois, “... não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”(Ap 21:27).

III. ASPECTOS RELEVANTES DO MILÊNIO

O que vou citar aqui são apenas alguns exemplos do que ocorrerá no glorioso Reino milenial de Cristo.

1. Quem vai participar desse Reino. No Reino milenial de Cristo haverá dois grupos distintos de pessoas: a Igreja glorificada e os povos naturais.

a) Os crentes glorificados. São os constituídos dos santos do Antigo e do Novo Testamento, e dos santos advindos da Grande Tribulação. Estes estarão reinando com Cristo durante todo o Seu reinado aqui na terra. No estado glorificado os salvos não estarão limitados à Terra. Terão o constante privilégio de acesso ao trono do Pai, no Céu. Seus corpos ressurretos não estarão limitados pelas coisas físicas como os mortais. Serão como os anjos, que por terem corpos espirituais não são limitados pela matéria. Nossos corpos serão apropriados para estarmos na Terra e no Céu. Veja o exemplo de Jesus: quando apareceu aos discípulos; quando Ele foi reconhecido por Maria Madalena; estando entre os homens Seu corpo era tão semelhante ao de um homem comum que dois de seus discípulos, no caminho de Emaús, nada de mais notaram até o momento em que Ele desapareceu da presença deles.

b) Os povos naturais: judeus e gentios. Estes estarão em estado físico normal, vivendo na Terra. Os Judeus e gentios vivos que entrarem no Milênio, estarão no mesmo corpo que temos hoje, ou seja, não estarão em um corpo glorioso, logo, poderão multiplicar e encher a Terra novamente.

- Os judeus. Entre a família de nações milenares, a nação de Israel ocupará o lugar central (Dt 32:8-10). O anjo revelou a Maria, mãe de Jesus, que Ele estava destinado, como o Messias prometido, a reinar sobre o trono de Davi (Lc 1:32,33). É verdade que a Igreja recebeu as bênçãos espirituais dadas primeiramente aos judeus (Ef 1:18; 3:6; 1Pe 2:9,10), mas esse fato não muda o propósito de Deus para aquele povo (Is 61:1-62:4; 66:7-24; Jr 31:31-40; Rm 11:13-28). Assim, com respeito ao Milênio, as promessas divinas aos judeus são irrevogáveis, e eles as estão aguardando. Israel acolherá a Jesus como Senhor e Messias, Rei dos reis e Senhor dos senhores (Zc 12:10; 13:6; 14:8,9,16,20,21). Será a nação líder e Jerusalém será a capital do mundo, conforme texto sagrado a seguir.

·     “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2:3).

·     “Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te das tuas vestes formosas, ó Jerusalém, cidade santa; porque nunca mais entrará em ti nem incircunciso nem imundo. Sacode o pó, levanta-te e assenta-te, ó Jerusalém; solta-te das ataduras de teu pescoço, ó cativa filha de Sião” (Is 52:1,2).

·     “Assim virão muitos povos, e poderosas nações, buscar em Jerusalém o Senhor dos Exércitos, e suplicar a benção do Senhor” (Zc 8:22).

A sede do culto ao Senhor na Terra será Jerusalém. Os cultos não terão a finalidade de sacrifícios para bênçãos ou como tipos visando profecias futuras, e sim, como memoriais. É como se fosse a Santa Ceia para nós hoje.

É válido ressaltar que o Antigo Testamento traz mais detalhes sobre o Milênio do que o Novo Testamento, isto se deve ao fato do Milênio ser uma promessa referente a Israel e as bênçãos do Milênio se estenderão sobre as nações da Terra partindo do governo de Jesus em Israel.

- Os gentios. Na volta triunfal de Cristo, haverá um juízo das nações gentias, citados por Mateus como as nações “ovelhas” e as nações “bodes” (Mt 25:31-36). As nações “ovelhas” serão julgadas aptas para a bênção do reino com base no tratamento dos irmãos” (Israel) do Senhor. Alguns textos bíblicos deixam claro que haverá gentios no Milênio (Ap 20:7,8; Is 2:1-5; 11:5-10; 60:1-5; Zc 14:16-21). Na visão do profeta Daniel foi revelado que o Cristo teria domínio sobre um reino que abrangeria todas as nações (Dn 7:13,14).

Outrossim, os gentios que participarão do Milênio serão pessoas que terão se negado a adorar a Besta durante a Grande Tribulação, por força da pregação do evangelho nesse período tenebroso. Assim, por sua fidelidade, muitos gentios não morrerão com as pragas da consumação da ira divina nem na batalha do Armagedom (Ap 14:9,10). Por isso muitos gentios entrarão no Milênio.

2. Haverá um grande derramamento do Espírito Santo. Sendo o Milênio o Reino do Messias, e sendo o Espírito Santo aquele que glorifica a Cristo (João 16:14), é de se esperar um sublime e incomparável derramamento do Espírito Santo. O profeta Zacarias enfatizou muito bem o dia em que o Espírito Santo será derramado em toda a sua plenitude sobre o povo de Israel:

Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”(Zc 12:10).

Esse derramamento do Espírito será no momento mais cruciante da história de Israel, será quando os israelitas se virem cercados pelas nações da Terra (o exército do Anticristo e os advindos do Oriente) para destruí-los, e neste instante, sabendo que não escaparão da destruição fatal, clamarão ao Senhor por socorro. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com a sua Igreja glorificada, livrará Israel da certeira destruição. Israel pranteará, humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda(Ap 1:7, Is 66:15,16; Zc 12:9,10)..

O derreamento do Espírito Santo se estenderá por todo o Milênio (Ez 36:27; 39:29). Deus disse, por meio de Ezequiel:

- “E porei dentro de vós o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis” (Ez 36:27).

- “Nem esconderei mais a minha face deles, quando eu houver derramado o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor JEOVÁ” (Ez 39:29).

3. Haverá um conhecimento universal de Deus (Is 11:9; 54:13; Mt 24:14). Haverá abundância de salvação (Is 33:6). Os judeus serão os mensageiros do Rei (Mq 4:1-3). Eles realizarão um grande movimento missionário (Is 52:7). “... a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”(Is 11:9b). Com a difusão do conhecimento do Senhor, muitas pessoas se converterão. A evangelização será de fato uma das atividades primordiais dos seguidores de Cristo, como vaticinou o profeta Isaias: “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52:7). 

Haverá um avivamento mundial – “Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco (Zc 8:22,23).

4. Haverá paz e justiça na Terra. No governo humano, sob a orientação e influência de Satanás a Terra nunca conheceu a paz e nunca foi governada com justiça. No Milênio haverá paz e justiça, na Terra - “... a justiça e a paz se beijaram”(Sl 85:10).

- Haverá paz. Haverá paz porque um dos nomes de Jesus é “Príncipe da Paz”(Is 9:6). “... e ele anunciará a paz às nações...”(Zc 9:10). “... e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem o espante...”(Mq 4:3,4).

Não apenas entre as nações, não apenas entre os homens, em particular, mas haverá paz, também, entre os próprios animais - “E morará o lobo com o cordeiro, o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho do leão, e a nédia ovelha viverão juntas, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e os seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspede, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco. Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade...”(Is 11:6-9).

- Haverá justiça.E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins”(Is 11:5). O pecado gerou uma situação de injustiça, de desigualdade entre os homens. Como explica a Bíblia, todo pecado é iniquidade (1João 5:17) e, por causa do pecado, foi gerada uma situação de domínio egoístico entre os homens. Portanto, para que Jesus desfaça todas as obras do diabo, é necessário que se instale, ainda nesta Terra, um governo de justiça, de equidade, um governo onde não haja dominação egoística e exploradora de homens sobre homens. Por isso é necessário que haja o Milênio, para instaurar, nesta Terra onde vivemos, a justiça entre os homens.

5. A natureza será transformada. Um dos objetivos do Milênio é promover a redenção da natureza, que geme desde que o pecado entrou no mundo por força da desobediência do primeiro casal. E a situação vai piorar muito no decurso da Grande Tribulação. A situação ecológica do mundo estará, após a batalha do Armagedom, em situação de calamidade total. O governo desumano, belicista e ganancioso do Anticristo e as pragas divinas lançadas durante a Grande Tribulação causarão um enorme transtorno em toda a natureza, mas isto será a preparação para a redenção que se operará durante o reino milenial de Cristo. Assim como a mulher sofre dores antes de dar à luz um filho, assim, também, antes de promover a restauração da natureza, esta gemerá como nunca por causa do pecado e da rebeldia do ser humano.

Um dos grandes problemas na atualidade e que se intensificará como nunca na Grande Tribulação é o da água. Se hoje já começa a faltar água para a humanidade, a Bíblia diz que, na Grande Tribulação, a água dos mares e dos rios tornar-se-á imprestável para uso, notadamente após o derramamento das taças da consumação da ira de Deus. Mas, no Milênio, a Bíblia diz que haverá abundância de água (Is 30:25) e simplesmente desaparecerão os desertos (Is 35:1,2,7). Tudo isto contribuirá muitíssimo para a fertilidade do solo e o desaparecimento da fome.

Mas não será apenas a natureza sem vida que será restaurada. Também os seres vivos irracionais serão alcançados pela restauração da criação a ser promovida no Milênio. Além dos vegetais, que, com as mudanças climáticas, terão melhores condições de vida e não sofrerão mais o ataque depredador do homem, pois que a produção será voltada para a alimentação e a satisfação das necessidades, sem ganância, o que fará com que seja respeitado naturalmente o equilíbrio ecológico, os animais todos serão, como eram no princípio, herbívoros e será retirada a ferocidade atualmente existente, que nada mais é que a reação da natureza ao homem que a violenta diariamente e a violentou permitindo o ingresso do pecado no mundo. A Bíblia fala-nos que, durante o Milênio, o lobo e o cordeiro pastarão juntamente, o leão comerá palha como o boi (Is 65:25), assim como o leopardo se deitará com o cabrito e um menino pequeno guiará tanto o bezerro, quanto a ovelha e o filhote de leão (Is 11:6) e os animais jamais farão qualquer dano ao ser humano (Is 11:9; 65:25). Será, enfim, um ambiente de perfeita harmonia e paz entre o homem e a natureza.

6. Os judeus possuirão toda a Terra Prometida. Esse território vai do Mediterrâneo ao rio Eufrates (Gn 15:18;17:8; Ex 23:31). Atualmente a maior parte da terra de Israel é um deserto seco e estéril. A fim de restaurá-lo, Deus fará fluir de sob o templo milenar um volumoso rio (Ez 47:1-12) – o mar morto será local de muitos peixes (Ez 47:10) -, o qual, juntamente com as copiosas chuvas que cairão, fará esse deserto florescer (Is 35:1).

7. A saúde será perfeita, por isso a vida humana será prolongada como no princípio da história humana (ler Is 65:20,22 e Zc 8:4). Haverá abundância de saúde para todos (Is 33:24). Isto em muito contribuirá para prolongar a vida. Não haverá deformado, nem paralíticos, nem aleijados (Is 35:5,6). Haverá muito mais luz(Is 30:26), e isto resultará em benefícios em muitos sentidos: influenciará no clima e na vegetação. Haverá um elevado índice de natalidade (Zc 8:5;10:8). Com o prolongamento da vida e muita saúde, será elevado o índice de natalidade e a população da Terra durante o Milênio será restaurada da redução que sofreu durante a Grande Tribulação (Zc 10:8).

8. Os velhos terão prazer (Is 65:20-22) – “Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos será amaldiçoado. E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice”.

9. Não haverá déficit habitacional – todos terão moradia (Is 65:21,22): ”E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice”. Haverá, portanto, um vasto programa de reconstrução (Ez 36:33-36).

10. A morte será apenas em caráter punitivo pela desobediência e rebeldia. Durante o Milênio ainda haverá morte na Terra. Isto ocorrerá porque os seus habitantes não estarão em corpo glorioso; entretanto, a morte será exceção e não regra e terá um caráter punitivo pela desobediência e rebeldia - “E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne” (Is 66:24).

Diante de tudo isso que ocorrerá no Milênio eclode em nosso coração um desejo superlativo pela volta do Senhor. “Vem Senhor Jesus!”.

CONCLUSÃO

Como vimos, o Milênio será o período mais espetacular e glorioso da história humana. Será um tempo de paz, justiça, prosperidade e harmonia jamais vistos. Nele, o mundo experimentará um governo perfeito, conforme está escrito nas Escrituras Sagradas - “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5). Este “Renovo justo” será o próprio Jesus. Então, é certo que todos os problemas hoje existentes, e que nenhum governante pode e nem poderá resolver, o Rei Jesus terá para todos e para cada um a necessária solução - “Porque o Senhor consolará a Sião; consolará todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; gozo e alegria se achará nela, ação de graças, e voz de melodia” (Is 51:3). Acima de tudo, será um Reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 11:3-5). Vale a pena ser crente! Vale a pena ser um seguidor fiel de Cristo!

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Manual de Escatologia (uma análise detalhada dos eventos futuros). J. Dwight Pentecost. Vida.

Joel Leitão de Melo - Sombras, Tipos mistérios da Bíblia.

Vem o Fim, o Fim Vem. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD. 2004.

Revista Ensinador Cristão – nº 65. CPAD.

Elinaldo Renovato de Lima – O Final de Todas as Coisas. CPAD.

Caramuru Afonso Francisco. A Grande Tribulação. PortalEBD_2004.

Pr. Ciro Sanches Zibordi. Escatologia Doutrina das últimas Coisas. Teologia Sistemática. CPAD.

Dr. Caramuru Afonso Francisco. O Milênio: o Reino do Messias. PortalEBD_2003.

Tim Lahaye. Enciclopédia popular de Profecia Bíblica. CPAD.2015.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Aula 09 – A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA


1º Trimestre/2016

 
Texto Base: Mateus 24:29,30; Apocalipse 19:19,20; 20:1-3

“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 20:30).

INTRDOUÇÃO

A Vinda de Jesus em Glória se dará após a Grande Tribulação. Ele retornará a esta Terra para cumprir todas as profecias messiânicas, redimir Israel e a natureza, estabelecer a justiça e a paz, tão esperada nesta Terra. Jesus aparecerá de forma corpórea e visível, segundo as seguintes passagens bíblicas:

 Mateus 24:29,30:

“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.

Zacarias 13:5;14:4:

 “E, se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos”; E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul”.

Apocalipse 1:7:

“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”.

Marcos 14:61,62:

“... O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu".

A vinda de Jesus em glória é a verdade mais preciosa que contém a Bíblia Sagrada. Enche o coração do crente de gozo e eleva-o por cima das lutas, temores, necessidades, provas e ambições deste mundo, e o faz mais que vencedor em todas as coisas. Na sua gloriosa vinda, as nuvens serão a sua carruagem; os anjos, a sua escolta; o arcanjo, o seu arauto; e os santos, o seu glorioso cortejo. Na primeira vinda, a glória de Cristo não era perceptível: veio ao mundo de maneira muito singela e modesta, como um bebê, em meio a uma grande pobreza - Seu berço era um cocho de animais, uma manjedoura; sua mãe o envolveu em panos; Ele, sendo Deus, "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19:16), se fez pobre (Zc 9:9; 2Co 8:9). Mas na sua vinda em glória será diferente: sua glória será mui grandemente perceptível (Mc 14:62); Ele virá "com poder e grande glória" (Mt 24:30); Ele virá cercado de anjos (2Ts 1:7); e virá com seus santos para reinar sobre a Terra (Jd 14). Aleluia!

I. JESUS VOLTARÁ E TODOS O VERÃO

Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim! Amém!” (Ap 1:7).

O texto sagrado diz que a vinda de Jesus em glória será pessoal, pública, visível, poderosa, vitoriosa, irresistível. Conforme diz o texto sagrado, todas as nações do mundo se lamentarão porque as mesmas não creram em Jesus e agora o veem voltando para seu reinado. Israel também chorará de tristeza porque rejeitou, durante toda a história, Jesus como o verdadeiro Messias. Portanto, haverá um desespero total por parte de todos que rejeitaram Jesus e aceitaram a marca da Besta, porque veem sua volta e sabem que não haverá mais tempo de aceitá-lo. Os sete anos de Tribulação anteriores foram a última chance dada por Deus para se aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.

1. Jesus voltará com poder e glória (Mt 24:30) – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.

Aquele no qual cuspiram e a quem crucificaram será vindicado como o Senhor da vida e da glória. O Cordeiro sacrificial descerá como Leão vencedor. O desprezado carpinteiro de Nazaré virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Suas carruagens serão as nuvens dos céus. Ele virá em régio poder e resplendor. Jesus virá em majestade e glória para a última batalha contra a trindade satânica:

 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19:11-16).

- “Ele é fiel e verdadeiro”, em contraste com o Anticristo que é falso e enganador.

- “Seus olhos são como chama de fogo” (Ap 19:12). Nada ficará oculto de seu profundo julgamento. Aqueles que escaparam do julgamento dos homens não escaparão do juízo de Deus.

- “Na sua cabeça há muitos diademas” (Ap 1912b). Ele é o vencedor supremo. Ele tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando entrou em Jerusalém, Ele montou num jumentinho; Ele entrou como servo, mas agora Ele cavalga um cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua suprema vitória. Ele é a Palavra de Deus em ação (Ap 19:13).

- Ele é o grande Juiz de toda a Terra. Ele é o amado da Igreja e o vingador de seus inimigos (Ap 19:13,15). Deus criou o Universo através da Sua Palavra, agora Deus vai julgar o mundo através da Sua Palavra. Ele vem para julgar as nações (Mt 25:31-46), lançar o Anticristo e o Falso profeta no Inferno (Ap 19:20), e anular as ações de Satanás e de suas hostes infernais por mil anos (Ap 20:1,2).

- Seu manto está manchado de sangue (Ap 19:13). Não o sangue da cruz, mas o sangue dos Seus inimigos (Is 63:2,3).

- Ele virá como Rei dos reis e o Senhor dos senhores (Ap 19:16). Se em sua primeira vinda, Jesus veio para ser humilhado, levar todos os nossos pecados sobre si e morrer por nós, em sua segunda vinda, Jesus virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Deus o exaltou sobremaneira, deu-lhe o nome que está acima de todo nome. Diante dele todos os seus inimigos devem se dobrar: o Diabo, o Anticristo, o Falso profeta, os reis da terra, os ímpios.

Portanto, Jesus virá em poder e glória. Tanta será esta glória e tanto será este poder que Filipenses 2:9-11 afirma o seguinte: Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”.

O aparecimento glorioso de Jesus Cristo inaugurará o reinado de mil anos de paz e justiça verdadeira sobre a Terra.

2. O cortejo que acompanhará o Rei (Ap 19:14) – “E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro”. Após a Grande Tribulação, Jesus voltará em glória, ao som retumbante da trombeta de Deus. Ele voltará do mesmo jeito que subiu aos céus, conforme Atos 1:9-12: pessoalmente, fisicamente, visivelmente, audivelmente, poderosamente, triunfantemente. Jesus voltará em carne e osso, mas agora como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19:16). O Rei virá com o Seu séquito: os anjos e os redimidos – a Sua Igreja (Ap 19:14; 1Ts 3:13; 2Ts 1:7-10; Mt 25:31). Todos estarão trajando vestiduras brancas (Ap 19:14). Outrora, a nossa justiça era como trapos de imundícia, mas agora, vamos vestir vestiduras brancas. Somos justos e vencedores. Aleluia!

II. JESUS VOLTARÁ PARA DAR A DEVIDA RECOMPENSA AOS ÍMPIOS E PARA LIVRAR ISRAEL DO EXTERMÍNIO

Tendo sido desprezado, rejeitado e humilhado, mas vencido a morte e ressuscitado, seria normal que Jesus não tivesse que retornar a este mundo. Seria normal que o Senhor apenas determinasse a punição dos rebeldes e estabelecesse, com os seus servos, numa nova terra e céus - o Estado eterno -, sem ter que revigorar este mundo sofrido e manchado pelo pecado e que, afinal de contas, cederá seu lugar a um céu e terra onde habite a justiça. No entanto, Jesus voltará a Terra para cumprir os seguintes desígnios:

1. Restaurar todas as coisas que foram danificadas e prejudicadas pelo pecado. O pecado trouxe separação entre Deus e o homem e isto Jesus já resolveu ao morrer por nós no Calvário, mas há ainda outros compromissos assumidos pelo Senhor ao longo da história da humanidade, que precisam ser cumpridos e, como nos mostra a visão de João a respeito da volta triunfal de Cristo, Jesus vem como o Fiel e Verdadeiro, ou seja, como Alguém que cumpre tudo aquilo que prometeu, como Alguém que é fiel.

2. Restauração espiritual do Povo de Israel. Israel foi escolhido por Deus para ser a sua propriedade peculiar dentre os povos, para ser o modelo de santidade na Terra, para ser o instrumento da revelação de Deus a todas as nações. As nações não podem, portanto, desaparecer antes que Israel cumpra este papel que lhe foi prometido pelo próprio Deus. Ao selar o pacto com Israel, Deus disse aos israelitas que eles seriam “um reino sacerdotal e um povo santo” (Ex 19:6). Ora, isto ainda não ocorreu em toda a história de Israel desde este pacto até os dias de hoje. O objetivo de Deus é fazer com que Israel chegue a este patamar, o que somente será possível se for extinta a transgressão e se expie a iniquidade, sendo instalada a justiça eterna e selada a visão e a profecia (Dn 9:24). Torna-se, portanto, necessário o cumprimento de todas as profecias que se encontram nas Escrituras a respeito de Israel, bem como que o pecado seja retirado do meio da nação judia. Para tanto, será preciso que Jesus volte à Terra, seja reconhecido como Messias por Israel, pois somente quando cremos em Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador, alcançamos a salvação, pois “…em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12).

3. Destruir o sistema mundial gentílico (os ímpios). Conforme foi profetizado nas Sagradas Escrituras, o sistema mundial gentílico será destruído pelo próprio Deus, através de sua pedra (Dn 2:34,44), ou seja, Cristo Jesus - “…a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (At 4:11). O sistema mundial gentílico que fomenta a rebelião, o pecado e é um poderoso instrumento do adversário na tarefa de seduzir os homens ao mal tem de ser banido e destruído para sempre e isto somente se fará se o próprio Deus, na pessoa do Filho, retornar à Terra, fazendo o devido acerto de contas, requerido pela justiça divina.

4. Estabelecer o Reino de Deus sobre a face da Terra, como está profetizado (Dn 2:44). O Reino de Deus precisa ser instaurado na face da Terra, para todas as nações, pois foi anunciado por Jesus (Lc 16:16) e esperado pelos seus servos (Mc 15:43; At 28:31; Gl 5:21). Este reino é necessário para que haja o cumprimento de todas as profecias a seu respeito, pois podem passar os céus e a terra, mas a Palavra de Deus não pode passar. Por isso, João anunciou que Jesus regerá com vara de ferro as nações (Ap 19:15), pois tem de estabelecer o reino de Deus sobre a Terra, a fim de que a justiça e a paz possam ser uma realidade e não um sonho inalcançável, como é hoje em dia (Sl 85:10).

5. Restaurar a natureza, que geme desde que o homem pecou (Rm 8:20-22). Sendo o mordomo da criação de Deus na Terra (Gn 1:26), ao pecar o homem trouxe consequências nefastas para esta mesma criação, que foi amaldiçoada como efeito da desobediência humana (Gn 3:17,18). Esta natureza precisa ser restaurada, mesmo que vá ser substituída logo depois, porquanto Deus precisa demonstrar que tem poder para repor a natureza no seu estado anterior ao pecado do homem. Isto só será possível a partir do instante em que o pecado for extirpado e que o sedutor dos homens for aprisionado, criando-se, então, as mesmas condições que existiam no Éden antes da queda do homem.

6. Cumprir o que disse aos seus apóstolos, que eles julgariam as doze tribos de Israel (Mt 19:28). Ora, isto só será possível se for estabelecido o reino de Cristo sobre a face da Terra, pois, no Céu não há como haver governo por parte dos integrantes da Igreja, pois ali reina soberano o Senhor. Para que os salvos sejam utilizados como oficiais de um governo sobre as nações é necessário que esse governo seja aqui na Terra, pois as nações somente existem aqui na Terra. Diante disto, para que tudo a respeito dos salvos seja cumprido é mister que eles retornem a esta Terra, agora como Igreja gloriosa e vitoriosa, com corpos gloriosos e incorruptíveis, igual ao do Senhor Jesus (cf. Fp 3:21).

7. Derrotar o Anticristo na Batalha do Armagedom (Ap 19:19-21). Estando todas as nações preparadas para a “solução final”, quando parecer que Israel não tem mais nenhuma saída, nenhuma possibilidade de escapar à total destruição (e, humanamente falando, não haverá mesmo como se impedir a vitória do Anticristo), Deus começará a agir, invertendo as coisas e fazendo com que, mais uma vez, Israel seja salvo e poupado da destruição; aliás, salvo em todos os sentidos, pois, além da salvação da destruição física, Israel alcançará, nesta oportunidade, a sua salvação espiritual.

·     O Armagedom será a peleja do Grande Dia do Deus Todo-Poderoso (Ap 16:14). Na manifestação da Sua vinda (2Ts 2:8), Jesus Cristo destruirá o Anticristo com o sopro da Sua boca. Todas as nações da Terra o verão e lamentarão sobre Ele (Ap 1:7). Quando os inimigos do Cordeiro se reunirem, então, sua derrota será total e final (Ap 19:19-21). Essa batalha Jesus a vencerá não com armas, mas com a Palavra, a espada afiada que sairá da Sua boca (Ap 19:15). Ninguém poderá escapar. O Anticristo e o Falso profeta serão lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre (Ap 19:20). Nunca mais sairão desse lago, que é o Inferno em seu stricto sensu. Serão atormentados pelos séculos dos séculos (Ap 20:10). Também todos os poderes seculares e todas as falsas religiões serão lançadas no lago de fogo e enxofre e destruídos para sempre (Sl 9:17).

8. Julgar as nações (Mt 25:31-46). Esse julgamento acontecerá na Terra sobre aqueles que sobreviveram ao Armagedom. Portanto, diz respeito aos vivos e não aos mortos. Serão julgados com base no tratamento dado a mensagem do reino, aos seus mensageiros e ao modo como trataram a Israel (Zc 12:3; Mt 25:40,45).

Esse julgamento terá como finalidade apartar os bodes das ovelhas, ou seja, decidir quem passará com Cristo o reino milenial e quem não passará. É como uma espécie de “tribunal intermediário”, pois, sem dúvida, muitos destes passarão ainda pelo julgamento do Grande Trono Branco, que se dará, conforme se vê em Apocalipse 20:8-15, com os que aderirão à revolta de Satanás após o Milênio.

Esse julgamento não deve ser confundido com o Juízo Final, o qual será destinado somente aos ímpios após o Milênio (Ap 20:11-15). O julgamento das nações trata-se apenas de pessoas vivas, que de alguma forma passaram pela Tribulação e não morreram. Nessa época a população da Terra estará muitíssima reduzida, por causa dos juízos de Deus sobre o mundo. Quando Jesus voltar em glória, além do remanescente de Israel, existirão dentre as nações pessoas vivas ímpias e também pessoas vivas que não aceitaram a marca da Besta e creram na mensagem do Evangelho do Reino. Na volta do Senhor existirão também nações inteiras que perseguiram a nação de Israel e serão punidas dentro do contexto mundial.

Nesse julgamento, serão ressuscitados apenas aqueles que desfrutarão o Milênio com Cristo, os bem-aventurados que completam o número daqueles que tomam parte da primeira ressurreição (Ap 20:6). Os demais indivíduos, com exceção do Anticristo e do Falso profeta, que já terão sido lançados vivos no lago de fogo e de enxofre, que será inaugurado naquela oportunidade (Ap 19:20), aguardarão o julgamento que ocorrerá somente no Juízo Final.

III. PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO

O Milênio será, de acordo com as Escrituras, um tempo de restauração para todas as coisas. Nas palavras de Severino Pedro da Silva, será verdadeiramente a “Idade Áurea da Terra”. Neste período, a injustiça dará lugar à justiça que esteve de luto durante o tempo sombrio da Grande Tribulação; a violência dará lugar à quietude; o ódio e a inimizade darão lugar ao amor e à doce amizade; e o mundo ficará em descanso, sob o domínio daquele cujo poder se estenderá de mar a mar e cujo reino trará alegria e tranquilidade aos corações de todas as pessoas, que haverá de aclamá-lo como Senhor e Rei. Durante esse período maravilhoso, o próprio Jesus dirá às nações: “não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a Terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Is 11:9).

Para que o Reino de Cristo comece com estas condições, será necessária antes a reorganização da ordem perdida no caos da Grande Tribulação.

1. Julgamento das nações. No julgamento das nações, serão definidos alguns pontos:

a) Jesus separará quem entrará no Reino e quem não entrará. Os bodes serão separados das ovelhas (Mt 24:29-31; 25:31-46). Quem são "os bodes" e quem são "as ovelhas"?

- As “ovelhas, que ficarão à sua direita”. Jesus disse que as “ovelhas” são "os justos", que fizeram o bem, não diretamente a Ele, mas a seus servos na Terra, especialmente aos filhos de Israel. Mateus 25:34-40 assim registra as palavras de Jesus:

- "Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me" (Mt 25:34-36).

- "Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei Jesus, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" (Mt 25:37-40).

Os intérpretes em geral entendem que esses "pequeninos irmãos" de Jesus são os judeus. As ovelhas, ou "os justos", são as nações amigas de Israel que, ao longo da História, têm estado ao seu lado até o final dos tempos. Essas nações são abençoadas por Deus (Gn 12:3). Concordo com o que disse o pr. Elinaldo Renovato: “o Brasil não parece estar se inclinando para ser "ovelha", pois seus governos recentes e sua diplomacia tendenciosa preferem apoiar países hostis a Israel, como o Irã, e até extremistas islâmicos que desejam "varrer Israel do mapa". Na Grande Tribulação, certamente a situação do nosso país não será nada desejável”.

- "Os bodes", que ficarão "à sua esquerda". Jesus esclarece: "Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não me visitastes" (Mt 25:41-43). Analogamente, como no caso anterior, das "ovelhas", o texto dá a entender que essa condenação aos "bodes", que estarão "à esquerda", referem-se às nações inimigas de Israel ou aquelas nações que foram simpatizantes com aquelas que desejam destruir a nação de Israel.

b) Jesus redesenhará o mapa mundial: Israel será “o cabeça” das nações; Jesus reinará sobre a Terra e a sede do governo mundial será Jerusalém. Algumas nações se tornarão insignificantes no contexto mundial devido ao tratamento dado aos judeus.

c) Não poderá haver influência satânica no reino do Senhor; por isso, Satanás será preso por mil anos (Ap 20:1,2).

d) As condições no Milênio serão as mais favoráveis possíveis para o ser humano, por isso: os maus não entrarão no Reino; Satanás estará preso; o próprio Senhor Jesus estará reinando visivelmente e presente corporalmente na Terra; os homens terão a sua saúde restaurada e o equilíbrio da natureza voltará; a impiedade, a incredulidade, a rebelião não serão toleradas como no tempo da Graça (cf. Is 60:12); prevalecerá a paz e a justiça entre as nações (cf. Mq 4:3 e Zc 9:10); não haverá mais guerras, haverá um desarmamento total (Is 2:4); a justiça será para todos, ninguém se queixará de opressão ou injustiça (Is 11:4).

2. Satanás será preso por mil anos (Ap 20:1,2). Apocalipse 19:20 descreve o Anticristo e o Falso profeta sendo lançados no lago de fogo e enxofre.  No verso 21 do mesmo capítulo é descrito o destino de todos aqueles que seguiram os dois personagens anteriores: o Hades, onde aguardarão o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20:5; 11-15). Mas, ainda falta o destino do principal elemento da trindade satânica: o dragão, a antiga serpente, o diabo, o Satanás.  João assim descreve o seu destino: “E vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos” (Ap 20:1,2).

Portanto, antes de se iniciar o Milênio, Satanás será preso por mil anos. Com esse fim, um anjo descerá do Céu trazendo na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Vale ressaltar que Satanás não será amarrado como castigo – isso acontecerá em Ap 20:10 –, mas para que não engane mais as nações. Satanás será aprisionado e não poderá sair até que Deus decida deixa-lo sair (Ap 20:3).

Com a derrota fragorosa da trindade satânica, Jesus terá preparado as condições e o ambiente espiritual e moral para o estabelecimento do Seu Reino milenial.

3. Quem estará no Milênio com Cristo? Haverá dois grupos de povos distintos no Milênio:

a) os crentes glorificados. Estes consistirão dos salvos do Antigo Testamento, do do Novo Testamento (a Igreja) e dos oriundos da Tribulação.

No estado glorificado os salvos não estarão limitados à Terra. Terão o constante privilégio de acesso ao trono do Pai, no Céu. Seus corpos ressurretos não estarão limitados pelas coisas físicas como os mortais. Serão como os anjos, que por terem corpos espirituais não são limitados pela matéria. Nossos corpos serão apropriados para estarmos na Terra e no Céu. Veja o exemplo de Jesus: quando apareceu aos discípulos; quando ele foi reconhecido por Maria Madalena; estando entre os homens seu corpo era tão semelhante ao de um homem comum que dois de seus discípulos, no caminho de Emaús, nada de mais notaram até o momento em que Ele desapareceu da presença deles.

b) os povos naturais. Estes estarão em estado físico normal, vivendo na Terra; são eles: os judeus salvos saídos da Grande Tribulação; os gentios poupados no Julgamento das Nações; e o povo nascido durante o próprio Milênio. Veja esta nota de João de Oliveira sobre este fato escatológico:

“Encontramos na Bíblia muitas promessas referentes ao crente judeu, mas como são dirigidas a judeu-cristãos, julgamos que essas promessas são para todos os crentes. Por outro lado, encontramos referências diretas aos judeus e não aos gentios. Paulo sempre teve o cuidado de dizer ‘nós’ quando se referia aos judeus (Ef 1:12,13) – ‘Nós que antes havíamos esperado em Cristo...’. No verso 13 ele faz referência aos gentios, dizendo: ‘No qual vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o Evangelho da salvação...’. Note que Paulo faz distinção entre judeu(nós) e gentio(vós). Nesta altura, dirá alguém: mas, nas suas Epístolas, Paulo escrevendo aos coríntios(gentios) deixa transparecer que as promessas com respeito ao Milênio ou reino do céu são acessíveis a todos. De fato, a Igreja participará do reino celeste, mas num estado de glória. O reino Messiânico, no entanto, é inteiramente para os judeus, ainda que todas as demais nações gozem dos benefícios do reino milenial. Com respeito a Milênio, as promessas de Deus aos judeus são irrevogáveis, e eles as estão esperando. Os gentios, os que não tiverem a marca da besta, certamente terão privilégio e gozarão da bênção do reino do Messias (Ap 20:4). Quanto a prioridade, ela é dos judeus” (João de Oliveira – O Milênio).

4. Indagações inevitáveis. Por que haverá ainda um período de mil anos na Terra? Por que Deus não passa diretamente do Armagedom para a eternidade? Por que esse intervalo e então outra batalha final – Gogue e Magogue? (Ap 20:8). Não sabemos, mas parece que todas as nações que sobreviveram a Grande Tribulação e ao Julgamento de Cristo – o julgamento das nações – receberão a oportunidade de sentir como é o governo de Cristo. No entanto, como é mostrado em Apocalipse 20:7-10, essas nações, embora vivendo o reinado de Cristo, irão continuar a se rebelar contra Deus, mesmo sem a influência enganadora de Satanás. E, no momento em que este for libertado da prisão, essas nações ímpias irão segui-lo e fazer guerra contra Cristo. Isso provará a completa depravação dessas nações, a sua verdadeira lealdade ao maligno e a necessidade do castigo final no Lago de Enxofre (Sl 9:17; Ap 20:15). Satanás, também, será definitivamente jogado no Lago de fogo e enxofre, que é o inferno propriamente dito (Ap 20:10).

Estudaremos mais sobre o Milênio na Aula nº 10.

CONCLUSÃO

É bastante plausível que o profeta Zacarias conclua esta Aula (Zc 14:3-9):

3. E o SENHOR sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha.

4. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul.

5. E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor.

6. E acontecerá, naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão.

7. Mas será um dia conhecido do SENHOR; nem dia nem noite será; e acontecerá que, no tempo da tarde, haverá luz.

8. Naquele dia, também acontecerá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas até ao mar ocidental; no estio e no inverno, sucederá isso.

9. E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia, um será o SENHOR, e um será o seu nome.

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Luciano de Paula Lourenço

Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com

Referências Bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.

Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.

Guia do Leitor da Bíblia – Lawrence O. Richards

Manual de Escatologia (uma análise detalhada dos eventos futuros). J. Dwight Pentecost. Vida.

Joel Leitão de Melo - Sombras, Tipos mistérios da Bíblia.

Vem o Fim, o Fim Vem. Pr. Claudionor, de Andrade. CPAD. 2004.

Revista Ensinador Cristão – nº 65. CPAD.

Elinaldo Renovato de Lima. O Final de Todas as Coisas. CPAD.

Caramuru Afonso Francisco. A Grande Tribulação. PortalEBD_2004.

Dr. Caramuru Afonso Francisco. A volta Triunfal de Cristo. PortalEBD_2004.

Pr. Ciro Sanches Zibordi. Escatologia Doutrina das últimas Coisas. Teologia Sistemática. CPAD.