domingo, 28 de maio de 2017

Aula 10 – MARIA, IRMÃ DE LÁZARO, UMA DEVOÇÃO AMOROSA


2º Trimestre/2017
Texto Base: João 12: 1-11
 
“Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento” (João 12:3).

INTRODUÇÃO
Nesta Aula, trataremos do caráter de Maria, irmã de Lázaro, de Betânia. Ela foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Jesus, costumeiramente, hospedava-se em sua casa, quando ia a Jerusalém; nessas ocasiões, Maria sempre queria estar junto aos pés de Jesus para ouvir os seus ensinos (cf. Lc.10:39). Ela o amava, não apenas de palavras, mas com atitudes. Certa feita, ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus do que os bens materiais. Nós temos alegria e prazer em estarmos em sua presença para adorá-lo pelo que Ele é? Que o nosso amor pelo Senhor seja maior do que por nossos bens materiais e profissionais.
I. O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA
1. Maria prefere ficar aos pés de Jesus. Maria aparece três vezes nos evangelhos e em todas as ocasiões estava aos pés de Jesus:
a) para aprender (Lc.10:38, 39) – “E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. E tinha esta uma irmã, chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra”.
b) para chorar (João 11:32,33) – “Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.  Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se”.
c) para agradecer (João 12:1-3) – “Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então, Maria, tomando uma libra [libra romana= 327g] de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento”.
Deus se alegra quando nós demonstramos gratidão a Ele.  A gratidão move o seu coração para nos abençoar e nos encher da sua maravilhosa graça. Muitos são ingratos a Deus pelos benefícios que Ele lhes deu. A ingratidão é a filha da soberba. Alguém disse que a ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade, do orgulho ou do interesse. Por exemplo, os 10 leprosos foram curados, mas só um veio agradecer e era samaritano. Alexandre Herculano disse: a ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados.
2. Maria deu prioridade a Jesus. Sempre que Maria tinha oportunidade de se encontrar com o Senhor Jesus, ela dava toda prioridade a Ele. O Evangelho, segundo escreveu Lucas, no capítulo 10:38-42, registra que Jesus, como de costume, hospedou-se na casa de Maria. Ao hospedá-lo, deu toda prioridade a Ele. Num momento apropriado, Jesus aproveitou para ministrar sua Palavra naquele lar, e Maria, simplesmente, sentou-se aos seus pés e ouviu atentamente seus ensinos. Sua irmã Marta, que cuidava dos haveres domésticos, para receber o hóspede Jesus, se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava nos preparativos da ceia. Marta queria que o Senhor censurasse sua irmã por sua falha em ajudá-la, mas Jesus gentilmente reprovou a Marta por sua ansiedade. Naquela ocasião, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia, de dar prioridade a Ele, era a ação mais adequada; Maria escolhera a boa parte, a qual não lhe seria tirada (Lc.10:41,42). A "boa parte" que Maria escolheu foi ouvir e aprender de Jesus, ficar a seus pés, em atitude de reverência e adoração. Para Maria o Senhor Jesus não era apenas um hóspede, era o Mestre, o Senhor, o Hóspede. Aproveitar aquele momento era especial para Maria.
O Senhor Jesus estima nossa afeição acima do serviço. O serviço pode ser manchado com orgulho e presunção. Ocupar-se com o Senhor é a coisa necessária, aquela “boa parte” que não será tirada. O Senhor quer converter-nos de Martas em Marias.
“Mesmo que Jesus aprecie tudo o que empreendemos para Ele, Ele sabe que nossa primeira necessidade é assentar aos seus pés e aprender sua vontade; assim, nas nossas incumbências seremos calmos, sossegados e amáveis e, enfim, nosso serviço poderá atingir a perfeição daquele de Maria, quando mais tarde ela derramou nos pés de Jesus o unguento, cujo perfume ainda enche o mundo” (Charles R. Erdman).
3. Mais "Martas" do que "Marias". As "Martas" são o tipo de crente que, além de se deixarem assoberbar de tarefas, ainda criticam aqueles que buscam mais as coisas de Deus, as "coisas que são de cima" - as "Marias" (Cl.3:1). No mundo atual, há muito mais "Martas" do que "Marias"; as mulheres cristãs têm muito mais coisas para se distraírem, afadigarem-se e ficarem ansiosas do que tinham na época de Maria de Betânia. Naquela época, muitas mulheres estiveram sempre ao lado do Senhor Jesus para servi-lo; desde o seu nascimento, elas o acompanhavam: elas o serviam (cf. João 12:3); elas contribuíam com suas ofertas (cf. Lc.8:2-3); elas estiveram presentes na sua morte e também na sua ressurreição (Mt.27:55,56); foi a uma mulher que Jesus apareceu pela primeira vez após a ressurreição (cf. João 20:15-18). É difícil destacar uma só mulher que não serviu ao Senhor de forma desinteressada. A abnegação era uma característica marcante nas mulheres que serviam ao Senhor Jesus. Infelizmente, hoje, devido ao sistema materialista e consumista, bem como uma maior expressão do movimento feminista, incentivando às mulheres a uma presença forte no mercado de trabalho, ocupando postos que dantes eram exclusivos dos homens, temos tido uma pálida dedicação das mulheres, de forma desinteressada, no serviço do Senhor Jesus.
Concordo com o Pr. Elinaldo Renovato, quando afirma que “a vida moderna exige que a mulher deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições na vida dos estudos e na profissão. Não há nada de errado nessa realidade, mas o tempo para Deus, o tempo para estar aos pés de Jesus, ouvindo atenciosamente a sua Palavra é muito mais escasso do que na época de Marta e Maria. Além dos excessos de atividades em casa, na escola e na igreja, homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes sociais, por causa do uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de não haver mais tempo para a maior parte das famílias estar nos cultos de oração, nos cultos de doutrina e na Escola Bíblica Dominical.
“Se, por parte da família, não houver uma decisão sábia e firme de dar prioridade às coisas de Deus, em poucos anos, ocorrerá o que aconteceu na Europa. O Diabo incutirá de vez o materialismo nas escolas, e os filhos serão dominados pelo ateísmo. As famílias, especialmente os filhos, perderão o interesse de estar aos pés do Senhor, e a tragédia espiritual será inevitável. É tempo de seguir o conselho registrado em Eclesiastes: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec.3:1). Notemos que há tempo "para todo o propósito" debaixo do céu; não diz que há "tempo para tudo". Se quisermos agir como Maria, escolhendo "a boa parte" - a de estar aos pés do Senhor - precisaremos ter no coração o propósito de dar prioridade à vida devocional, de ler a Bíblia, de orar, de ir à igreja, de envolvermo-nos no serviço da Obra do Senhor. O culto doméstico é a forma mais eficaz de reunir a família para adoração a Deus no lar. Bastam 20 a 30 minutos, no máximo, para a família louvar a Deus, ler a Bíblia, pedir orações e orar juntos. Essa simples reunião informal tem sido usada por Deus para fortalecer a família cristã, livrando-a da desgraça espiritual e moral que tem destruído grande parte dos lares cristãos”.
II. MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
Foi numa época da festa de Páscoa, a última que Jesus participara. Só restavam seis dias, quando Jesus sai de Efraim e vai para Betânia. Enquanto em Jerusalém a morte de Jesus está sendo tramada nos bastidores do poder eclesiástico, em Betânia um jantar está sendo preparado para honrá-lo no aconchego de um lar. O Sinédrio já havia decretado que, se alguém soubesse do paradeiro de Jesus, deveria denunciá-lo (João 11:57), mas, em vez de tratá-lo como um criminoso, os amigos de Jesus em Betânia lhe preparam uma ceia. Jesus foi recebido para um jantar, mesmo sabendo da trama do Sinédrio para prendê-lo e matá-lo. Nesse jantar, tanto Marta quanto Maria demonstram sua devoção a Cristo. Marta expressa sua consideração e afeição a Jesus mediante os pratos que preparou e colocou à mesa, enquanto Maria derrama um precioso perfume sobre a cabeça e os pés do seu Senhor. O seu gesto de amor e adoração foi público, espontâneo, sacrificial, generoso, pessoal e desembaraçado.
Observe que nesse jantar João apresenta um contraste, não mais entre Maria e Marta, embora as peculiaridades das duas irmãs ainda estejam em evidência, mas entre Maria e Judas Iscariotes. A avareza disfarçada de amor aos pobres deste e a oferta sacrificial daquela estão em flagrante oposição. Aos motivos de Maria contrapõem-se a falácia e a avareza de Judas, ladrão e traidor. Vejamos alguns aspectos do belo gesto de Maria:
1. Um gesto de profunda gratidão. Maria, num gesto generoso de gratidão e amor, quebrou um vaso de alabastro e derramou o preciosíssimo perfume sobre a cabeça de Jesus. O perfume havia sido extraído do puro nardo, isto é, das folhas secas de uma planta natural do Himalaia, entre o Tibete e a Índia, segundo afirmam alguns estudiosos. Pelo fato de a planta provir de uma região tão remota e ser transportada no lombo de camelos através de regiões montanhosas, era altamente prestigiada.
2. Maria ofereceu o seu melhor a Jesus, sem se importar com as regras culturais. Que regras eram estas? Primeiro, a sociedade esperava que, como mulher, ela estivesse servindo, como estrava Marta; segundo, tocar os pés de outra pessoa era considerado algo degradante; terceiro, Maria não apenas tocou os pés de Jesus, mas também os enxugou com os seus cabelos, sendo estes a coroa e a glória da mulher naquela época. O gesto de soltar os cabelos em público era indigno para uma mulher naquele tempo; quarto, o caro perfume que ela derramou sobre os pés de Jesus era um tesouro que as mulheres guardavam para as suas próprias bodas. Mesmo quebrando paradigmas, o gesto de Maria, embora censurado pelos homens, foi enaltecido por Jesus. Isto é o que importa.
3. Foi um gesto sacrificial (João 12:3) - “E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça”. Segundo estudiosos, a libra de bálsamo equivalia a uns 327 gramas de perfume. Cada grama desse perfume excelente valia um denário. O total desse caro unguento equivalia ao salário de um trabalhador comum durante um ano inteiro. Maria não deu apenas o seu melhor, mas deu, também, sacrificialmente. Aquele perfume foi avaliado por Judas em 300 denários (João 12:4,5). Representava o salário de um ano de trabalho. Judas Isacriotes ficou indignado com Maria e considera seu gesto um desperdício. Murmura contra ela, dizendo que aquele alto valor deveria ser dado aos pobres. Interessante, Judas criticou Maria por desperdiçar dinheiro, enquanto ele desperdiçou a própria vida. O ato de Maria foi maravilhoso, generoso e atemporal. Alguém disse que “o amor não é calculista; o amor esbanja. O amor, depois de dar tudo, só lamenta não ter mais para dar”.
4. Maria buscou agradar somente ao Senhor – “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto” (João 12:7). Maria demonstrou seu amor a Jesus de forma sincera e não ficou preocupada com a opinião das pessoas à sua volta. Não buscou aprovação ou aplauso das pessoas à sua volta nem recuou diante das suas críticas. A devoção de Maria contrasta vivamente com a malignidade dos principais sacerdotes e a vil traição de Judas.
5. Maria demonstrou amor em tempo oportuno (João 12:7) – “...para o dia da minha sepultura guardou isto”. Maria demonstrou o seu amor generoso a Jesus antes de sua morte e antecipou-se a ungi-lo para a sepultura (Mc.14:8). Outras mulheres, também, foram ungir o corpo de Jesus, mas, quando chegaram, Ele já não estava lá, pois havia ressuscitado (cf. Mc.16:1-6). Muitas vezes, demonstramos o nosso amor tardiamente. A mais eloquente declaração do amor de Davi por seu filho Absalão ocorreu depois da morte do filho. Absalão sempre quis ouvir isso de seu pai, mas, quando Davi declarou seu amor a ele, Absalão já não podia mais ouvir. Muitas vezes, enviamos flores depois que alguém morre, quando a pessoa já não pode mais sentir seu aroma.
6. Maria foi elogiada pelo Senhor (João 12:7,8). Judas reprovou a generosidade de Maria, mas Jesus reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido - “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto. Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes”. Jesus chamou o ato de Maria de boa ação (cf. Mc.14:6) e disse que seu gesto deveria ser contado no mundo inteiro, para que sua memória não fosse apagada (cf. Mc.14:9).
Jesus disse que os pobres precisam ser assistidos, mas eles estão sempre entre os homens; Ele, porém, morreria nessa mesma semana, e apenas Maria discerniu esse fato para honrá-lo antecipadamente. Jesus não estava dizendo que devemos negligenciar os pobres, nem estava justificando indiferença para com eles. Jesus estava ratificando o ato de adoração desinteressada de Maria.
A essência da adoração a Cristo é considerá-lo com o maior amor, respeito e devoção, bem como estar disposto a sacrificar por ele aquilo que tivermos de mais precioso. As palavras de Jesus deviam ter ensinado a judas e aos discípulos que a devoção vale mais do que os bens materiais. Infelizmente, Judas não deu atenção; logo ele venderia a vida de seu Mestre por 30 moedas de prata.
III. O CARÁTER HUMILDE DE MARIA
Maria, irmã de Lázaro, foi uma das mulheres mais especiais do Novo Testamento. Uma das virtudes que mais qualificava essa extraordinária mulher era o seu caráter humilde. Essa qualidade é própria daqueles que sempre estão aos pés do Senhor e se propõem a ouvir os seus ensinos e servi-lo com amor. Quanto mais a pessoa aprende do Senhor Jesus, mais ela deixa transparecer essa qualidade, que é própria daqueles que são filhos de Deus. Todavia, servir a Deus com franqueza e de forma abnegada não é fácil; há sempre verdugos à espreita para estender os seus tentáculos no afã de anemiar o ânimo do servo ou da serva de Deus e demovê-lo de seu propósito. Foi o que tentaram fazer com Maria, irmã de Lázaro. No momento em que ela servia ao Senhor com liberalidade, com aquilo que ela tinha de maior valor, os críticos logo apareceram. Eles foram ásperos em suas críticas, com real intenção de ofender o caráter de Maria. Mas, ela demonstrou um caráter humilde e fiel a Deus; não arrefeceu do seu intento; ela procurou agradar ao Seu Senhor, apesar dos críticos, sem nenhuma reação.
Concordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes, quando diz que os críticos são como erva daninha, florescem em qualquer lugar; são os inimigos de plantão, que sempre estão à nossa espreita; estão espalhados por toda parte, esperando o momento para nos machucar sem piedade. Eles estão dentro de casa, nas ruas, no trabalho, na escola e até na igreja. O objetivo deles é sempre querer nos nivelar à sua mediocridade. Os críticos são movidos pelo combustível da inveja. O invejoso é aquele que se sente infeliz por não ser como você, por não ter o que você tem e por não poder fazer o que você faz. Caim matou Abel por inveja, em vez de seguir seu exemplo; os irmãos de José tentaram se livrar dele por inveja, em vez de seguir os seus passos; os fariseus, por inveja de Jesus, preferiram persegui-lo a seguir os seus ensinos; os algozes de Estêvão, o primeiro mártir da Igreja, o apedrejaram porque não podiam ser o que ele era – ele era cheio do Espírito Santo; não podiam fazer o que ele fazia - prodígios e maravilhas. Os críticos de Maria: Marta, sua irmã; os seus discípulos, com destaque para Judas Iscariotes.
- Marta. Ela reclamou a Jesus que Maria deveria sair de sua presença para ajudá-la nas tarefas domésticas. Maria, porém, não revidou, não disse nada, não criticou a atitude de sua irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus falar. Ela revelou um profundo senso de valor diante do Mestre, considerando maior prioridade ouvir seus valiosos ensinos. E foi compensada por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc.10:42).
- Seus discípulos (cf. Mc.14:4,5) – “E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela”. Judas e os demais discípulos ficaram indignados com Maria, considerando o seu gesto de amor a Jesus um desperdício. Eles culparam Maria de ser perdulária (desperdiçadora, gastadora) e de administrar mal os recursos. Eles murmuraram contra ela, dizendo que aquele alto valor deveria ser dado aos pobres (é a tese do politicamente correto). Eles usaram a lógica para interromper uma atitude de gratidão a Deus. Qual é lógica? Cuidar dos pobres. Eles usaram o chamado politicamente correto para interromper um ato de adoração, devoção e gratidão a Deus. Isso acontece, também, nos dias de hoje. Precisamos estar preparados para esse tipo de atitudes por parte dos cessacionistas de plantão, tanto internos como externos. Todavia, naquele momento, nada, nem mesmo as críticas mais ferrenhas poderiam impedir Maria de demonstrar o seu grande amor, devoção e gratidão ao Senhor Jesus. Ela rompeu a barreira dos tabus e demonstrou com coragem a sua devoção a Jesus. A devoção de Maria se destaca em vivo contraste com a malignidade dos principais dos sacerdotes e a vil traição de Judas. Ela ficou silente, não reagiu, diante dos críticos. Ela usou a arma mais poderosa de seu caráter: a humildade. Recebeu por isso um elogio estridente do Senhor: “Jesus, porém, disse: Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-me boa obra” (Mc.14:6). Você está pronto para servir a Deus com sinceridade e liberalidade diante das críticas? Você é capaz de suportar com humildade as críticas, porque você é fiel ao Senhor?
CONCLUSÃO
O ato de Maria expressou a sua devoção e seu amor profundo pelo Senhor Jesus. Qual o tamanho de nossa gratidão a Jesus pelos benefícios que Ele nos tem feito: vida eterna, provisão diária; livramentos; privilégio de sermos filhos de Deus? Muitos estão perdendo a oportunidade de expressar gratidão ao Senhor. Não percamos a oportunidade de expressarmos a Deus o nosso amor e fidelidade a Ele. Maria ofereceu a Jesus um ato sacrifical, pois o seu unguento era muito caro; o leproso lembrou de oferecer a Jesus um belo jantar, em gratidão pela cura que Jesus lhe tinha feito. E nós? O que temos para oferecê-lo? Pense nisso!
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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 70. CPAD.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima. O caráter do Cristão. CPAD.
Rev. Hernandes Dias Lopes. João – As glórias do Filho de Deus.

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