domingo, 2 de julho de 2017

Aula 02 – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO E A CRIAÇÃO


3º Trimestre/2017

Texto Base: Deuteronômio 6:4; Gênesis 1:1.

 "E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Mc.12:29).

 INTRODUÇÃO

Há muitos deuses criados pelos homens ou pelo maligno, mas o Deus da Bíblia é o único Deus verdadeiro, soberano, criador dos céus, da Terra, dos homens e de todas as coisas. As pessoas ímpias têm dificuldade em aceitar a indispensável ideia da existência real do Ser Supremo, que existe antes do tempo e fora do tempo. O ser humano com a mente prejudicada pelo pecado, prefere acreditar que Deus não existe e que se trata de uma invenção das pessoas religiosas, com o objetivo de manter as pessoas sob seu controle, com normas e regras, estabelecidas pelas religiões. Infelizmente, muitos estão enganando e sendo enganados pelos ensinos materialistas e ateístas, como bem disse o apóstolo Paulo: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2Tm.3:13).

Os cientistas, em geral, sentem-se obrigados a crer no que é estabelecido nas teorias sobre as origens da vida, do homem e de todos os demais seres e coisas que existem no universo. Para eles, há mais lógica em aceitar a não provada e falaciosa Teoria da Evolução do que aceitar o que a Bíblia diz sobre as origens de tudo. É mais fácil um cientista aceitar e propalar o absurdo de que o homem veio de um macaco, que, por sua vez, surgiu de um réptil, que surgiu de um anfíbio, que se originou de um peixe ou vertebrado, que, por sua vez, surgiu de um invertebrado, que teve origem num animal unicelular ou protozoário, do que aceitar o que a Bíblia diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. 

No entanto, após todos os séculos de pesquisa, de teoria em teoria, até hoje, não foi encontrado um único elo entre os estágios da chamada evolução das espécies. Somente a Bíblia tem a resposta mais consistente, segura e compatível com a origem da vida e dos seres criados: "No princípio, criou Deus os céus e a terra. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra" (Gn.1:1,26). Deus, o Deus da Bíblia, é o Criador, o Preservador, o Senhor e o Salvador do Homem. É o Deus que é Juiz do Universo, e chamará os homens à prestação de contas no tempo do fim. A crença ou não no Deus da Bíblia é fator marcante, decisivo e determinante, não só do comportamento do homem na Terra, como do seu destino, na eternidade. 

I. O ÚNICO DEUS VERDADEIRO

1.O Shemá. “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt.6:4). Esta simples declaração de Moisés iniciou o que hoje é comumente referido como o Shemá (palavra hebraico para “ouvir”). Foi citado por Jesus Cristo como parte do primeiro e grande mandamento da lei (cf. Mc.12:29,30). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só; diz respeito tanto à "singularidade" quanto à "unidade" de Deus (Zc.14.9; Sl.86.10). Essa é a confissão de fé do judaísmo e, ainda hoje, os judeus religiosos recitam-na três vezes ao dia.

No Shemá, Moisés pode ter simplesmente dito aos israelitas que o verdadeiro Deus, seu Deus, era para estar em primeiro - em mais alta prioridade - em seus corações e mentes. A jovem nação tinha saído da escravidão de uma cultura egípcia na qual se acreditava em muitos deuses, e eles estavam prestes a entrar numa terra cujos habitantes estavam mergulhados na adoração de vários supostos deuses e deusas da fertilidade, da chuva, da guerra, das jornadas, etc. Através de Moisés, Deus advertiu severamente os israelitas sobre os perigos de abandoná-lo para seguir os falsos deuses.

2. O monoteísmo. É a crença em um só Deus; se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. O primeiro mandamento do Decálogo é: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx.20:3). Deus é enfático: Israel não devia adorar, nem invocar nenhum dos deuses doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir somente a Ele (Josué 24:14,15). Aqui está a essência do monoteísmo judaico. É o fundamento da vida em Israel, a base de toda a lei e de toda a Bíblia. Jesus ratificou o monoteísmo judaico, e também afirmou que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6:4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade (João 1:18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas (Mc.12:29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo, é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus revelado por Jesus - "O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At.22:14).

"Não terás outros deuses diante de mim" atinge diretamente a idolatria. Quando Deus fez essa proibição, Seu povo estava envolvido com o bezerro de ouro (Êxodo 32). Os ídolos são artifícios em forma de imagens, eles nada são, não têm nenhum préstimo, nada entendem, confundem-se, têm olhos e não veem, têm ouvidos e não escutam, têm lábios e não falam, têm cabeça e não pensam, têm braços que não se movimentam e pés que não andam; são deuses inúteis e sem vida, condenados ao ridículo. Repetidas vezes encontramos a loucura da idolatria em termos sarcásticos e enfáticos (Jr.2:26-28; 10:1-16; Is.40:18-20; 41:4-7; 44:9-20; Sl.115; 135:15-18).

Quando esquecemos a aliança do Senhor nosso Deus e negligenciamos a devoção diária, podemos ser levados a substituí-lo por alguma imagem esculpida ou por algo de que o Senhor nos proibiu (Dt.4:23). Apostasia, esquecimento ou mornidão espiritual são as doenças preponderantes deste século. Quando o Deus vivo e verdadeiro é olvidado, volta-se para a superstição, misticismo e os cultos esotéricos, que têm prosperado muito em nossos dias.

Repetidas vezes os profetas se levantaram contra a idolatria do povo de Deus (cf. Is.57:5-8; Jr.2:20,24; 3:6; Ez.6:1-14), condenando de forma específica a prostituição espiritual nos "lugares altos", em Israel e Judá. As trágicas consequências da desobediência ao Primeiro Mandamento foram: pestilência, morte, fome, rejeição, deportação, pragas e, pior, separação da comunhão com o Senhor.

Conforme Deuteronômio 11:16, existem quatro quedas consecutivas no caminho da idolatria: o engano do coração, o desviar-se, o servir a outros deuses e, finalmente, o prostrar-se diante deles. O dinheiro e o poder estão entre os "deuses" deste século. Mamom foi o único "deus" que o nosso Senhor chamou pelo nome. Muitos são os elementos produzidos por Mamom: o "deus" dinheiro, a competição, o "deus" televisão, o "deus" internet, o “deus” smartphone, o consumismo, etc. O convite de Deus para o seu povo é o de amá-lo de todo coração, com toda a força do pensamento e de toda a alma. Ele é o único, verdadeiro e eterno Deus das nossas vidas. Feliz o homem que guarda seu coração no caminho do Senhor.

“Não terás outros deuses diante de mim” (Êx.20:3). Para nós cristãos, este mandamento importa pelo menos três princípios:

Ø A nossa adoração deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais adoração ou oração a quaisquer “outros deuses”, espíritos ou pessoas falecidas, nem se permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv.17:7; Dt.6:4; 1Co.10:19,20).

Ø Devemos plenamente nos consagrar a Deus. Somente Deus, mediante sua vontade revelada e Palavra inspirada, pode guiar a nossa vida (Mt.4:4).

Ø Nós cristãos devemos ter como propósito na vida: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as nossas forças, confiando nEle para nos conceder aquilo que é bom para a nossa vida (Mt.6:33; Fp.3:8; Cl.3:5).

II. CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1. O modelo criacionista. O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional. Os criacionistas defendem a existência de um Criador de todas as coisas e que houve uma ação direta dele num tempo determinado para que tudo no universo fosse criado. Para os criacionistas, existe um Agente externo responsável pela criação de todas as coisas completas e acabadas; esse Agente externo é Deus.

Nós cremos que toda a natureza, o universo e o próprio homem são obras do Criador. Por que cremos que o mundo foi criado por Deus? Simplesmente porque a Palavra de Deus assim o diz. Cremos e aceitamos todos os testemunhos respaldados pelas declarações na Bíblia Sagrada. Como podemos saber que todas as coisas foram criadas por Deus? Pela revelação na Palavra de Deus que comunica aos homens os desígnios, as ações e verdades relativas a Deus e à Sua criação.

Os cristãos creem que a Bíblia é a Palavra de Deus pela revelação do Espírito Santo e porque as promessas nela escritas têm se cumprido. Creem em Jesus como o Filho de Deus, que morreu para o perdão da humanidade e foi ressuscitado dentre os mortos, porque a vida, a morte e ressurreição dele são fatos relatados nos quatro Evangelhos por testemunhas oculares. Esses testemunhos provêm de pessoas qualificadas e consideradas autoridades em assuntos sagrados.

2. O modelo evolucionista. É uma teoria que tem por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O evolucionismo ensina que a matéria é eterna, preexistente. A partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, os seres passaram a existir. Propõe uma visão determinista, na qual o meio torna-se o selecionador da melhor variedade dentre os seres. Entretanto, essa teoria é simplesmente uma hipótese sem evidência científica. Não há nenhuma evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apoiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme a sua espécie” (Gn.1:21,24,25).

Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhuma experiência foi idealizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas.

Os evolucionistas sustentam que a matéria é eterna e dela se originou todas as coisas, até as vidas mais complexas, e que o universo é resulta­do do Big bang, uma explosão que teria ocorrido há bilhões e bilhões de anos e originado todas as galáxias e as várias formas de vida (vegetal, animal e humana).

O pastor Silas Malafaia, em seu livro Criação x Evolução, diz que o Dr. Mareei Schvvartzemberg, professor da Universidade de Paris, fez um cálculo sobre a real possibilidade de a evolução ser um fato científico, e verificou que há uma chance de dez elevado a dois bilhões de zeros. Isto significa que não existe chance nenhuma. Pergunta-se: se o que não pode ser observado e experimentado não pode ser considerado científico, como os evolucionistas chegaram à conclusão de que há bilhões e bilhões de anos houve uma explosão que originou o universo? Eis a primeira divergência entre a teoria evolucionista e o método científico; afinal, há bilhões de anos não havia ninguém para testemunhar essa possível explosão. Logo, a teoria evolucionista não passa de uma especulação. E, como tal, não está de acordo com os critérios de observação e experimentação estipulados pelo método científico.

A evolução não pode ser considerada ciência por dois motivos: (a) porque os defensores da evolução julgam que os processos evolutivos não são observáveis, perceptíveis, para o ser humano; (b) porque o suposto Big Bang que, segundo eles, teria ocorrido há bilhões de anos, não foi testemunhado por ninguém; ninguém existia, logo não poderia estar presente para registrar esse fato.

Constata-se, então, que o Big bang é uma teoria concebida pela mente engenhosa dos cientistas; algo que não pode ser cientificamente comprovado. Logo, a linha de raciocínio defendida pelos evolucionistas sobre a origem do universo não pode ter valor científico. É apenas mais uma teoria, uma especulação. Portanto, a teoria evolucionista é uma pseudociência, ou seja, uma falsa ciência.

A evolução, em todas as áreas, é coisa do homem, por ser imperfeito. Exemplos:

Ø No mundo marítimo, o homem, primeiro deve ter flutuado sobre as águas, agarrado num tronco de madeira. Depois fez do tronco uma canoa, uma jangada, uma barcaça, um navio à vela ou movido à remos; chegou, depois de muito tempo, ao grande transatlântico. A construção naval evoluiu.

Ø No campo aeronáutico, do 14 Bis de Santos Dummont ao “A380” (novo avião fabricado pela Airbus); foram mais de 100 anos de evolução.

Os evolucionistas se enganam por não conhecerem Deus, nem sua perfeição, nem o seu poder criativo.

III. A CRIAÇÃO

Deus é real e Ele se revela ao homem de diferentes maneiras, porém uma das formas que Ele se revela a nós é mediante a sua criação. O relato da criação da terra, do céu e do homem, não é uma alegoria; é um fato histórico, ou seja, algo que aconteceu exatamente como a Palavra de Deus afirma.

1. A criação do Universo. Deus criou o Universo do nada. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis deve ser entendida à luz do contexto bíblico. E o ponto de partida da criação é: “No princípio criou Deus os céus e a Terra”(Gn.1:1). Deus trouxe o Universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberania e livre vontade - “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl.33:9).

Nós cremos que toda a natureza, o universo e o próprio homem são obras do Criador. Por que cremos que o mundo foi criado por Deus? Simplesmente porque a Palavra de Deus as­sim o diz: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb.11:3).

Nós cremos e aceitamos todos os testemunhos respaldados pelas declarações na Bíblia Sagrada, que comunica aos homens os desígnios, as ações e verdades relativas a Deus e à Sua criação - “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Ap.4:11).

2. A narrativa da criação em Gênesis 1. Em Gênesis 1 a 11, Moisés descreve, com objetividade, a atuação do Criador do universo e do homem. Segundo o conceito criacionista, a origem do mundo conecta-se à verdade bíblica de que, no princípio, Deus criou os céus e a Terra (Gn.1:1; Ex.20:11; Sl.90). Logo, a Palavra de Deus refuta a ideia de um surgimento acidental e apresenta o Senhor como autor da criação de todas as coisas (Ec.3:11). O Deus trino e eterno criou o universo e o sustenta por intermédio do Seu poder soberano (João 1:1-3; Cl.1:16,17; Hb.11:3).

O Altíssimo tudo criou a partir da sua Palavra. Ele, simplesmente, disse: “Haja”, e os elementos vieram à existência (Gn.1:3; Sl.33:6). Por sua ordem, o sistema solar e os reinos, vegetal e animal, ganharam vida. Afirmou Moisés por revelação divina: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou...” (Êx.20:11). Veja, em resumo, o quadro demonstrativo da criação:

1º dia
Luz (dia e noite).
Gn.1:3-5
O AMBIENTE PROPÍCIO PARA A VIDA
2º dia
Céu, atmosfera e mares.
Gn.1:6-8
3º dia
Terra e vida vegetal.
Gn.1:9-13
VIDA VEGETAL
4º dia
Os corpos celestes que iluminam a Terra.
Gn.1:14-19
5º dia
Os animais do mar e as aves
Gn.1:20-23
VIDA ANIMAL
6º dia
Os mamíferos, os répteis e o homem.
Gn.1:24,25

3.  Propósito e alvo da criação. Deus criou os Céus e a Terra:

a) para manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl.19:1). Ao olharmos a totalidade do cosmos criado – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

b) para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza – por exemplo, o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves – rendem louvores ao Deus que os criou (Sl.98:7-9; 148:1-10).

c) para prover um lugar onde o seu propósito e alvo para a humanidade fossem cumpridos:

Ø  Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

Ø  Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer aos seus mandamentos, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado (cf. Gn.3:15). Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is.60:21; 61:1-3; Ef.1:11,12; 1Pd.2:9).

Ø  A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “... com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap.21:3).

4. Evidências de que existe um Criador: Deus. De acordo com as Escrituras Sagradas, a existência de Deus é fato incontestável. Não há preocupação alguma por parte da Bíblia em provar a existência de Deus, pois desde o primeiro versículo já se subtende essa maravilhosa realidade: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn.1:1). Como também é uma realidade confirmada por João 1:1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. E o autor aos Hebreus concluiu: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados” (Hb.11:3). Que maravilhosa realidade! De eternidade em eternidade Ele é Deus (Sl.90:2).

Há evidências na natureza e em todas as coisas criadas, especialmente no ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, de que existe um Criador eterno, onisciente e onipotente que projetou tudo o que existe, cuidando de cada detalhe dessa complexa e inter-relacionada criação. Vejamos algumas evidências, dentre muitas.

a) A natureza manifesta a glória de Deus. Você já parou para refletir sobre a grandeza do universo? Já se deu conta de sua complexidade e de seus mistérios? Ao lermos a história da criação na Bíblia, verificamos que a Terra foi sabiamente criada por Deus e que não é obra do acaso a posição dela no sistema solar, de forma que durante o dia ela fosse iluminada pelos raios do Sol e à noite peia lua e as estrelas.

Ø A distância da Terra em relação ao Sol. O planeta Terra está a uma distância média do Sol de aproximadamente 149,1 milhões de quilômetros. O suficiente para a manutenção da vida animal e vegetal. Porém, se estivesse à mesma distância de Vênus (108,2 milhões de quilômetros) ou de Mercúrio (57.910 milhões de quilômetros) em relação ao Sol, certamente a vida animal e vegetal seria queimada pelo calor. A distância da Terra em relação ao Sol não é uma obra do acaso, é obra de Deus, o Criador!

Ø Se a Terra tivesse a mesma distância que tem os planetas Marte (227.940 milhões de quilômetros), ou de Plutão (591.3520 milhões de quilômetros), em relação ao sol, o frio seria tão intenso que não poderia existir vida.

Ø A atmosfera terrestre. Ela possui uma espessura ideal para impedir que milhões de meteoritos penetrem nela a uma velocidade de 30 mil quilômetros por hora. Já imaginou se a Terra não tivesse uma densidade atmosférica adequada? Naturalmente, sofreríamos diariamente um bombardeio de meteoros que mataria toda a vida animal e vegetal. Esta proteção é obra do acaso?

Ø A distância da Terra em relação à Lua. Já parou para pensar por que a lua está a uma distância de 384 mil quilômetros da Terra? Se este satélite natural estivesse a pelo menos 80 mil km de nós, as águas do mar, devido ao fluxo das marés, inundariam os continentes duas vezes por dia. A distância da lua em relação à Terra não é uma obra do acaso!

Ø O diâmetro da Terra. Se o diâmetro da Terra fosse igual ao da lua, ela não teria capacidade para "reter" as águas e tão ­pouca a atmosfera. E o que aconteceria se a Terra tivesse o dobro de seu tamanho? Se a Terra fosse duas vezes maior, a pressão atmosférica seria tão violenta que tornaria impossível a existência de vida em nosso planeta. O diâmetro da Terra não é uma obra do acaso. Foi calculado e estipulado com perfeição por Deus.

Ø E a rotação da Terra? Um giro completo que a Terra dá em torno de seu próprio eixo cor­responde a um dia de 24 horas. Se esse tempo de rotação fosse diminuído em um décimo, os dias e as noites seriam dez vezes mais longos, o Sol queimaria toda a vegetação durante o dia, e nenhum ser vivo resistiria ao frio excessivo da noite. O tempo de rotação da Terra também não é obra do acaso!

Sabe por que tudo isso não é obra do acaso? Porque foi Deus quem criou e Ele mesmo deu testemunho disto: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou...”(Isaías 43:13); “Eu fiz a Terra e criei nela o homem, eu o Senhor o fiz, as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens”(Isaías 45:12).

É impossível, após constatar a grandeza do universo, concluir que a natureza é uma obra do acaso. O universo deve ser entendido como obra engenhosa, uma obra sabiamente planejada pelo Criador. É o projeto de um Deus tremendo, pode­roso, incomparável, único e absoluto.

b) A complexidade da criação aponta para a grandiosidade do Criador. Não é apenas o universo que é complexo. Cada coisa, cada vida, por mais simples que pareça, possui uma complexidade tão grande que, por mais que se estude a respeito dela sempre fica algo por saber.

Ø Atente, por exemplo, para a estrutura de uma ameba (animal unicelular que somente pode ser visto com o auxílio do microscópio). Apesar de sua estrutura ser simples, comparada a de outros organismos multicelulares, as informações genéticas sobre uma ameba seriam capazes de preencher mais de mil vezes a Enciclopédia Britânica.

Ø E o cérebro humano? É outro exemplo da sabedoria criadora de Deus. O cérebro é uma estrutura extremamente complexa. Pesando em média 1,4 kg nos homens e nas mulheres 1, 2kg, esse potente "microcomputador'' possui cerca de cem bilhões de neurônios com incalculáveis ramificações interligadas. Nenhuma empresa no mundo tem estrutura suficiente para criar uma rede de comunicação capaz de armazenar um número de informações tão grandes como o cérebro humano. Essa "máquina" perfeita seria obra do acaso? A resposta, obviamente, é não!

c) formato arredondado da Terra. Um outro fato interessante. Antes do humanismo e do advento das ciências, acreditava-se que a Terra era plana e o centro do universo. Pessoas eram excomungadas da igreja católica e até queimadas se dissessem o contrário. Contudo, a Bíblia já proclama este fato há muito tempo. Em Isaías 40:2, é dito que o Senhor estava assentado sobre o globo da Terra. Este texto foi escrito em hebraico há aproximadamente 2.700 anos. Já nessa época a Bíblia falava que a Terra era redonda!

d) E quanto ao Genoma humano? O Projeto Genoma Humano, criado em 1990 com o apoio de 18 países, inclusive do Brasil, mapeou bilhões de bases químicas de DNA (Ácido Desoxirribonucleico), concluindo que todos os homens descendem de um único homem que viveu na África Oriental. Portanto, todos os seres humanos descendem de um ancestral comum. Esse fato é anunciado na Bíblia há milhares de anos. Em gênesis, vemos que Deus criou Adão e, a partir dele, Eva. Desse casal descende toda humanidade. Em outras palavras, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada ao homem. Nela, está a verdade infalível e absoluta de quem conhece todas as coisas.

É por isto que cremos no que é revelado na Bíblia. É por isto que temos convicção de que o mundo e tudo o que nele há foi criado por Deus. É por isso também que não cremos em evolucionismo. Porque tudo o que é revelado na Bíblia passa no teste da veracidade ao longo dos séculos, e só poderia ter sido revelado por Alguém que conhece muito bem a Sua criação, o passado, o presente, o futuro; Alguém Todo-poderoso que estabeleceu as leis que regem o universo e sabe exatamente como elas funcionam.

Nós, cristãos, assim como os judeus, cremos que as Escrituras Sagradas são a revelação de Deus para o homem saber que nada surgiu por obra do acaso. Todo o universo foi criado pela sabedoria e onipotência de Deus.

5. A criação do ser humano. A distinção entre o ser humano e as criaturas inferiores implica na declaração de que "Deus criou o homem à sua imagem". No sexto dia da criação, o Senhor Deus estabeleceu o pacto quanto à criação do ser humano. Disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra” (Gn.1:26). O ser humano (Adão) é a coroa da criação de Deus (1Co.11:7), pois tem, como missão, governar tudo quanto o Senhor fizera (Gn.1:28).

A Criação do homem difere das outras criações. Quando Deus criou os animas, os peixes as estrelas, o sol e a lua, Ele utilizou o verbo, a palavra para criar tudo no universo infinito e na terra; exemplo: ”E disse Deus: haja luz”; “e disse Deus haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas”; “E Disse Deus: haja luminares no firmamento do céu...”(Gn.1:3,6,14). Porém, na criação do homem Deus utilizou de material já existente para fazer o corpo físico, e na parte espiritual soprou em suas narinas, e o homem tornou-se alma vivente (Gn.2:7).

O homem foi criado superior aos outros seres vivos. Quando Deus criou o homem, ele já havia criado todos os outros seres vivos, as plantas, os peixes, os animais, e por isso Deus fez o homem superior a tudo o que existia até então, e os deu ao homem, e disse para ele dominar sobre os peixes do mar, sobre todas as aves do céu, e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra(Gn.1:28). O homem desde a sua criação já era superior a tudo na terra; entre o homem e as demais criaturas existiam uma grande diferença, o homem possuía um nível muito elevado intelectual, moral e religioso (Gn.1:31,2:19,20, Salmos 8:4-8).

Não podemos entender que o homem seja apenas uma criação de Deus. O homem é mais que uma criatura, pois existe entre o homem e Deus uma relação mais profunda, mais significativa. O homem foi criado para viver numa situação familiar com Deus, numa íntima comunhão. Mas, devido à sua queda deliberada no Éden, transgredindo à vontade divina (1Tm.2.14), a criação ficou submissa à vaidade (Rm.8:20-22). 

O evolucionismo ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em uma só forma e que as espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior. Muitos acreditam que o homem tem sua origem em macaco antropoide atualmente em existência, que ao longo de milhões de anos evoluiu mudando de forma até chegar no seu estado mais elevado que o homem, o que segundo eles, explica a existência do homem das cavernas, que seria uma das fases da evolução do homem. Na verdade, não há descobertas cientificas ou arqueológico para dar sustentação a nenhuma destas teorias. O macaco mais inteligente não passa de um irracional. Desta feita, apesar de sua linguagem científica, não passa o evolucionismo de uma loucura: ignora a Deus e ao seu infinito poder. Trata-se, como diz a Bíblia, de uma falsa ciência (1Tm.6:20).

CONCLUSÃO

Embora nenhum ser humano tenha testemunhado a obra da criação, sabemos, pelas Escrituras Sagradas, que Deus criou o mundo por meio da Sua Palavra. Ele disse: “Haja! Venha à existência!”, e os elementos e as criaturas foram surgindo conforme Ele havia projetado. Mas, ao criar o homem disse: “Façamos”. Em outras palavras, Deus se envolveu pessoalmente na criação do ser criado à imagem e semelhança dele, o homem, a coroa da criação. Muitas pesquisas cientificas consideradas verdade hoje, amanhã poderão revelar-se falsas; com a luz das novas descobertas, ninguém jamais poderá jogar por terra nenhuma das verdades bíblicas. Isto porque Aquele que criou todas a coisas, conhece todos os mistérios do universo e do ser humano. Assim cremos!

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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 71. CPAD.
Pr. Esequias Soares. A Razão de nossa Fé. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Os perigos da Teoria da Evolução. PortalEBD_2007.
Pr. Silas Malafaia. Criação x Evolução. Editora Central Gospel.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima. Deus e a Bíblia. 2008.

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