domingo, 1 de abril de 2018

Aula 02 – ÉTICA CRISTÃ E IDEOLOGIA DE GÊNERO


2º Trimestre/2018

Texto Base: Isaías 5:18-24

"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou" (Gn.1:27).

INTRODUÇÃO

Nesta Aula estudaremos a respeito da Ideologia de Gênero, a faceta do sistema de ideias, excretada das entranhas de Satanás, estimulada para estes últimos dias da Igreja no afã de enfraquecê-la sobremaneira. Este é um assunto áspero e perturbador, que tem deixado os incautos, em todos os segmentos, confusos e absortos diante das aberrações perpetradas pelos adeptos e ideólogos dessa faceta do mal e antinatural. A ideologia de gênero tem penetrado em todos os segmentos sociais como uma erva daninha, destruindo o caráter familiar e dos bons costumes. Essa teoria bestial e deletéria difunde com muita esperteza que o sexo biológico dado pela natureza não tem valor algum, e que ninguém nasce homem ou mulher, mas, sim, um indivíduo indefinido, que será decidido posteriormente se deseja ser homem, mulher ou neutro (isto é, nem um nem outro), independentemente de suas características fisiológicas. Propagam que as diferenças entre os sexos são resultados da relação histórica de opressão e preconceito entre homem e mulher. Caso essa ideologia não seja combatida eficazmente, certamente, haverá:

·       O risco de que pais e educadores sejam punidos pelo Estado, caso tratem as crianças como menino e menina, já que isto "seria uma opressão, considerando-se que eles ainda não decidiram o que vão ser”.

·       A destruição da família, a obra prima do Criador, que “já não deveria ser mais um núcleo natural formado por um homem e uma mulher, mas, sim, qualquer aglomerado de pessoas”.

·       Afrontas ao matrimônio monogâmico e heterossexual, que é união natural estabelecida por Deus.

A ideologia de gênero trata-se de uma teoria sem nenhum fundamento científico. Todas as teorias em sua defesa são meramente ideológicas e se baseiam em premissas falsas, desmentidas pela biologia. Os defensores deste conceito promovem a inversão dos valores e afrontam os princípios cristãos, que tem como fundamento as Escrituras Sagradas, que advertem aos cristãos a viverem em santidade em todas as épocas e culturas (1Pd.1:15,23-25). Portanto, aceitar a ideologia de gênero como verdade é negar a existência de Deus, e da natureza observável.

I. A IDEOLOGIA DE GÊNERO

1. Definição de Ideologia. O termo “ideologia” possui diferentes significados, sendo que no senso comum é tido como algo ideal, que contém um conjunto de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões do mundo de um indivíduo ou de determinado grupo, orientado para suas ações sociais e politicas. Alguém disse, e concordo com ele, que “ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individual, seja socialmente; em um sentido amplo, significa aquilo que seria ou é ideal para um determinado grupo de pessoas”.

O termo “ideologia” foi usado de forma marcante pelo filósofo francês Antoine Destutt de Tracy, e o conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

No século XX, várias ideologias se destacaram (adaptado do site: https://www.significados.com.br/ideologia):

·    Ideologia fascista. Implantada na Itália e Alemanha, tinha um caráter militar, expansionista e autoritário.

·    Ideologia comunista. Disseminada na Rússia e outros países, visando a implantação de um sistema de igualdade social.

·    Ideologia democrática. Surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e têm como ideal a participação dos cidadãos na vida política.

·    Ideologia capitalista. Surgiu na Europa e era ligada ao desenvolvimento da burguesia, visava o lucro e o acumulo de riqueza.

·    Ideologia conservadora. São ideias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade. 

·    Ideologia anarquista. Defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder

·    Ideologia nacionalista. É aquela que exalta e valoriza a cultura do próprio país.

2. Ideologia de Gênero. A Ideologia de Gênero, ou melhor dizendo, a ideologia da ausência de sexo, é uma abstração filosófica segundo a qual os dois sexos - masculino e feminino - são considerados construções culturais e sociais, e que por isso os chamados “papéis de gênero” (que incluem a maternidade, na mulher), que decorrem das diferenças de sexos alegadamente "construídas”, e que por isso não existem, são também "construções sociais e culturais".

A Ideologia de Gênero defende que a sexualidade de uma pessoa não seria determinada pelo seu componente biológico e genético, mas sim pelo modo como ela se considera a si mesma. Defende que nós nascemos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é apresentado como masculino ou feminino. Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal teoria, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.

Esta corrente ideológica procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura, de um país ou de uma época. Ensina que não existem diferenças biológicas entre homens e mulheres. Assim sendo, legitima propostas estranhas como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e universidades.  

Dentro do seu conteúdo doutrinário, é forte o argumento que os dois sexos – masculino e feminino – são considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero) quando quiser. Seus adeptos e defensores querem ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem. Para esses defensores, quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo. 

A Ideologia de Gênero quer obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural; distingue o sexo (que é um dado biológico e natural) do gênero (que é uma mera construção social). Se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social. Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças, e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres. E mais, se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a “heteronormatividade”). O papel (gênero) de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher. 

A Ideologia de Gênero propaga que a pessoa pode mudar de sexo quando bem quiser. Só que este ato contraria não somente a realidade biológica, mas, sobretudo, a Lei divina; isto vai de encontro à vontade de Deus. Ninguém nasce homem ou mulher por mero acaso, mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da divina providência, conforme o seguinte texto bíblico:

“Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Salmos 139:14-16).

 “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia” (Jr.1:5).

Segundo os cientistas entendidos neste assunto, “é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus genes: XX, para a mulher; XY, para o homem. A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro sexo, pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”. Ir contra os desígnios divinos é um ato de revolta contra o Criador: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a” (Gn.1:27,28).

A Ideologia de Gênero só tem causado males, muitos males. Foi noticiado no diário francês “Le Figaro”, em sua edição de 31/01/2014, o fracasso da primeira tentativa de comprovação da ideologia de gênero, que culminou com o suicídio do jovem Bruce-Brenda-Davi (seus três nomes, como homem, mulher e homem). As ideias do prof. John Money, que definiu o “gênero masculino ou feminino” como uma conduta sexual que escolhemos adotar, a despeito de nosso sexo de nascença, foi testada, em primeiro lugar, em Bruce, um menino canadense. Ele foi submetido a uma cirurgia de mudança de sexo, e desde então passou a se chamar Brenda. Doravante, uma menina - a “Brenda” -, usava saias e brincava com bonecas. Na adolescência passou a ter uma conduta masculina, o que obrigou os pais a lhe contar a verdade. Cirurgicamente, ele voltou a ser homem, passou a chamar-se Davi - terceiro nome em sua existência - e se casou aos 24 anos. Entretanto, o trauma das mudanças de sexo causou um descompasso em sua vida, e ele suicidou-se.

Segundo o diário irlandês Irish Times , de 02/12/2013, 78% de “transgêneros” pensaram em se suicidar e 44% tentaram-no pelo menos uma vez, revelou um estudo sobre saúde mental encomendado à “Transgender Equality Network” pela comunidade “trans” da Irlanda. Entre as causas das tendências suicidas apontadas pelo trabalho irlandês, figura o “estresse extremo” ligado ao fato de o indivíduo ostentar um sexo que não é o natural.

Infelizmente, a maioria das pessoas, principalmente os pais, desconhece o que significa o conceito “gênero”, a ideologia que está por detrás dele e as consequências que podem produzir na educação das crianças e dos adolescentes: confusão nas crianças, uso comum dos banheiros, promiscuidade, gravidez na adolescência, perda da autoridade paterna sobre a educação sexual dos filhos, impedimento do ensino da moral cristã, etc. Os líderes das igrejas, os educadores pró-família e os pais não podem fechar os olhos à inversão dos valores que está ocorrendo; eles precisam abrir os olhos e orientar, com urgência, a todos quantos possam alcançar, sobre tão terrível mal; é o mínimo que se espera. Os cristãos comprometidos com o reino de Deus e com as Escrituras Sagradas precisam reagir e "batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd.v.3).

Caso a ideologia de gênero seja implantada no Brasil, como já está sendo feita, isso significaria a permissão de toda perversão sexual (incluindo o incesto e a pedofilia), a incriminação de qualquer oposição ao homossexualismo (alegando crime de “homofobia”), a perda do controle dos pais sobre a educação dos filhos e, por conseguinte, a extinção da família.

Boas são as palavras de Marisa Lobo, psicóloga: “A violência intelectual sofrida pelos que não aceitam a ideologia de gênero, não apenas por uma questão de fé, mas de opinião baseado em evidências, jamais pode ser interpretada como preconceito. Pois essa é a grande falácia da atualidade, e é tão violenta quanto a tal homofobia que pregam. Podemos sim conviver com as pessoas e com as sexualidades ideologizadas, porém o cristianismo tem sua ideologia enraizada na fé, na cultura, na tradição e na biologia, e é esta que acreditamos e queremos viver, mas podemos sim respeitar o outro, e queremos sim sermos respeitados além de nossa fé. Isso seria o ideal de sociedade. Direitos humanos para todos é um desafio, mas é possível” (Marisa Lobo. A Ideologia de Gênero sob a ótica judaico-cristã).

3. Marxismo e Feminismo como fonte da Ideologia de Gênero. A Ideologia de Gênero, que relativiza os conceitos de masculino e feminino, tem como origem fundamental o Marxismo e o Feminismo. O Feminismo é a influência dominante nos movimentos de mulheres que emergiram nos países capitalistas avançados durante os anos 1960 e 1970; parte da ideia de que os homens sempre oprimiram as mulheres, e que os fatores principais que fazem tratar as mulheres como inferiores é a constituição biológica e psíquica dos homens. Isto leva à ideia de que a libertação das mulheres só será possível separando-as dos homens. Muitas daquelas que apoiam esta separação parcial consideram a si mesmas como feministas socialistas. Mas, depois, as ideias feministas radicais da total separação fizeram a sua aparição nos movimentos das mulheres. Estas ideias, com o tempo, tiveram menos eco, para finalmente serem defendidas por uma pequena minoria. Estas falhas levaram muitas feministas para outra direção: para o Partido Socialista. Elas acreditavam que colocando mulheres em cargos como deputadas, permanentes sindicais ou vereadoras, iriam de alguma forma ajudar as mulheres a alcançar a igualdade.

“O Marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro "A Origem da família, a propriedade privada e o Estado" (1884), onde a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir, autora da obra "O Segundo Sexo" (1949), onde é afirmado que "não se nasce mulher, torna-se mulher; não se nasce homem, torna-se homem”. Assim, do contexto social marxista, que deu origem à "luta de classes", surgiu a ideologia culturalista como sendo "luta de gêneros", ou seja, uma fantasiosa "luta de classes entre homens e mulheres". Nesse aspecto, a Ideologia de Gênero pretende desconstruir os papéis masculinos e femininos na sociedade atual”.

É bom ressaltar que a Ideologia de Gênero não se alimenta apenas dessa gênese – Marxismo e Feminismo -, mas também de vários sistemas ideológicos. Desta feita, não é correto dizer que a Ideologia de Gênero é somente uma proposta do Marxismo e do Feminismo, apesar destes sistemas de ideias a alimentar. Além destas duas vertentes principais, a Ideologia de Gênero alimenta-se da iguaria de revoluções culturais impostas sobre as culturas do Ocidente ao longo de séculos, como, por exemplo: maniqueísmo, naturalismo, deísmo, niilismo, freudismo, existencialismo ateu, dentre outros.

II. CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO

A Ideologia de Gênero teve sua origem no fim do século XIX; desde então, vem criando consequências funestas para a vida em sociedade. Citaremos três malévolas consequências (adaptada do site: https://formacao.cancaonova.com). Existem outras consequências, mas essas três já nos levam a pensar profundamente no mal que a Ideologia de Gênero gera no desenvolvimento das pessoas normais. Estes e outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta do Senhor Jesus (2Tm.3:1-5).

1. A eliminação do conceito de “pessoa”. A pessoa é uma realidade primaria e original. O psicólogo Carl Rogers afirmava: “É sempre altamente enriquecedor poder aceitar a outra pessoa”. A aceitação é o primeiro passo para vivermos nossa vida. Hoje, há uma constante rejeição e negação do que somos. Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, e isso tem um valor incalculável. Não posso tornar inválido o que Deus fez em mim. Como negar minha sexualidade, como negar minha origem, como negar a minha consciência e personalidade. O ser “pessoa” não é um elemento qualquer, mas a construção mais autêntica de cada ser humano. A pessoa não é uma máscara como pretendiam afirmar os gregos; ser “pessoa” é a maior qualificação que o homem recebe em todos os tempos, pois do ser “pessoa” deriva o seu ser capaz de tornar as coisas diferentes. A proposta da Ideologia de Gênero é a exaltação do “indivíduo”, anônimo e desconhecido, onde Deus não tem lugar.

2. Suplantação da sexualidade pelo sexuado. No conceito da Ideologia de Gênero, o indivíduo tem todas as faculdades para fazer, no seu devido momento, a opção sexual. O termo “opção sexual” cada vez mais traz confusão. Para os ideólogos deste segmento, cada indivíduo deve fazer opções no momento em que mais lhe convêm. Não existe, segundo a proposta da ideologia de gênero, ninguém que possa afirmar que somos homem ou mulher desde o início da nossa vida. Os criadores dessa ideologia negam que exista uma propriedade que determine nosso gênero sexual, razão pela qual os comportamentos sexuais foram convenções criadas e idealizadas pela própria sociedade. Se nós aceitássemos essa tese, então teríamos de dizer que nenhum ser humano, até hoje, foi verdadeiramente homem ou verdadeiramente mulher, tese que não tem nenhum sentido. Em cada um de nós, Deus plasmou o seu querer criador e a sua lei moral. Ele nos fez de tal forma que não somos produto nem do determinismo muito menos do casual encontro de gametas ou materiais genéticos. Em cada um de nós há um projeto originário e original. Fomos criados à Sua imagem e semelhança. O homem sempre será homem e a mulher sempre será mulher.

3. A eliminação das relações pessoais afetivas e os vínculos familiares. Essa é a mais malévola de todas as consequências, e também a mais sutil. Ela tende a destruir a família, obra prima da criação. Os defensores da Ideologia de Gênero se opõem à família na­tural, considerando-a responsável por "repressão sexual" e "opressão social". Insistem na necessidade de desconstruir a família, o matrimônio e a maternidade, e deste modo, fomentam um estilo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade.

Para a Ideologia de Gênero os critérios familiares são secundários; a figura do pai, da mãe e dos irmãos é completamente relativa. Uma relação familiar pode passar a ser chamada de espaço de “cuidado”, assim como também a monogamia, a fidelidade, a exclusividade e o compromisso definitivo são desnecessários. “Todos somos iguais”, vociferam. Essa proposta é perceptível no momento em que vivemos junto a jovens casais, pois muitas deles desejam viver uma espécie de “experiência de convivência” para descobrir se vale ou não a pena estabelecer um vínculo conjugal definitivo. Muitos casais de namorados e noivos já levam uma vida marital como se isso fosse o mais “normal” durante o tempo no qual só se conhecem; na mentalidade proposta pela ideologia de gênero podem acontecer inúmeras situações, sem medir os resultados e sem valorar os fins que essas mesmas situações produzem.

Nós acreditamos que o amor tem nome de pessoa, exige respeito, comunhão e cria vínculos de responsabilidade, entrega e compromisso. Quem se decide a amar, segundo a proposta do Evangelho, sabe que dar a vida pelo outro exige tempo, dedicação e exclusividade, e que o amor entre os cônjuges só poderá ser vivido no amor esponsal e conjugal da vida matrimonial.

III. O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS                          

A Ideologia de Gênero propaga que as expressões "sexo" e "gênero" devem ter significados diferentes, onde os aspectos biológicos do corpo passam a ter nenhuma importância para a definição de homem e mulher. Para esses ideólogos, o ser humano nasce sexualmente neutro e só depois é "socializado" como homem ou mulher. O desejo dos seus defensores é aculturar a sociedade de tal forma que qualquer pessoa, mesmo sendo um homem, poderia ser considerada uma mulher e qualquer mulher poderia ser reconhecida um homem, caso assim desejassem. Ou seja, a ideologia de gênero tenta negar a essência masculina e feminina, e, assim, qualquer forma natural de sexualidade humana. Isso abre espaços para justificação de qualquer atividade sexual, com a heterossexualidade sendo consi­derada apenas uma alternativa e não o natural.

1. Criação de dois sexos. A Bíblia nos mostra que Deus criou Macho (o homem) e Fêmea (a mulher). Ao criar o macho e a fêmea, fica claro que apenas dois sexos, anatomicamente distintos e definidos, foram criados - “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn.1:27).

A construção social e cultural pode influenciar o indivíduo de forma positiva ou negativa, mas isto não poderá invalidar a verdade Divina de que Deus já criou os seres humanos com o sexo definido. O primeiro macho Deus colocou o nome de Adão (Gn.5:2); a primeira fêmea, Adão a chamou de Eva (Gn.3:20). Após Deus ter criado esse casal, o Criador ordenou que o macho deveria unir-se com a fêmea; e esta união é a que chamamos de união heterossexual -“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gn.2:24). A união do macho com a fêmea é a grande prova de que Deus criou os seres humanos com o sexo definido e distinto para a união heterossexual e não homossexual. Jesus disse: “Desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea (Mc.10:6).

Portanto, nascer homem ou mulher não é um fato cultural, é biológico. Os fetos com seus dois cromossomos sexuais provam que a Ideologia de Gênero é falsa.

De acordo com o Aci Digiltal, em um artigo publicado no site Posición.pe, com a temática “Sobre a ideologia de gênero”, a Dra. Puppo explicou que “quando os fetos são formados, têm dois cromossomos sexuais, XX ou XY - se for menina, XX; se for menino, XY. Os genes contidos nesses cromossomos determinam o desenvolvimento físico dos fetos. Deste modo, os embriões desenvolvem diferentes órgãos de acordo com o seu sexo”. A especialista destacou que “isto não é discriminação, é simplesmente biologia”. A doutora apresentou que, contrariamente aos princípios da ideologia de gênero, “o fato de nascer homem ou mulher não é um fato cultural, é biológico”.

Portanto, biologicamente, o sexo está relacionado aos órgãos genitais e às formas do corpo humano. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou ao feminino; o homem, designado por Deus como macho, a mulher como fêmea. Não podemos, por conseguinte, alterar a verdade bíblica para acomodar a falaciosa ideologia de gênero.

2. Casamento heterossexual, monogâmico e monossomático. Desde o princípio, Deus estabeleceu o matrimônio e a família que dele surge, como a primeira e a mais importante instituição humana na terra (Gn.1:28). O mesmo Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança e criou macho e fêmea, também instituiu o casamento. A prescrição divina para o matrimonio é um só homem e uma só mulher, os quais tornam-se “uma só carne”.

Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn.2:24). 

Aqui, há três princípios sobre o casamento:

·    Primeiro, o casamento é heterossexual. O texto fala de um homem unindo-se à sua mulher. A tentativa de legitimar a relação homossexual está em desordem com o propósito de Deus. 

·    Segundo, o casamento é monogâmico. O texto diz que o homem deve deixar pai e mãe para unir-se à sua mulher e não às suas mulheres. Tanto a poligamia (um homem ter várias mulheres) como a poliandria (uma mulher ter mais de um homem) estão em desacordo com o propósito de Deus.

·    Terceiro, o casamento é monossomático. O homem e a mulher tornam-se uma só carne, ou seja, podem desfrutar da relação sexual com alegria, santidade e fidelidade.

Seguir esses princípios de Deus, em qualquer época e cultura, é o segredo de um casamento feliz. A evolução da humanidade, portanto, só foi possível com a organização social e pelo casamento heterossexual, monogâmico e monossomático.

3. Educação dos filhos com distinção dos sexos. A ideologia de gênero no currículo das escolas pelo país é uma das bandeiras dos militantes dos movimentos políticos homosse­xuais. Aceitar a ditadura da ideologia de gênero de forma passiva é ser conivente com a destruição da educação moral e psicológica das crianças, e com ela a destruição da própria família.

É responsabilidade inviolável dos pais explicar e orientar os filhos de que homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, fisiologia e personalidades diferentes, tendo a Bíblia Sagrada como a principal referência. Deus criou os dois sexos dentro de uma instituição monogâmica e heterossexual. Logo, devemos educar nossos filhos no ideal da distinção dos sexos. Urge um empenho superlativo na educação moral e espiritual dos filhos. É dever inexorável dos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef.6:4), promover o diálogo e o amor mútuo no lar (Ef.6:1,2).

“Sigamos, pois, com respeito às pessoas, não as discriminando, mas se posicionando com toda firmeza na distinção de homem e mulher e na coibição da inoportuna ideia de ‘luta de gêneros’ (Gn.1:27; 1Co.11:11,12; Ef.5:22-25) ”.

CONCLUSÃO

A Ideologia de Gênero jamais pode ser aceita como algo normal e necessário. Dentro de nós há uma identidade e, com ela, o plano criador de Deus, que não pode ser alterado por nenhuma ideologia. Promovamos a vida e esclareçamos que a Ideologia de Gênero agride a vida em todas as suas dimensões. É necessário um diálogo, é necessário um esclarecimento, é necessária uma conversão interior. Faço minha as palavras do Dr. Puppo: “a igualdade não é conquistada negando as nossas diferenças sexuais, a igualdade é alcançada por meio do respeito das diferenças de cada sexo e o que cada sexo contribui para a sociedade”.

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Luciano de Paula Lourenço
Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 74. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Marisa Lobo. A Ideologia de Gênero sob a ótica judaico-cristã.
Chris Harman. Marxismo e Feminismo.
http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2015/06/ideologia-de-genero-entenda-o-que-e-isso.html.
http://portalconservador.com/a-insercao-da-ideologia-de-genero-depois-do-plano-nacional-de-educacao.
Quais as consequências da Ideologia de Gênero. https://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/quais-as-consequencias-da-ideologia-de-genero.

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